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Polícia do Brasil separa suspeitos da morte de Marielle Franco em prisões diferentes e distantes
Decisão tenta evitar que os três suspeitos possam articular uma defesa comum, combinar versões ou mesmo planear um resgate.
Os três suspeitos de terem ordenado e planeado a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiro com o seu motorista, Anderson Gomes, numa rua do Rio de Janeiro em 14 de Março de 2018, foram separados esta quarta-feira em três penitenciárias diferentes em várias regiões do Brasil. A decisão tenta evitar que os três suspeitos, com forte poder político e influência nos meios policiais, possam articular uma defesa comum, combinar versões ou mesmo planear um resgate.
Os presumíveis mandantes dos brutais assassínios, o deputado federal Chiquinho Brazão e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão, e o suspeito de ter planeado meticulosamente o atentado, o ex-chefe da polícia do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, foram presos ao amanhecer de domingo numa acção de surpresa desencadeada pela Polícia Federal (PF). Ao amanhecer desta quarta-feira os três, que desde a detenção estavam em alas separadas da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Brasília, foram divididos em prisões que distam milhares de quilómetros entre si, numa operação que contou com um grande aparato de segurança e aeronaves da Polícia Federal e com o apoio da Polícia Penitenciária Federal.
O delegado (inspetor) Rivaldo Barbosa vai continuar na penitenciária de Brasília sob vigilância permanente, enquanto o deputado Chiquinho Brazão foi levado para outra penitenciária federal de segurança máxima, em Campo Grande, capital do estado de MMato Grosso do Sul, e o irmão, Domingos Brazão, foi para a penitenciária de Porto Velho, no distante estado de Rondónia, também administrada pelo governo central. As três penitenciárias ficam a mais de dois mil quilómetros de distância umas das outras e todas ficam bem distantes do Rio de Janeiro, reduto eleitoral e área de maior influência dos três.
Segundo o relatório da Polícia Federal que fundamentou as prisões, Chiquinho e Domingos decidiram matar Marielle por a jovem vereadora de esquerda estar a atrapalhar negócios ilegais dos dois numa vasta área da zona oeste do Rio de Janeiro controlada por uma milícia a que ambos supostamente estão ligados. A ideia terá sido apresentada a Rivaldo Barbosa, chefe de toda a polícia do estado do Rio de Janeiro, que, segundo a PF e o Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou as prisões, usou os seus conhecimentos para planear de forma meticulosa o atentado, praticado por um ex-polícia, Ronnie Lessa, preso desde 2019 e que em Novembro passado fez um acordo com a justiça em troca de redução de pena e acusou os três.
Correio da Manhã
Decisão tenta evitar que os três suspeitos possam articular uma defesa comum, combinar versões ou mesmo planear um resgate.
Os três suspeitos de terem ordenado e planeado a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiro com o seu motorista, Anderson Gomes, numa rua do Rio de Janeiro em 14 de Março de 2018, foram separados esta quarta-feira em três penitenciárias diferentes em várias regiões do Brasil. A decisão tenta evitar que os três suspeitos, com forte poder político e influência nos meios policiais, possam articular uma defesa comum, combinar versões ou mesmo planear um resgate.
Os presumíveis mandantes dos brutais assassínios, o deputado federal Chiquinho Brazão e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão, e o suspeito de ter planeado meticulosamente o atentado, o ex-chefe da polícia do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, foram presos ao amanhecer de domingo numa acção de surpresa desencadeada pela Polícia Federal (PF). Ao amanhecer desta quarta-feira os três, que desde a detenção estavam em alas separadas da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Brasília, foram divididos em prisões que distam milhares de quilómetros entre si, numa operação que contou com um grande aparato de segurança e aeronaves da Polícia Federal e com o apoio da Polícia Penitenciária Federal.
O delegado (inspetor) Rivaldo Barbosa vai continuar na penitenciária de Brasília sob vigilância permanente, enquanto o deputado Chiquinho Brazão foi levado para outra penitenciária federal de segurança máxima, em Campo Grande, capital do estado de MMato Grosso do Sul, e o irmão, Domingos Brazão, foi para a penitenciária de Porto Velho, no distante estado de Rondónia, também administrada pelo governo central. As três penitenciárias ficam a mais de dois mil quilómetros de distância umas das outras e todas ficam bem distantes do Rio de Janeiro, reduto eleitoral e área de maior influência dos três.
Segundo o relatório da Polícia Federal que fundamentou as prisões, Chiquinho e Domingos decidiram matar Marielle por a jovem vereadora de esquerda estar a atrapalhar negócios ilegais dos dois numa vasta área da zona oeste do Rio de Janeiro controlada por uma milícia a que ambos supostamente estão ligados. A ideia terá sido apresentada a Rivaldo Barbosa, chefe de toda a polícia do estado do Rio de Janeiro, que, segundo a PF e o Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou as prisões, usou os seus conhecimentos para planear de forma meticulosa o atentado, praticado por um ex-polícia, Ronnie Lessa, preso desde 2019 e que em Novembro passado fez um acordo com a justiça em troca de redução de pena e acusou os três.
Correio da Manhã