Só porque um idoso se esqueceu das chaves de casa não é caso para temer a Doença de Alzheimer. No entanto, segundo um estudo publicado ontem no Journal of Alzheimer’s Disease, as perdas auditivas e de memória podem e devem ser encaradas com um aviso para futuros problemas neurodegenerativos.
O trabalho, da autoria de uma equipa coordenada por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina de Lisboa, mostra que mesmo com resultados normais nos testes neuropsicológicos, as queixas cognitivas dos idosos devem ser valorizadas pelos clínicos e servir de alerta. Seguidos durante três anos e meio, alguns dos idosos “queixosos” envolvidos no estudo provaram estar numa fase muito precoce de doença neurodegenerativa e viram diminuir o volume do hipocampo, uma região cerebral afectada por estas patologias.
O processo de envelhecimento é muitas vezes acompanhado de queixas de perdas auditivas e memória, mais ou menos ligeiras. Testes neurológicos e outros exames permitem identificar um grupo de risco para doenças neurodegenerativas. Porém, de acordo com uma equipa de investigadores portugueses, estes exames não serão suficientes para separar a água do vinho. Os especialistas defendem que, mesmo com resultados normais nas avaliações neuropsicológicas, as queixas cognitivas apresentadas pelos idosos aos seus médicos devem ser valorizadas. “O estudo clínico que fizemos mostra que alguns pacientes que apresentam queixas cognitivas podem estar efectivamente numa fase muito precoce de uma doença neurodegerativa”, refere o neurologista Alexandre de Mendonça, investigador do IMM, sugerindo que “o estudo pode ajudar a definir a decisão clínica nos casos que não correspondem aos padrões típicos das fases precoces da neurodegenerescência”. O projecto envolveu 43 indivíduos (11 idosos num grupo de controlo, 15 queixosos e 17 com maus resultados nos testes neuropsicológicos) que foram submetidos a ressonâncias magnéticas. Apesar da reduzida amostra, dois dos 15 idosos que se queixavam sofreram um processo de demência, Doença de Parkinson e Alzheimer, tendo ainda sido detectada uma redução do volume hipocampo neste grupo.
publico
O trabalho, da autoria de uma equipa coordenada por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina de Lisboa, mostra que mesmo com resultados normais nos testes neuropsicológicos, as queixas cognitivas dos idosos devem ser valorizadas pelos clínicos e servir de alerta. Seguidos durante três anos e meio, alguns dos idosos “queixosos” envolvidos no estudo provaram estar numa fase muito precoce de doença neurodegenerativa e viram diminuir o volume do hipocampo, uma região cerebral afectada por estas patologias.
O processo de envelhecimento é muitas vezes acompanhado de queixas de perdas auditivas e memória, mais ou menos ligeiras. Testes neurológicos e outros exames permitem identificar um grupo de risco para doenças neurodegenerativas. Porém, de acordo com uma equipa de investigadores portugueses, estes exames não serão suficientes para separar a água do vinho. Os especialistas defendem que, mesmo com resultados normais nas avaliações neuropsicológicas, as queixas cognitivas apresentadas pelos idosos aos seus médicos devem ser valorizadas. “O estudo clínico que fizemos mostra que alguns pacientes que apresentam queixas cognitivas podem estar efectivamente numa fase muito precoce de uma doença neurodegerativa”, refere o neurologista Alexandre de Mendonça, investigador do IMM, sugerindo que “o estudo pode ajudar a definir a decisão clínica nos casos que não correspondem aos padrões típicos das fases precoces da neurodegenerescência”. O projecto envolveu 43 indivíduos (11 idosos num grupo de controlo, 15 queixosos e 17 com maus resultados nos testes neuropsicológicos) que foram submetidos a ressonâncias magnéticas. Apesar da reduzida amostra, dois dos 15 idosos que se queixavam sofreram um processo de demência, Doença de Parkinson e Alzheimer, tendo ainda sido detectada uma redução do volume hipocampo neste grupo.
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