Luisao27
GF Ouro
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Seria muito bom viver em um mundo perfeito, mas, infelizmente, o nosso ainda é recheado de preconceito.
 
Um dos mais frequentes é contra casais homossexuais. E, muitas vezes, quem paga o pato são os filhos destes casais.
 
É comum que oponentes de casais gays argumentem que crianças criadas  por homossexuais estão em algum tipo de desvantagem. Mas as pesquisas  científicas realizadas até hoje mostram que isso simplesmente não é  verdade.
  
Em casos nos quais alguma diferença é notada, ela é geralmente devida  ao estigma que gays sofrem na sociedade. Ou seja, quem quer impedir que  casais gays tenham filhos é justamente quem está prejudicando esses  filhos.
 [h=2]Literatura científica[/h] 
Muitas pesquisas já revelaram que crianças de pais gays estão indo muito bem, obrigado.
 
Uma meta-análise da Universidade do Colorado,  por exemplo, concluiu que filhos de pais do mesmo sexo não experimentam  nenhuma diferença em comparação com crianças de outras configurações  paternais.
  
 Outro estudo da Universidade da Califórnia  analisou o desenvolvimento de crianças adotadas nos Estados Unidos,  afirmando que a sexualidade dos pais praticamente não interferiu no  processo.
 
Uma pesquisa internacional de colaboradores dos EUA e da Holanda foi mais uma que descobriu que não há nenhuma diferença entre crianças criadas por pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferente.
 
Existem raras exceções, no entanto. Uma análise de 2014 sobre o  bem-estar de mais de 200 mil crianças nos EUA encontrou problemas  emocionais pelo menos duas vezes mais prevalentes entre filhos de pais  do mesmo sexo, embora, em última instância, os pesquisadores tenham  culpado esses problemas na relação biológica entre descendentes e seus  responsáveis mais do que nos gêneros dos pais.
 [h=2]Novo estudo[/h] O tema do bem-estar da criança de pais do mesmo sexo é muito complexo, obviamente, como qualquer outro tema sociológico.
 
O tamanho das amostras em estudos feitos até hoje tem sido no geral pequeno, o que causa problemas nas conclusões.
 
No entanto, censos em larga escala recentes começaram a coletar  informações detalhando a orientação sexual dos participantes, o que tem  facilitado que pesquisadores analisem o bem-estar emocional e  psicológico de famílias a nível nacional.
  
 Por exemplo, um novo estudo que incluiu pesquisadores da Universidade  da Califórnia, da Universidade de San Diego (ambas nos EUA) e do  Instituto Karolinska (Suécia), comparou o bem-estar de crianças de pais  homo e heterossexuais utilizando dados do Inquérito Nacional de  Intervenção de Saúde de 2013-2015 dos EUA, que compilou informações  sobre as dificuldades emocionais e de saúde mental de mais de 21.000  crianças com idades entre 4 a 17 anos no país.
 [h=2]Parem de achar problema onde não tem[/h] Embora o estudo não tenha mostrado qualquer indicação de maiores  dificuldades emocionais ou psicológicas entre crianças de pais  homossexuais, os cientistas de fato descobriram que filhos com pais  bissexuais tinham pontuações ligeiramente piores.
  
Uma causa provável para este dado tornou-se logo clara: uma vez que  os pesquisadores levaram em conta o nível de angústia psicológica dos  pais, as diferenças desapareceram.
 
Em outras palavras, qualquer variação potencial no bem-estar mental  das crianças provavelmente foi resultado dos desafios que os pais  enfrentam em uma sociedade que estigmatiza sua orientação sexual e seus  relacionamentos, e não como uma consequência direta de suas  sexualidades.
 
“À medida que as famílias de lésbicas, gays e bissexuais se tornam  mais visíveis, os resultados reforçam estudos anteriores revelando que  as crianças criadas nessas famílias têm um bem-estar psicológico  comparável com crianças criadas por pais heterossexuais”, resumiu um dos  pesquisadores do estudo, Jerel Calzo, da Universidade de San Diego.
/h2>Palavra-chave: inclusão
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Esses resultados também indicam a necessidade de um investimento  governamental em estratégias para prevenir a discriminação baseada na  orientação sexual, e apoiar pais que possam sofrer com esse estresse.
  
 E você, oponente do casamento gay, deve parar de dizer coisas como  “precisamos pensar nas crianças”, uma vez que as potenciais  consequências negativas nos filhos são mais propensas de serem o  resultado do próprio estigma.
  
Na verdade, uma sociedade realmente preocupada com o bem-estar das crianças deve se tornar mais inclusiva, e não menos.A pesquisa foi publicada na revista científica Child Development.
	
	
	
		
		
		
			
		
		
	
	
		
	
	
				
