Portal Chamar Táxi

Notícias ONG Human Rights Watch acusa Lula da Silva de omissão em relação à violência policial no Brasil

Roter.Teufel

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Out 5, 2021
Mensagens
56,243
Gostos Recebidos
1,595
ONG Human Rights Watch acusa Lula da Silva de omissão em relação à violência policial no Brasil

img_900x508$2024_01_14_09_11_15_1540483.jpg


Uso excessivo da força pelas polícias brasileiras cresceu no primeiro ano de mandato do presidente.

A Human Rights Watch (HRW), organização não governamental de defesa dos direitos humanos respeitada no mundo inteiro, acusou o presidente brasileiro, Lula da Silva, de omissão em relação à violência policial no Brasil. Já extremamente elevada durante os quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, defensor assumido do uso da força pelas forças de segurança, a violência policial aumentou ainda mais em 2023, primeiro ano do novo mandato presidencial de Lula da Silva.

No relatório agora divulgado, a HRW afirma que ao longo de 2023 Lula da Silva e o seu governo não tomaram nenhuma medida efetiva para combater e reduzir a violência policial, não obstante os repetidos discursos em defesa das minorias, dos mais pobres e vulneráveis. Da mesma forma, acrescenta o documento, mesmo tendo criado o Ministério da Igualdade Racial, Lula e os seus ministros não adotaram qualquer medida contundente para proteger negros pobres, que representam 83% dos mortos em ações violentas das polícias brasileiras.

A ONG internacional reconhece que no Brasil a maioria das forças policiais tem âmbito regional e é subordinada aos governadores de cada estado, mas isso não impede o governo central de agir nem justifica a clara omissão do executivo federal. Para a HRW, Lula poderia criar regras federais estruturantes para inibir ou, ao menos, diminuir os excessos das polícias, e poderia, num outro exemplo, condicionar os financiamentos para a segurança pública nos estados à redução da violência e, principalmente, das mortes provocadas pelas forças de segurança estaduais.

Ao longo de 2023, a violência policial, que era atribuída pela esquerda e por Lula e aliados ao discurso truculento de Jair Bolsonaro, aumentou em 16 dos 27 estados do Brasil, não obstante estarem agora no poder os que antes a criticavam. Em São Paulo, o estado mais populoso do Brasil e que se orgulha de ter a polícia mais profissional e civilizada, as mortes provocadas por agentes aumentaram 37% no primeiro ano de Lula de novo como presidente, tendo-se registado índices ainda maiores em outras regiões do país, como no Rio de Janeiro, nos estados do norte, nomeadamente no interior da Amazónia, e, como expoente máximo da brutalidade policial, na Bahia.

No estado da Bahia, as mortes de alegados suspeitos durante intervenções policiais em 2023 aumentaram 80% em relação ao ano anterior, um crescimento absurdo da violência das forças de segurança locais. Essa brutalidade, justificada pelas autoridades com o argumento do combate ao crime organizado, custou a vida de mais de 400 pessoas somente entre janeiro e setembro, e em outubro, o mês com o número mais elevado de vítimas, outras 73 foram mortas após um agente ser morto por traficantes na periferia de Salvador.
Mas nos seus discursos públicos sobre o assunto ao longo de 2023, Lula criticou asperamente a violência policial nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, governados por opositores, e ignorou completamente o massacre na Bahia. A Bahia foi o estado onde nas eleições presidenciais de 2022 Lula obteve a maior votação e é governada por um aliado muito próximo ao presidente.

Correio da Manhã
 
Topo