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GF Ouro
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Rafael Matesanz, da Organização Nacional de Transplantes espanhola, que liderou o projeto ACCORD
Projeto ACCORD aponta como caminho para o sucesso a partilha de dados e maior ligação com os cuidados intensivos.
São 23 os países europeus, incluindo Portugal, que há três anos trabalham juntos no projeto ACCORD, que tem o apoio da comissão Europeia. Entre as principais conclusões, apresentadas terça-feira em Madrid, estão a criação de um registo internacional de dadores vivos que mostre as melhores práticas, resultados depois da doação e garanta o seguimento destas pessoas e o trabalho mais próximo com as unidades de cuidados intensivos para identificar possíveis dadores em morte cerebral.
Portugal foi um dos nove países que participou no projeto piloto para a criação do registo europeu de dadores vivos, com dados de dois hospitais: Centro Hospitalar do Porto (Santo António) e Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra. Analisaram dados pré-transplantes, até à alta e um ano de seguimento. Porquê um registo? "Há um aumento dos dadores vivos e temos uma responsabilidade com eles. São pessoas saudáveis que deram um órgão para salvar a vida de outro. Temos a responsabilidade de ter dados gerais que nos permitam analisar quais os procedimentos mais seguros e usá-los para informar possíveis dadores sobre os riscos", explicou Kirsten Ooms-de Vries, da fundação de transplantes holandesa.
O projeto enfrentou alguns desafios, pois nem todos os países têm registo nacional. Portugal deverá ter o seu até ao final do ano, que incluirá informação sobre dadores cadáveres e vivos e que seguirá a base do ACCORD. "O objetivo é termos informação do que está a ser feito ao momento em todo o país para termos um retrato mais completo e estender os bons resultados?", disse Ana França, do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST).
dn