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Informação Pessoas que bebem em excesso poderão sofrer AVC 11 anos mais cedo

Lordelo

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Um novo estudo realizado por investigadores da Universidade de Harvard concluiu que pessoas que consomem três ou mais bebidas alcoólicas por dia apresentam um maior risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os resultados, inclusive, apontam para um dado em particular: estas pessoas poderão sofrer um AVC 11 anos antes do que aquelas que consomem menos álcool.


A pesquisa - publicada esta semana na revista da American Academy of Neurology, a Neurology, relaciona o consumo de álcool em excesso não apenas com AVC's precoces, mas também com derrames cerebrais de maior extensão e com danos a longo prazo.


O estudo, conforme noticia a Fox News, analisou 1.600 adultos, com uma média de idades de 75 anos, que foram hospitalizados na sequência de hemorragias intracerebrais (HIC), um tipo de AVC causado pelo sangramento no cérebro.


Durante o período em que estiveram hospitalizados, os participantes do estudo foram questionados relativamente aos seus hábitos de consumo de álcool. Dos 1.600 participantes cerca de 7% foram considerados consumidores em excesso.


O consumo excessivo de álcool foi definido pelos investigadores como a ingestão de três ou mais doses diárias, sendo que uma dose equivalia a uma lata de cerveja ou um copo de vinho.


Foram analisados exames cerebrais que revelavam a gravidade das hemorragias e se os pacientes apresentavam sintomas da doença dos pequenos vasos cerebrais (DPVC), condição que danifica os vasos sanguíneos cerebrais e que está ligada ao envelhecimento, hipertensão e demência.


Os consumidores de álcool em excesso sofriam hemorragias cerebrais, em média, aos 64 anos, cerca de 11 anos antes do que aqueles que não ultrapassavam as três doses diária (a média ficou nos 75 anos).


Para além disso, as extensões das hemorragias cerebrais foram em média 70% mais extensas nos pacientes que bebiam álcool em quantidades mais elevadas.


O estudo concluiu igualmente que estes tinham o dobro da probabilidade de sofrer hemorragias profundas no cérebro e quase o dobro da probabilidade de que essas hemorragias se estendessem a outras zonas do cérebro.


Embora estudos já tenham demonstrado que o consumo de álcool estava associado ao risco de AVC, esta pesquisa demonstra que o cérebro fica mais vulnerável à doença dos pequenos vasos cerebrais (DPVC) e que a sua recuperação, em caso de AVC, é mais lenta.


"Reduzir o consumo excessivo de álcool não só diminuir o risco de AVC hemorrágico, mas é também retardar a progressão da doença dos pequenos vasos cerebrais (DPVC), o que, por sua vez, reduz a possibilidade de ocorrer outro AVC e de se registar um declínio cognitivo a longo prazo", Edip Gurol, da Universidade de Harvard.

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