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Pessoas deficientes em «situações dramáticas»

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Pessoas deficientes em «situações dramáticas»

«É impossível viver-se apenas com seis euros por dia», diz o presidente da CNOD

A Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD) vai denunciar junto dos órgãos políticos do país a situação «drástica em que vivem actualmente as pessoas com deficiência», disse este sábado à Lusa o presidente da instituição, Carlos Costa.

Reunido esta tarde em plenário na cidade de Coimbra, o CNOD anunciou que vai solicitar audiências aos presidentes da República, da Assembleia da República, primeiro-ministro, ministro do Trabalho e Solidariedade Social, grupos parlamentares e partidos políticos para denunciar o problema.

«Vamos denunciar junto dos órgãos de poder e dos partidos que as pessoas com deficiência estão a atravessar situações muito drásticas, pois é impossível viver-se apenas com seis euros por dia», frisou Carlos Costa, salientando o aumento do custo de vida.

O responsável máximo do CNOD, que agrupa 35 associações filiadas, lamenta a falta de oportunidades de trabalho para as pessoas com deficiência e o «desinteresse total por uma camada da população que está à beira da pobreza, se não passou já o limiar da pobreza».

«As pessoas com deficiência lutam por ter um trabalho digno, não querem viver do subsídio mas sim do trabalho, só que na sociedade portuguesa não têm oportunidades de trabalho e quando as têm são sempre as primeiras a serem despedidas», afirma Carlos Costa.

«Este factor cria muita instabilidade na família de uma pessoa com deficiência e como tal não podemos pactuar com essa situação», sublinha, relatando que chegam «de todo o país ecos das situações dramáticas que atravessam presentemente».

«Basta ver nos principais centros das nossas cidades o aumento considerado de pessoas com deficiência que andam a pedir na rua. A caridade, o pedido e a mendicidade não é solução, nós queremos trabalho, porque queremos participar activamente na sociedade», acrescenta Carlos Costa.

Um milhão de deficientes

O presidente do CNOD considera que se não conseguirem trabalho têm «de ter uma pensão que seja o suporte efectivo para se viver com dignidade», enfatizando que «com seis euros por dia ninguém consegue viver com dignidade».

Quando forem concedidas as audiências, o dirigente associativo pretende «sensibilizar os responsáveis políticos do país que, numa sociedade, ninguém pode ficar de costas voltadas para este problema e têm de o encarar e encontrarem soluções».

«Nós temos propostas em vários domínios e queremos partilhá-las», refere Carlos Costa.

Segundo o responsável do CNOD, existe em Portugal cerca de um milhão de pessoas com deficiência, a maioria com condições para trabalhar «desde que lhes dêem condições e oportunidades».

HB
 
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