- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 55,784
- Gostos Recebidos
- 1,584
Polémica na véspera das autárquicas em São Paulo: Candidato usa atestado falso para acusar adversário de ser drogado
Pablo Marçal publicou nas redes sociais um suposto relatório médico que provaria que Guilherme Boulos teria sido viciado em cocaína.
Um novo e grave episódio marca a reta final da campanha para as eleições autárquicas brasileiras deste domingo. Um dos candidatos a autarca da maior cidade do país, São Paulo, divulgou um relatório médico falso atestando que o principal adversário faz uso de drogas, e com o visado a pedir à justiça a prisão imediata do acusador.
Mais uma vez, no centro da nova crise está Pablo Marçal, candidato da extrema-direita que não obstante as acusações de estar ligado ao crime organizado e a ofensas de cunho pessoal que fez ao longo de toda a campanha contra os adversários ocupa a terceira posição nas sondagens, com grandes probabilidades de passar a segundo e disputar a segunda volta, dia 27.
Esta sexta-feira, Pablo Marçal publicou nas redes sociais um suposto relatório médico que provaria que o líder das sondagens, o elemento de esquerda Guilherme Boulos, apoiado por Lula da Silva, é, ou pelo menos teria sido, viciado em cocaína, e que por isso não estaria em condições de governar a maior cidade brasileira, de 12,5 milhões de habitantes.
O documento comprovaria um encaminhamento de Boulos em 2021 para uma emergência psiquiátrica, com pedido de internação para tratamento do vício em droga.
A farsa não durou muito tempo, pois a antiga secretária do médico que assina o relatório veio a público dizer que o clínico, além de já ter morrido, nunca trabalhou na clínica citada no documento, e enviou outros pareceres assinados pelo ex-chefe, mostrando que a assinatura exibida por Marçal é falsa.
Além disso, a clínica pertence a uma pessoa ligada ao próprio Marçal, e o proprietário já foi condenado por ter falsificado um diploma que atestava falsamente ter concluído o curso de Medicina.
Guilherme Boulos veio a público na madrugada deste sábado desmentir veementemente a acusação de vício em cocaína e anunciou que os seus advogados iriam pedir nas próximas horas a prisão em flagrante de Pablo Marçal e a impugnação da candidatura dele.
O TRE-SP, Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, já determinou a exclusão imediata do falso relatório de todas as redes sociais, mas outras eventuais punições a Marçal só deverão ocorrer após a votação de domingo.
De acordo com sondagem divulgada pelo Instituto Datafolha, Guilherme Boulos lidera a disputa em São Paulo com 26%, seguido pelo atual autarca e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, e por Pablo Marçal, ambos com 24%. Mas Marçal parece em vantagem, pois subiu três pontos em uma semana, de 21% para 24%, enquanto Nunes, que liderava com 27%, caiu três pontos no mesmo período.
Ao longo da campanha eleitoral, Pablo Marçal, que já foi preso e condenado por burla, protagonizou muitas situações delicadas, onde chamou os seus adversários por alcunhas pejorativas, acusando-os de irregularidades e crimes comuns sem nunca apresentar provas, e sendo um motivo de polémica durante os debates eleitorais promovidos pelas principais emissoras de televisão.
Num deles, da Tv Cultura, Marçal chegou a ser agredido com uma cadeira por outro candidato, o jornalista José Luiz Datena, depois de o acusar insistentemente de um crime sexual.
Este domingo, quase 156 milhões de eleitores poderão escolher os presidentes de câmara e os vereadores em mais de 5500 cidades brasileiras. Em 103 cidades com mais de 200 mil eleitores, se nenhum candidato conseguir a maioria absoluta, ou seja, metade mais um dos votos válidos, haverá segunda volta, como tudo indica que acontecerá em São Paulo.
Correio da Manhã

Pablo Marçal publicou nas redes sociais um suposto relatório médico que provaria que Guilherme Boulos teria sido viciado em cocaína.
Um novo e grave episódio marca a reta final da campanha para as eleições autárquicas brasileiras deste domingo. Um dos candidatos a autarca da maior cidade do país, São Paulo, divulgou um relatório médico falso atestando que o principal adversário faz uso de drogas, e com o visado a pedir à justiça a prisão imediata do acusador.
Mais uma vez, no centro da nova crise está Pablo Marçal, candidato da extrema-direita que não obstante as acusações de estar ligado ao crime organizado e a ofensas de cunho pessoal que fez ao longo de toda a campanha contra os adversários ocupa a terceira posição nas sondagens, com grandes probabilidades de passar a segundo e disputar a segunda volta, dia 27.
Esta sexta-feira, Pablo Marçal publicou nas redes sociais um suposto relatório médico que provaria que o líder das sondagens, o elemento de esquerda Guilherme Boulos, apoiado por Lula da Silva, é, ou pelo menos teria sido, viciado em cocaína, e que por isso não estaria em condições de governar a maior cidade brasileira, de 12,5 milhões de habitantes.
O documento comprovaria um encaminhamento de Boulos em 2021 para uma emergência psiquiátrica, com pedido de internação para tratamento do vício em droga.
A farsa não durou muito tempo, pois a antiga secretária do médico que assina o relatório veio a público dizer que o clínico, além de já ter morrido, nunca trabalhou na clínica citada no documento, e enviou outros pareceres assinados pelo ex-chefe, mostrando que a assinatura exibida por Marçal é falsa.
Além disso, a clínica pertence a uma pessoa ligada ao próprio Marçal, e o proprietário já foi condenado por ter falsificado um diploma que atestava falsamente ter concluído o curso de Medicina.
Guilherme Boulos veio a público na madrugada deste sábado desmentir veementemente a acusação de vício em cocaína e anunciou que os seus advogados iriam pedir nas próximas horas a prisão em flagrante de Pablo Marçal e a impugnação da candidatura dele.
O TRE-SP, Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, já determinou a exclusão imediata do falso relatório de todas as redes sociais, mas outras eventuais punições a Marçal só deverão ocorrer após a votação de domingo.
De acordo com sondagem divulgada pelo Instituto Datafolha, Guilherme Boulos lidera a disputa em São Paulo com 26%, seguido pelo atual autarca e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, e por Pablo Marçal, ambos com 24%. Mas Marçal parece em vantagem, pois subiu três pontos em uma semana, de 21% para 24%, enquanto Nunes, que liderava com 27%, caiu três pontos no mesmo período.
Ao longo da campanha eleitoral, Pablo Marçal, que já foi preso e condenado por burla, protagonizou muitas situações delicadas, onde chamou os seus adversários por alcunhas pejorativas, acusando-os de irregularidades e crimes comuns sem nunca apresentar provas, e sendo um motivo de polémica durante os debates eleitorais promovidos pelas principais emissoras de televisão.
Num deles, da Tv Cultura, Marçal chegou a ser agredido com uma cadeira por outro candidato, o jornalista José Luiz Datena, depois de o acusar insistentemente de um crime sexual.
Este domingo, quase 156 milhões de eleitores poderão escolher os presidentes de câmara e os vereadores em mais de 5500 cidades brasileiras. Em 103 cidades com mais de 200 mil eleitores, se nenhum candidato conseguir a maioria absoluta, ou seja, metade mais um dos votos válidos, haverá segunda volta, como tudo indica que acontecerá em São Paulo.
Correio da Manhã