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'Pós-troika' na agenda do Conselho de Estado de amanhã

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'Pós-troika' na agenda do Conselho de Estado de amanhã

O Presidente da República e os seus conselheiros de Estado reúnem-se na segunda-feira com o ‘pós-troika' na agenda, num encontro que também deverá ter em cima da mesa o Conselho Europeu de junho.
"Considerei que era importante ouvir a reflexão dos conselheiros de Estado sobre matérias de relevância clara em Portugal, à medida que se aproxima o fim do programa de assistência financeira, mas também para obter indicações para a posição portuguesa a ser defendida, pelo Governo português, no Conselho Europeu do mês de junho", explicou o chefe de Estado na terça-feira, um dia depois de ter anunciado publicamente a convocatória da reunião do seu órgão político de consulta.
Contudo, e apesar de competir ao Presidente da República escolher o tema em relação ao qual quer escutar a opinião dos seus conselheiros, outros assuntos poderão também vir a ser abordados, nomeadamente a situação política ou as mais recentes medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, nomeadamente a chamada "TSU dos pensionistas", aprovada no dia anterior à convocação do Conselho de Estado.
Pelo menos um conselheiro de Estado, o antigo Presidente da República Mário Soares, já admitiu que preferia discutir na reunião de segunda-feira a situação atual do país do que o pós-‘troika'.
"Eu gostaria mais de discutir a situação do país do que a situação da ‘troika', mas não sou responsável", afirmou Mário Soares.
Para outro conselheiro de Estado, o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa o debate do Conselho de Estado vai ser centrado no futuro e servir para o Presidente da República "ouvir o que é que os conselheiros pensam sobre o mundo, a Europa e Portugal, daqui a um ano, um ano meio, dois anos, três anos, quatro anos", mas vai decorrer "cheio de pontos de interrogação" e com "muitas incógnitas".
O primeiro-ministro, que também é conselheiro de Estado por inerência do cargo, também já manifestou a sua convicção de que o debate será centrado no "país pós-troika" e não na situação do executivo PSD/CDS-PP, dissociando a convocação do órgão de consulta presidencial de alegadas "guerras internas" no executivo, que também já negou existirem.
Apesar dos partidos políticos não estarem representados no Conselho de Estado, quer o BE, quer o PCP também já falaram da reunião de segunda-feira, com o coordenador dos ‘bloquistas' João Semedo a desvalorizar o encontro, considerando que "o futuro do país não depende nem do Presidente da República nem do Conselho de Estado".
"Com aquela ordem de trabalhos, vai ser para validar o prolongamento do pacto de agressão. O Presidente não se preocupa com a situação atual. Está a pensar em junho do ano que vem. É a perspetiva do amarramento à União Económica e Monetária. O Presidente gostaria de, depois do pacto, continuar a agressão, tendo em conta as medidas draconianas da União Europeia", disse, por sua vez, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
Esta será a décima reunião do Conselho de Estado, o órgão político de consulta do Presidente da República, desde que Cavaco Silva é chefe de Estado.
A última reunião do Conselho de Estado aconteceu a 21 de setembro para analisar a crise da Zona Euro e a situação nacional, uma semana depois de o primeiro-ministro ter anunciado alterações à Taxa Social Única - que criaram polémica em diferentes setores e um clima de instabilidade na coligação governativa.
No final da reunião, que demorou oito horas, surgiu a disponibilidade do executivo para "estudar alternativas" à alteração da Taxa Social Única (TSU), medida que acabou por não avançar.
Integram o Conselho de Estado, por inerência dos cargos que desempenham ou ocuparam: a presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, o presidente do Tribunal Constitucional, o Provedor de Justiça, os presidentes dos governos regionais e antigos presidentes da República eleitos na vigência da Constituição.
Integram o Conselho de Estado cinco cidadãos eleitos pelo Parlamento: António José Seguro, Manuel Alegre, Francisco Pinto Balsemão, Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.
Outros cinco cidadãos designados pelo Presidente da República completam a composição daquele órgão: João Lobo Antunes, Marcelo Rebelo de Sousa, Leonor Beleza, Vítor Bento e António Bagão Félix.
Até agora, o presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, foi o único conselheiro de Estado a anunciar a vai ‘falhar' a reunião, porque a data coincide com o Dia da Região.

Fonte: Lusa / SOL
 
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