- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 57,211
- Gostos Recebidos
- 1,628
Operação contra expansão do tráfico na Região Serrana registra intenso tiroteio na Maré
Investigações apontaram que responsável pela logística do transporte de drogas para cidades como Petrópolis está escondido no Parque União
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) realizam uma operação, na manhã desta quinta-feira (2), para coibir o tráfico de drogas em cidades da Região Serrana. Agentes atuaram no Complexo da Maré, na Zona Norte, onde, segundo as investigações, o chefe da quadrilha está escondido. Houve registro de intensos tiroteios. Até o momento, 12 pessoas foram presas, incluindo um policial militar da ativa e um assessor da Prefeitura de Petrópolis.
As equipes estão nas ruas para cumprir 18 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho atuantes, principalmente, em Petrópolis. A Justiça do Rio bloqueou cerca de R$ 700 mil em bens da facção.
De acordo com o apurado, o líder da quadrilha, Wando da Silva Costa, o Macumbinha, se esconde no Parque União, no Complexo da Maré, assim como Luis Felipe Alves, braço direito da liderança, e outros comparsas.
Policiais realizaram buscas pelos principais alvos, mas não os encontraram. Moradores relataram intensos tiroteios devido a presença das equipes na comunidade. O Instituto Fogo Cruzado registrou tiros na região por volta das 5h50. Dois helicópteros sobrevoaram a localidade.
As investigações identificaram 55 envolvidos no esquema. O grupo escondido na Maré é responsável por coordenar a logística e transporte de drogas do Rio para a Região Serrana, distribuindo os entorpecentes para diferentes áreas de Itaipava, cada qual sob a responsabilidade de gerentes locais.
A Polícia Civil informou que a facção controle territórios e aplica regras violentas às comunidades, impondo medo e repressão a quem se opunha ao grupo.
A Operação Asfixia, definida como a maior ação contra o tráfico de drogas na Região Serrana, é realizada por policiais da 106ª DP (Itaipava) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ.
Ao todo, o MPRJ denunciou 56 pessoas pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e corrupção ativa. Parte dos denunciados são familiares de Macumbinha, que atuavam no recolhimento de valores, na logística de distribuição de entorpecentes e no fornecimento de informações privilegiadas para garantir a continuidade das atividades ilícitas.
PM e assessor presos
A apuração identificou a atuação de um policial militar que recebia dinheiro para repassar informações sigilosas das forças policiais ao Comando Vermelho. Segundo a Civil, o PM também facilitava a logística do tráfico e expunha a atuação de outros policiais, agindo como aliado dos criminosos. As diligências que levaram à sua prisão contaram com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
De acordo com a denúncia, o agente também auxiliava na instalação de GPS em veículos policiais para monitorar a movimentação de colegas de farda, facilitando a atuação do tráfico de drogas na Região Serrana.
Além disso, Robson Esteves, assessor especial da Secretaria de Serviços da Prefeitura de Petrópolis, também foi preso nesta quinta. "Isso demonstra a infiltração da facção em estruturas institucionais e a utilização de funções públicas para assegurar a manutenção e expansão de suas atividades ilícitas", destacou a corporação.
Procurada, a Polícia Militar informou que a 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - subordinada à Corregedoria-Geral - acompanhou o cumprimento do mandado de prisão contra o agente. O PM será conduzido à Unidade Prisional da corporação, localizada em Niterói, na Região Metropolitana.
O policial responderá a um processo administrativo disciplinar, que avaliará a possibilidade de sua permanência nos quadros da corporação.
"O comando da corporação reitera que não compactua com desvios de conduta ou crimes cometidos por seus integrantes, e que atua com rigor na apuração e punição dos envolvidos, sempre que os fatos forem constatados", disse em nota.
Questionada, a Prefeitura de Petrópolis afirmou que não tinha conhecimento sobre qualquer atividade ilícita praticada pelo servidor, que atuava na Secretaria há alguns anos, e que segundo a investigação, mantinha uma vida paralela alheia às funções desempenhadas no Executivo. Diante da gravidade dos fatos, o prefeito Hingo Hammes determinou a imediata exoneração do funcionário.
A Prefeitura destacou que está a disposição das autoridades para colaborar com todas as informações necessárias ao processo.
Impactos
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na região do Complexo da Maré, uma unidade de atenção primária (Clínica da Família) interrompeu por completo o funcionamento e outra CF suspendeu as atividades externas, como visitas domiciliares.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que, no Complexo da Maré, 30 unidades escolares foram impactadas pela operação.
O Dia
Investigações apontaram que responsável pela logística do transporte de drogas para cidades como Petrópolis está escondido no Parque União
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) realizam uma operação, na manhã desta quinta-feira (2), para coibir o tráfico de drogas em cidades da Região Serrana. Agentes atuaram no Complexo da Maré, na Zona Norte, onde, segundo as investigações, o chefe da quadrilha está escondido. Houve registro de intensos tiroteios. Até o momento, 12 pessoas foram presas, incluindo um policial militar da ativa e um assessor da Prefeitura de Petrópolis.
As equipes estão nas ruas para cumprir 18 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho atuantes, principalmente, em Petrópolis. A Justiça do Rio bloqueou cerca de R$ 700 mil em bens da facção.
De acordo com o apurado, o líder da quadrilha, Wando da Silva Costa, o Macumbinha, se esconde no Parque União, no Complexo da Maré, assim como Luis Felipe Alves, braço direito da liderança, e outros comparsas.
Policiais realizaram buscas pelos principais alvos, mas não os encontraram. Moradores relataram intensos tiroteios devido a presença das equipes na comunidade. O Instituto Fogo Cruzado registrou tiros na região por volta das 5h50. Dois helicópteros sobrevoaram a localidade.
As investigações identificaram 55 envolvidos no esquema. O grupo escondido na Maré é responsável por coordenar a logística e transporte de drogas do Rio para a Região Serrana, distribuindo os entorpecentes para diferentes áreas de Itaipava, cada qual sob a responsabilidade de gerentes locais.
A Polícia Civil informou que a facção controle territórios e aplica regras violentas às comunidades, impondo medo e repressão a quem se opunha ao grupo.
A Operação Asfixia, definida como a maior ação contra o tráfico de drogas na Região Serrana, é realizada por policiais da 106ª DP (Itaipava) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ.
Ao todo, o MPRJ denunciou 56 pessoas pelos crimes de associação para o tráfico de drogas e corrupção ativa. Parte dos denunciados são familiares de Macumbinha, que atuavam no recolhimento de valores, na logística de distribuição de entorpecentes e no fornecimento de informações privilegiadas para garantir a continuidade das atividades ilícitas.
PM e assessor presos
A apuração identificou a atuação de um policial militar que recebia dinheiro para repassar informações sigilosas das forças policiais ao Comando Vermelho. Segundo a Civil, o PM também facilitava a logística do tráfico e expunha a atuação de outros policiais, agindo como aliado dos criminosos. As diligências que levaram à sua prisão contaram com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
De acordo com a denúncia, o agente também auxiliava na instalação de GPS em veículos policiais para monitorar a movimentação de colegas de farda, facilitando a atuação do tráfico de drogas na Região Serrana.
Além disso, Robson Esteves, assessor especial da Secretaria de Serviços da Prefeitura de Petrópolis, também foi preso nesta quinta. "Isso demonstra a infiltração da facção em estruturas institucionais e a utilização de funções públicas para assegurar a manutenção e expansão de suas atividades ilícitas", destacou a corporação.
Procurada, a Polícia Militar informou que a 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - subordinada à Corregedoria-Geral - acompanhou o cumprimento do mandado de prisão contra o agente. O PM será conduzido à Unidade Prisional da corporação, localizada em Niterói, na Região Metropolitana.
O policial responderá a um processo administrativo disciplinar, que avaliará a possibilidade de sua permanência nos quadros da corporação.
"O comando da corporação reitera que não compactua com desvios de conduta ou crimes cometidos por seus integrantes, e que atua com rigor na apuração e punição dos envolvidos, sempre que os fatos forem constatados", disse em nota.
Questionada, a Prefeitura de Petrópolis afirmou que não tinha conhecimento sobre qualquer atividade ilícita praticada pelo servidor, que atuava na Secretaria há alguns anos, e que segundo a investigação, mantinha uma vida paralela alheia às funções desempenhadas no Executivo. Diante da gravidade dos fatos, o prefeito Hingo Hammes determinou a imediata exoneração do funcionário.
A Prefeitura destacou que está a disposição das autoridades para colaborar com todas as informações necessárias ao processo.
Impactos
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na região do Complexo da Maré, uma unidade de atenção primária (Clínica da Família) interrompeu por completo o funcionamento e outra CF suspendeu as atividades externas, como visitas domiciliares.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que, no Complexo da Maré, 30 unidades escolares foram impactadas pela operação.
O Dia
