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Pombos - Doenças do tracto digestivo

Matapitosboss

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Tricomoníase


A Tricomoníase está disseminada por todo o mundo, e afecta qualquer colónia. É uma doença particularmente temida no período da criação por causar perdas numerosas.

Agente patogénico:
O tricomona gallinae é um protozoário flagelado monocelular e móvel. Quase todos os pombos são portadores de tricomonas, que vivem nas mucosas do bico e da garganta, no esófago e no papo. Os pombos infectados expelem os parasitas na saliva e nas fezes. Os pombos adultos infectam os borrachos quando os alimentam.

Sintomas:
Nos pombos adultos e nos jovens, há uma notória diminuição da vitalidade, relutância em voar, diarreia e vermelhidão da mucosa da garganta. Conforme a infecção progride, aparecem manchas amarelas na mucosa palatal, que progridem para lesões com depósitos caseosos amarelados. Não devem arrancar-se estas lesões, pois há risco de hemorragia.
Os borrachos ainda no ninho desenvolvem infecções na região do umbigo, com formação de abcesso que pode propagar-se aos órgãos internos. Com cerca de 10-14 dias de idade, pode observar-se a existência de problemas intestinais, com fezes líquidas e de odor forte, bem como sinais de um crescimento insuficiente, enquanto os borrachos pedem constantemente comida.

Diagnóstico:
A existência de tricomonas é comprovada por exame microscópico de amostras de secreções da mucosa da faringe ou do papo de um pombo vivo ou recentemente morto. É possível identificar a doença num cadáver até 20 horas após a morte.

Outras doenças semelhantes:
Nos pombos adultos, o aparecimento de pontos brancos na parte posterior da garganta não indica tricomonas foci. Estes nódulos firmes, brancos ou cinzento-amarelados são cálculos salivares (sialolites), formados por secreções glandulares. São benignos e não devem ser retirados para não causar sangramento.



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Hexamitiase


A hexamitiase é uma doença do tracto intestinal dos pombos, que aparece associada a fezes muco-aquosas, algumas vezes com vestígios de sangue.

Agentes patogénicos:
O protozoário flagelado Hexamita columbae surge principalmente nos meses do Outono e Inverno. Numa fase inicial, coloniza o recto do hospedeiro. As aves recém emplumadas estão especialmente susceptíveis, pois têm ainda um baixo nível de resistência. Os pombos adultos, quando infectados, não demonstram sinais visíveis da doença, mas podem eliminar o agente patogénico em grandes quantidades juntamente com as típicas fezes aquosas (portadores crónicos). O período de incubação é de 4-5 dias.

Sintomas da doença:
Enterite aguda, com dejecções mucosas (ou com sangue), líquidas e de odor forte.
Os pombos afectados recusam o alimento e bebem mais água, o que resulta num estado de fraqueza e debilitação. Os borrachos sofrem particularmente com esta doença, por vezes de uma forma tão grave que todo o tracto intestinal é afectado, e as suas fezes aquosas surgem misturadas com sangue.

Diagnóstico:
A existência do agente da doença é comprovada através de exame microscópico, à temperatura corporal, de amostras da mucosa intestinal de um pombo infectado de forma aguda e recentemente morto. Quando a infestação é muito grave, pode verificar-se a existência dos parasitas com a ajuda de uma mecha de algodão que se introduz na cloaca de uma ave viva. O Hexamita é facilmente reconhecido pela sua movimentação rápida e em linha recta - ao contrário das tricomonas que se movimentam lentamente e em círculos em torno do seu próprio eixo.

Outras doenças semelhantes:
Salmonelose, Infecção pelo vírus da paramixo, Infecção pelo bacilo coli, Coccidiose.



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Coccidiose


A Coccidiose é uma doença do tracto intestinal dos pombos, disseminada por todo o mundo. Quase todos os pombos têm coccídeos alojados no intestino delgado.

Agente patogénico:
Os coccídeos são, juntamente com os tricomonas, os protozoários mais comuns nos pombos, que ocorrem sob a forma de duas espécies: E. labbeana e E. columbarum. Estas duas espécies infestam somente os pombos. Os coccídeos formam oóscistos, que só se tornam infecciosos depois de um período de maturação no exterior.

Progressão da doença:
Após serem ingeridos, os oóscistos continuam o seu desenvolvimento danificando a parede intestinal. 4 a 7 dias após a infecção, o pombo expele novamente oóscistos pelas fezes.
Há duas formas de coccidiose:
A forma assintomática (ou sub-clínica) é a mais frequente. Após uma primeira ingestão de pequenas quantidades de oóscistos, os pombos ficam imunes à infecção pela estimulação de mecanismos de defesa internos, sem que se verifiquem sinais visíveis da doença. Com esta protecção, reforçada pela ingestão constante de pequenas quantidades de oóscistos, as aves vivem numa espécie de equilíbrio, o que também as protege de doenças intestinais graves.
A forma aguda da doença, com perturbações visíveis, graves e generalizadas. A coccidiose ocorre quando os pombos jovens e ainda não protegidos são infectados pela ingestão de grandes quantidades de oóscistos, ou quando a imunidade dos pombos adultos é reduzida ou diminuída por factores causadores de stress.

Sintomas:
Forma assintomática:
As aves infestadas têm aspecto saudável, embora menos activas. Os excrementos tornam-se por vezes um pouco moles.
Forma aguda:
Os pombos visivelmente afectados têm diarreia muco-aquosa, de odor desagradável, de cor esverdeada e por vezes com vestígios de sangue. Ficam apáticos, com as penas eriçadas, bebem muito e comem pouco.

Diagnóstico da doença:
A existência de oóscistos coccidiais pode ser demonstrada através do exame microscópico das fezes (preparadas pelo método de suspensão).
Forma assintomática:
Encontra-se apenas uma pequena quantidade de oóscistos nas fezes (resultado = +).
Forma aguda:
As fezes revelam uma infestação moderada (resultado = ++), ou grave (resultado = +++).

Outras doenças semelhantes:
Salmonelose, Infecção por E.coli, Parasitoses.



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Salmonelose (paratifóide)


De todas as infecções causadas por bactérias, a Salmonelose tem uma das taxas de mortalidade mais elevadas.

Agente patogénico:
Salmonella typhimurium variedade copenhagen, designada por "Salmonela dos pombos". Dadas as condições ideais, as bactérias podem permanecer infecciosas no exterior durante 1 ano, ou mais.

As salmonelas propagam-se por:

inalação de poeiras que contenham o agente
alimentação contaminada (insectos, ratos)
comedouros ou bebedouros sujos
acasalamento
transmissão da fêmea ao ovo
alimentação dos borrachos, ou contacto com pais infectados
portadores crónicos: pombos de aparência saudável após infecção por salmonelas, mas evacuando germes a intervalos irregulares, colocando em risco toda a colónia.
Sintomas:
Forma aguda (afecta especialmente os borrachos):

Enterite com fezes pulposas, mucosas e esverdeadas; quando infectados os órgão internos (fígado, rins, baço) verifica-se um crescimento mais lento, emagrecimento e (em casos isolados) a morte.
Os embriões infectados morrem frequentemente quando ainda no ovo, ou durante os primeiros dias de vida.

Forma crónica (especialmente nos pombos adultos):

A inflamação provoca um espessamento das articulações, especialmente a do cotovelo; paralisia das asas e das patas, perturbações do equilíbrio e torção do pescoço.

Diagnóstico da doença:
Exame bacteriológico das fezes e/ou amostras de órgãos. Procede-se a um antibiograma para determinar a medicação mais indicada.


Outras doenças semelhantes :
Infecção pelo vírus da paramixo (paramixovirose), Ornitose, Coccidiose, Parasitose, forma orgânica da Tricomoníase.



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Infecção por E.coli


O Escherichia coli e as salmonelas são duas das causas mais frequentes de doenças bacterianas nos pombos.

Agente patogénico:
O E.coli existe normalmente na flora intestinal humana e dos animais de sangue quente. Estas bactérias, quando expelidas nas fezes, podem sobreviver durante vários meses no meio ambiente, mantendo a capacidade de se multiplicar. As bactérias Coli penetram no aparelho digestivo ou no aparelho respiratório - até mesmo nos sacos aéreos - juntamente com a comida ou água contaminadas, ou envolvidas com as poeiras do ar.

Progressão da doença :
A multiplicação profusa das bactérias E.coli provoca, num curto espaço de tempo, enterite grave que pode levar a consideráveis perdas de água e electrólitos.
As bactérias podem também penetrar na corrente sanguínea e colonizar órgãos internos, o que resulta num distúrbio sistémico, chamado colisepticemia, que após progressão para uma situação aguda pode levar à morte em poucas horas ou após vários dias.

Sintomas:
O quadro clínico caracteriza-se por sinais típicos de distúrbio sistémico, como apatia, recusa de alimento, aumento do consumo de água e início de definhamento. O aparelho respiratório pode também ser afectado, especialmente os sacos aéreos.

Diagnóstico:
Deve proceder-se a exame bacteriológico de amostras de órgãos nas 24 horas que se seguem à morte da ave, uma vez que a bactéria coli pode colonizar rapidamente os órgãos da ave morta o que torna difícil demonstrar o verdadeiro agente patogénico.
Deve fazer-se um antibiograma para determinar qual a medicação mais indicada para o tratamento.

Outras doenças semelhantes:
Salmonelose, Hexamitiase, Coccidiose.



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Fezes líquidas


A composição, aspecto e odor dos excrementos são indicadores do estado de saúde dos pombos. Qualquer alteração do aspecto normal destes deve ser vista como um forte indicador de uma alteração do estado de saúde dos seus pombos.

Possíveis causas do problema:

mudança do estado do tempo, frio ou humidade, correntes de ar, temperatura do pombal demasiado baixa;
stress psicológico causado por uma alteração no pombal, exposições, vacinação, encestamento e transporte no período de provas, alteração do horário da alimentação, nervosismo da ave;
as mudanças de alimentação e intolerância a certos alimentos (ingestão excessiva de grit contendo sal) podem alterar seriamente o equilíbrio de fluidos no organismo, com significativas perdas de líquidos, minerais e nutrientes.
Sintomas:
Aquando da passagem pelo intestino, os excrementos tornam-se pastosos, sendo esse o seu aspecto normal.
Quando a passagem pelo intestino é acelerada, as fezes não apresentam o seu aspecto normal, o que se deve à redução do tempo de reabsorção de líquidos. Do mesmo modo, também não é possível que o maior volume de urina na cloaca (que se deve a uma maior ingestão de água) apresente a consistência normal. As fezes ficam muito diluídas no excesso de urina, o que provoca os excrementos "líquidos" ou diarreia. Este sintoma surge repentinamente, e normalmente não é extensivo à colónia.

Diagnóstico:
Recomenda-se um exame laboratorial para eliminar a possibilidade da existência de agentes infecciosos ou parasitas.

Outras doenças semelhantes:
Salmonelose, Infecção pelo vírus da paramixo, Infecção pelo bacilo coli, Coccidiose.



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