kokas
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Vice-primeiro ministro e líder do CDS sublinhou na SIC qualidade da relação com ministra que o levou a prometer demitir-se.
"Pago o preço por essa revogação", assumiu ontem, entrevistado na SIC, Paulo Portas, vice-primeiro-ministro e líder do CDS, numa referência à crise política no governo em 2013, quando prometeu demitir-se "irrevogalmente" do Executivo, por discordar da substituição nas Finanças de Vítor Gaspar por Maria Luís Albuquerque.
Sem querer divulgar qualificativos quanto às qualidades técnicas e políticas da ministra que então o levou a prometer demitir-se, Paulo Portas sublinhou no entanto a qualidade da sua relação atual com a titular da pasta das Finanças: "Tenho uma relação com ela que é diária, que é muito boa e que é bem disposta, devo dizer", garantiu.
Sobre o funcionamento interno do Governo no seu todo disse que "a cooperação é boa" e quanto ao primeiro-ministro em particular foi institucional: "Tenho confiança em Pedro Passos Coelho."
O líder centrista procurou acima de tudo na entrevista passar a mensagem de um novo ciclo na governação da coligação PSD/CDS na próxima legislatura. "A próxima etapa é de recuperação nos rendimentos, da confiança e do emprego", prometeu, acrescentando ainda a prioridade que dará aos mais desfavorecidos: "A próxima legislatura ou é social ou não é." Dito de outra forma: "Não vamos ouvir falar de restrições, vamos ouvir falar de recuperação" e portanto o tempo agora é de "menos angústia" e de uma "esperança moderada mas sustentada".
Quanto ao desemprego - e confrontado com números segundo os quais o lado oculto do problema (desemprego sem proteção social) é agora já maior do que o lado estatísticamente conhecido - procurou sempre sublinhar o que é favorável à estratégia eleitoral da coligação: "A tendência [para descer] é positiva" e, além do mais, perante o cenário de "bancarrota" de 2011 e perante tudo o que foi preciso fazer depois "não era possível que o desemprego não aumentasse" [aumentou oficialmente até valores na ordem dos 17%]. "Ninguém sabe o que é governar com o país a semanas de deixar de ter reservas para pagar salários", vitimizou-se.
dn
