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Planetas com Possibilidades de Vida Extraterrestre!

mjtc

GF Platina
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Fev 10, 2010
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A lua de Saturno, Titã e os exoplanetas Gliese 581c, d, g, estão entre os planetas mais propensos à existência de vida extraterrestre, segundo um artigo científico publicado por investigadores americanos da Universidade de Washington.
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Titã foi a primeira lua conhecida de Saturno,
descoberta em 1655 pelo astrónomo holandês
Christiaan Huygens.

Este é o único satélite natural no sistema solar a ter uma atmosfera densa, sendo até mais densa que a da Terra. Pensa-se que possui lagos de hidrocarbonetos, vulcões gelados, e que o metano comporta-se quase como a água na Terra, evaporando e chovendo num ciclo interminável. Titã é um mundo que se manteve oculto até muito recentemente, coberto por uma neblina densa e alaranjada. Titã tem sido visto como uma Terra primitiva com o embrião da vida congelado. Assim Titã tal como a lua Europa e o planeta Marte, está no topo da lista dos corpos celestes onde se pode encontrar formas de vida primitiva. Daqui a 5 biliões de anos quando o Sol ampliar 50 vezes o seu tamanho, Titã vai receber a mesma quantidade de energia solar que a Terra recebe hoje. Hipoteticamente e por um curto período de tempo, o satélite natural poderia tornar-se num mundo oceânico onde a vida prospera.
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Imagem artística retratando os mares de hidrocarbonetos em Titã.
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Visão artística de uma chuva de metano em Titã, com a erosão da paisagem, debaixo de um céu
tempestuoso, com Saturno à vista!

A atmosfera de Titã deve ser semelhante à da Terra primordial: composta essencialmente de azoto molecular (90%), árgon (6%), metano (3%), e vestígios de outros compostos orgânicos, como o etanol, ácido cianídrico, dióxido de carbono e água. A temperatura média à superfície de Titã é de 180º C graus negativos, o que torna a água em estado sólido. Além disso, o planeta encontra-se coberto de núvens que o ocultam da observação no aspecto visível, um pouco como Vénus. Essas núvens devem ser compostas principalmente de metano e etanol e outros componentes orgânicos não identificados, que serão responsáveis pela sua cor alaranjada.
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Visão artística mostrando o planeta Saturno acima das núvens de Titã.

Em Janeiro de 2005, foi lançada a sonda Huygens por entre a neblina, que tirou as primeiras fotografias da superfície de Titã, mas devido ao nevoeiro, e mesmo com fotografias, muito ficou por saber. Esta sonda levou consigo um milhão de mensagens de pessoas à volta do mundo. As mensagens foram enviadas pela Internet, gravadas num CD-ROM e lançadas com a sonda em 1997, e poderão permanecer no solo titânico durante milhões de anos e serem descobertas por turistas espaciais do futuro.

Os cientistas acreditam que Europa, satélite natural de Júpiter, contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré. Europa apresenta-se com uma superfície gelada muito brilhante com riscos coloridos. Pensa-se que seja um mundo oceânico coberto por uma capa de gelo que protege o mar interior da adversidade do espaço exterior. Devido às condições existentes no seu interior, alguns cientistas acreditam na possibilidade da existência de vida, tal como existe nas profundezas dos oceanos da Terra.
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A estranha superfície de Europa com as suas
linhas indicam a possibilidade de um oceano
gelado por debaixo da sua superfície!

Em 2 de Março de 1998, a NASA anunciou que a sonda Galileo descobriu fortes provas do que se julgar ser um oceano salgado por debaixo da superfície, o que fortaleceu as suspeitas anteriores. Provas espectrográficas mostraram que as raias vermelhas escuras e as características na superfície são ricas em sais tais como sulfato de magnésio, depositados por água que evapora e que emerge do interior. Contudo, estes sais são incolores ou brancos quando puros, algum outro material deve estar presente para dar a cor avermelhada. Suspeita-se que sejam compostos sulfúricos ou ferrosos. Devido às temperaturas extremamente baixas, o gelo é tão duro como rocha e deve ter uma espessura de 10 km a 30 km cobrindo toda a superfície, o que indica que o oceano líquido pode ter até 90 km de profundidade.
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O terreno caótico de Conamara Chaos
é visto como uma prova da existência
de um oceano oculto debaixo do gelo!

Suspeita-se que a vida extraterrestre possa existir no oceano por baixo do gelo, talvez subsistindo como os seres vivos que vivem em condições semelhantes na Terra, já que Europa tem elementos essenciais para a vida como a conhecemos: água e calor e compostos orgânicos. Ou seja, em respiradouros hidrotermais como no fundo dos oceanos ou como no Lago Vostok, na Antárctida.
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Vermes-tubo gigantes vivendo num respiradouro
hidrotermal no fundo dos mares da Terra!

Marte é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações, executando uma órbita em volta do Sol, durante 687 dias terrestres.
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De noite, aparece como uma estrela vermelha, razão por que os Romanos lhe deram o nome de Marte, o Deus da Guerra. Os chineses, coreanos e japoneses chamam-lhe "Estrela de Fogo", baseando-se nos cinco elementos da filosofia tradicional oriental. É conhecido pelo nome de Planeta Vermelho.
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O planeta Marte tem calotas polares que contém água e dióxido de carbono gelados. Tem planícies,
antigos leitos de rios secos, tendo sido recentemente descoberto um lago gelado.
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Paisagem marciana fotografada pela sonda robot Opportunity que explorava a sua superfície.

Marte tem um desfiladeiro imenso: o Monte Olimpo, um vulcão extinto, sendo o maior vulcão do sistema solar. Ele ergue-se a 27 km acima do nível médio da superfície marciana, sendo três vezes mais alto que o Monte Everest. A sua base estende-se por quase 600 km e a sua caldeira tem dimensões de 85 km por 60 km.
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O Monte Olimpo foi descoberto pela sonda norte-americana Mariner 9 em 1971, embora já
fosse do conhecimento de astrónomos desde o século XIX. Tem um declive suave, o que faz
a sua base ser 20 vezes maior que a altura.

Os primeiros observadores modernos interpretaram aspectos da morfologia superficial de Marte de forma ilusória, que contribuíram para conferir ao planeta um estatuto quase mítico: primeiro foram os canais; depois as pirâmides, o rosto humano esculpido, e a região de Hellas no sul de Marte que parecia que, sazonalmente, se enchia de vegetação, o que levou a imaginar a existência de marcianos com uma civilização desenvolvida. Hoje sabemos que poderá ter existido água abundante em Marte e que formas de vida primitiva podem, de facto, ter surgido.

Segundo os resultados publicados na revista académica Astrobiology, a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta - ou seja, localizado fora do Sistema Solar - de cuja existência muitos astrónomos duvidam.
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A descoberta de Gliese 581 g foi anunciada em 29 de Setembro de 2010, e acredita-se
ser o planeta mais semelhante à Terra, e um dos melhores candidatos exoplaneta com
potencial para abrigar vida encontrada até hoje.

Gliese 581 g é um dos seis planetas do sistema solar em torno da estrela Gliese 581 (uma anã vermelha, que fica na constelação da balança), tem uma massa três vezes superior à da Terra e parece ser rochoso. Orbita a sua estrela a uma distância que o coloca bem no centro da chamada "zona habitável", onde a água poderá existir em estado líquido à superfície do planeta. Se Gliese 581 g possuir uma composição rochosa semelhante à da Terra, o seu diâmetro pode ser estimado entre cerca 1,2 a 1,4 vezes superior ao da Terra, portanto terá gravidade suficiente para conseguir reter a sua atmosfera.

Para os astrofísicos, um planeta potencialmente habitável é aquele que pode sustentar vida - não necessariamente um que os humanos considerem bom para se viver. Este fica bem no meio da zona habitável do seu sistema solar - onde não fica demasiado quente nem demasiado frio, onde pode haver rios e oceanos à superfície.

Um ano em Gliese 581 g dura apenas 37 dias; é este o tempo que leva a completar uma volta à sua estrela. Devido à proximidade com sua estrela-mãe foi prevista a ocorrência de um fenómeno chamado acoplamento de maré, em que o planeta mostra sempre o mesmo lado para a estrela, tal como a Lua mostra sempre a mesma face para a Terra. Assim no lado do planeta virado para o Sol é sempre dia e no que fica na obscuridade; a noite é eterna.

As temperaturas à superfície oscilam, entre o calor escaldante e o frio gelado. Mas a temperatura média é negativa: variando entre 31º C graus negativos e 12º C graus negativos, segundo um comunicado de imprensa da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. Mas se tiver uma atmosfera, poderá ter um efeito de estufa capaz de harmonizar melhor as condições na superfície. No entanto, o local mais confortável do planeta seria a zona de transição entre a obscuridade e a luz, onde as temperaturas seriam mais amenas, dizem os cientistas. Mas o facto de o planeta estar dividido em duas zonas claramente definidas e estáveis pode ser uma vantagem para que a vida tenha condições. Quaisquer formas de vida que surgissem no planeta teriam uma grande variedade de climas estáveis para evoluir, dependendo da longitude em que se encontrassem. Mas a temperatura não é tudo, havendo ainda outros desafios a ultrapassar: se a atmosfera for composta por amónia, poderá ser difícil, ter condições essenciais para a vida, mas se forem gases convencionais como o oxigénio e o dióxido de carbono, poderá albergar a vida tal como a conhecemos.

Em seguida, no mesmo critério, veio Gliese 581 d, que faz parte do mesmo sistema solar. É o terceiro planeta descoberto e o quinto em distância à estrela. Devido à sua massa, que é de cerca de 5,6 vezes a da Terra, o planeta é classificado como uma Super-Terra. Foi descoberto em 2007, por uma equipa de astrónomos, liderada por Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, usando o Hight Accuracy Radial Velocity Planet Searcher (HARPS) no telescópio de 3,6 metros do Observatório Europeu do Sul, em La Silla, no Chile. Em Abril de 2009, novas observações feitas pela mesma equipa, concluíram que o planeta está no limite da "zona habitável", onde a água pode existir.
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O planeta Gliese 581 d, foi classificado como uma Super-Terra, nome dado a um planta extra-solar com uma massa maior que a massa da Terra, mas menor que a massa dos gigantes gasoso do nosso sistema solar. O termo "Super-Terra" refere-se apenas à massa do planeta e não implica nada sobre as condições da superfícies ou habitabilidade.

O planeta Gliese 581 c apelidado pelos astrónomos de "Super-Terra", aparenta orbitar na zona habitável, tal como a Terra no nosso sistema solar, o que significa que poderá conter água no estado líquido. É o primeiro planeta extra-solar possivelmente habitável encontrado na história. A descoberta do planeta foi anunciada por astrónomos da França, Portugal e Suíça, no dia 24 de Abril de 2007, liderados por Stéphane Udry, do Observatório Europeu do Sul, localizado no Chile, usando o instrumento HARPS do ESO. A equipa usou a técnica de velocidade radial.
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Este planeta possui um diâmetro 50% maior que o da Terra (estimativa baseada na sua massa), e quase cinco vezes mais maciço, fazendo com que a gravidade à superfície seja 2,15 vezes mais forte que a terrestre. Porém, se sua superfície contiver grande quantidade de gelo ou água, a sua gravidade será 1,3 vez maior que a da Terra. Um ser humano pesando 50 kg, pesaria 65 kg em Gliese 581 c. O planeta pode estar sempre com a mesma face virada para a sua estrela-mãe. Este efeito pode fazer com que o Gliese 581 c apresenta diferenças de temperatura bastante consideráveis entre a face sempre iluminada e a face em noite eterna. Por outro lado, as partes entre as duas faces podem possuir um clima moderado, mais propício para o surgimento da vida. Em alternativa, a circulação atmosférica pode redistribuir o calor da estrela de forma mais equilibrada, permitindo uma habitabilidade maior. A temperatura pode variar entre zero e 40º C graus, ou seja, pode ter água em estado líquido à superfície.
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Visão artística da suposta paisagem do planeta Gliese 581 c.
 
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