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Os tipos de inteligência

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Ter boas notas na escola, por si só não significa que possua uma inteligência superior, nem tampouco que vá obter sucesso na vida!​

Vulgarmente utilizamos a palavra inteligência com numerosos significados, alguns dos quais significam o contrário do que é, ou do que dela se poderia esperar. Por seu turno, a comunidade científica apresenta cada vez mais reservas no que diz respeito ao conceito de inteligência.

Assim, pouco a pouco, foi sendo colocado de lado a ideia de que ser inteligente se resume a ter boas notas escolares. Quantas pessoas conhecemos que conseguem ter boas notas, mas nem por isso são bem sucedidas na vida? A inteligência passou a ser encarada de outro modo, após os trabalhos do psicólogo Daniel Goleman.

Goleman considera que a inteligência emocional é a principal responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. Segundo este autor, a maior parte das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Desta forma pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão, gentileza têm mais oportunidades de serem bem sucedidas na vida.


A inteligência é fruto da hereditariedade?​

A hereditariedade contribui com algo no que respeita ao nível das capacidades intelectuais, mas não se pode considerar que seja o factor com mais peso. Segundo os cientistas, a componente genética estabelece os limites dentro dos quais um qualquer traço responderá à estimulação do meio.

Isto quer dizer que embora existe à partida um substrato genético, isso constitui apenas um ponto de partida. As experiências e trocas com o meio, permitem que a inteligência se desenvolva numa ou noutra direcção. Assim, um meio familiar, ou escolar, que permita a uma criança aceder à cultura, poderá colmatar lacunas genéticas.

Por seu turno, se a criança conviver com pessoas com aptidões artísticas ou sociais apuradas, poderá ter a possibilidade de desenvolver as suas capacidades nessa área.


Como avaliar a inteligência?​

Também os testes de inteligência têm suscitado grande polémica, ao serem utilizados de forma redutora e abusiva. Os seus resultados foram algumas vezes o ponto de partida para o surgimento de comportamentos de discriminação social e racial.

A partir da década de 60, muitos psicólogos denunciam o facto de os testes terem institucionalizado a ideia de que a diferentes grupos étnicos, raciais e sociais corresponderiam diferentes aptidões cognitivas, hereditariamente determinadas.

É também enfatizado o facto dos testes alimentarem preconceitos culturais ao utilizarem fundamentalmente a experiência da cultura ocidental. São cada vez mais as vozes que contestam a possibilidade de se avaliarem as capacidades intelectuais de uma pessoas através de um número.

Embora não tenham sido colocados de lado, o que os psicólogos habitualmente fazem é todo um trabalho de contextualização daqueles resultados, isto é, não ficam reduzidos a um número que lhes indica o QI de determinado adulto ou criança, mas têm sempre em conta o contexto social em que o sujeito vive e também as condições emocionais em que aquele teste foi aplicado.

Muitas pessoas ficam tão ansiosas face a uma situação de teste que acabam por não corresponder às suas reais capacidades. Um psicólogo com alguma experiência tenderá a compreender os resultados e a interpretá-los tendo em conta esses factores.


Os sete tipos de inteligência​

Segundo o psicólogo Gardner existiriam 7 tipos de inteligência com regras de funcionamento próprias e que actuam de forma independente (daí a designação da teoria das inteligências múltiplas):

- Inteligência lógico-matemática - aptidão para raciocinar, formular e validar hipóteses.

- Inteligência linguística – aptidão verbal, mais concretamente, as subtilezas de significado. Assegura a linguagem verbal e escrita.

- Inteligência espacial – aptidão para representar espaço, reconhecer e desenhar relações espaciais.

- Inteligência musical – aptidão para cantar, tocar um instrumento, compor musica.

- Inteligência corporal-cinestésica – aptidão para controlar os movimentos de forma adequada e harmoniosa, como dançar, fazer atletismo, manipular e usar utensílios e objectos.

- Inteligência interpessoal – aptidão para compreender e responder adequadamente aos outros.

- Inteligência intrapessoal - aptidão para se compreender a si próprio.


Importância das expectativas​

Tantas crianças, como jovens e adultos são profundamente influenciados nos aspectos intelectuais, pelas expectativas – positivas e negativas – criadas sobre eles.

Tratando-se de pessoas mais próximas e por isso mais significativas, como é o caso dos pais, familiares, professores, amigos, a questão acentua-se ainda mais. Daí a vital importância dos meios escolar e familiar confiar e transmitir confiança nas capacidades do sujeito (também chamado de Efeito de Pigmalião).

Os estudos comprovam que as baixas expectativas transmitidas durante períodos prolongados de tempo, podem ter um papal preditivo, isto é, inconscientemente a pessoa vai tender a adoptar os comportamentos esperados, correspondendo às expectativas que depositaram nela.



Texto da autoria de Drª Teresa Paula Marques
Psicóloga Clínica, especialista em Psicologia Infantil e do Adolescente

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