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RoterTeufel
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Cerca de 3.200 sepultados em todo o país
Portugal homenageia em Bissau mortos da guerra colonial
Portugal homenageou esta terça-feira os seus cidadãos que morreram na guerra colonial da Guiné-Bissau, numa pequena cerimónia no cemitério de Bissau, que o embaixador português estendeu às vítimas guineenses do conflito.
"Lembramos todos os que morreram na guerra colonial e com eles lembramos também todos os guineenses que morreram nessa guerra", disse o embaixador de Portugal em Bissau, António Ricoca Freire, acrescentando: "Neste momento das nossas Histórias, de Portugal e da Guiné-Bissau, todas essas divisões deixaram de fazer sentido".
A homenagem aos mortos portugueses em Bissau (cerca de 3.200 estão sepultados em todo o país) fez-se com uma pequena cerimónia religiosa na Capela da Liga dos Combatentes, uma capela que fica dentro do cemitério de Bissau e que apenas abre em ocasiões solenes.
Seguiu-se a deposição de coroas de flores no "talhão dos portugueses", onde estão sepultados algumas dezenas de portugueses, assistida pelos diplomatas lusos na Guiné-Bissau e por alguns portugueses que vivem no país.
O comandante Alpoim Calvão foi um dos que esteve na cerimónia, já que vive na Guiné-Bissau a maior parte do seu tempo. Foi oficial da marinha portuguesa, participou na guerra colonial e chefiou a "operação mar verde" (1970), uma invasão da vizinha Guiné-Conacri para eliminar os dirigentes do PAIGC, Partido Africano da Guiné e Cabo Verde. Vive na Guiné-Bissau desde 2004, investindo no caju, principal produto do país.
Na cerimónia, o embaixador lembrou essencialmente "os homens que deram o máximo que um homem pode dar, que é o dom da própria vida".
"É importante continuar ao longo dos tempos a lembrá-los e a honrá-los, porque um Estado que não sabe honrar aqueles que morreram por si é um Estado que não merece ser honrado", disse Ricoca Freire, acrescentando que honrar os que tombaram por Portugal é também "glorificar Portugal e a sua história".
E a melhora forma de honrar os mortos "é através do testemunho, da presença, do trabalho que cada um de nós, agora na Guiné-Bissau, somos chamados a desenvolver. Essa nossa presença, o empenho e dedicação, é a melhor forma de honrar os que tombaram na Guiné-Bissau e honrar o Estado português", disse.
Na Guiné-Bissau, o dia 1 de Novembro, dia de todos os santos, não é feriado, ao contrário de Portugal. Os portugueses aproveitam o dia para antecipar a homenagem aos mortos, já que o dia dos fiéis defuntos se assinala a 2 de Novembro, esse sim feriado na Guiné-Bissau, onde na última semana se começaram a vender, nas ruas, grinaldas feita de papéis coloridos.
C.da Manha
Portugal homenageia em Bissau mortos da guerra colonial
Portugal homenageou esta terça-feira os seus cidadãos que morreram na guerra colonial da Guiné-Bissau, numa pequena cerimónia no cemitério de Bissau, que o embaixador português estendeu às vítimas guineenses do conflito.
"Lembramos todos os que morreram na guerra colonial e com eles lembramos também todos os guineenses que morreram nessa guerra", disse o embaixador de Portugal em Bissau, António Ricoca Freire, acrescentando: "Neste momento das nossas Histórias, de Portugal e da Guiné-Bissau, todas essas divisões deixaram de fazer sentido".
A homenagem aos mortos portugueses em Bissau (cerca de 3.200 estão sepultados em todo o país) fez-se com uma pequena cerimónia religiosa na Capela da Liga dos Combatentes, uma capela que fica dentro do cemitério de Bissau e que apenas abre em ocasiões solenes.
Seguiu-se a deposição de coroas de flores no "talhão dos portugueses", onde estão sepultados algumas dezenas de portugueses, assistida pelos diplomatas lusos na Guiné-Bissau e por alguns portugueses que vivem no país.
O comandante Alpoim Calvão foi um dos que esteve na cerimónia, já que vive na Guiné-Bissau a maior parte do seu tempo. Foi oficial da marinha portuguesa, participou na guerra colonial e chefiou a "operação mar verde" (1970), uma invasão da vizinha Guiné-Conacri para eliminar os dirigentes do PAIGC, Partido Africano da Guiné e Cabo Verde. Vive na Guiné-Bissau desde 2004, investindo no caju, principal produto do país.
Na cerimónia, o embaixador lembrou essencialmente "os homens que deram o máximo que um homem pode dar, que é o dom da própria vida".
"É importante continuar ao longo dos tempos a lembrá-los e a honrá-los, porque um Estado que não sabe honrar aqueles que morreram por si é um Estado que não merece ser honrado", disse Ricoca Freire, acrescentando que honrar os que tombaram por Portugal é também "glorificar Portugal e a sua história".
E a melhora forma de honrar os mortos "é através do testemunho, da presença, do trabalho que cada um de nós, agora na Guiné-Bissau, somos chamados a desenvolver. Essa nossa presença, o empenho e dedicação, é a melhor forma de honrar os que tombaram na Guiné-Bissau e honrar o Estado português", disse.
Na Guiné-Bissau, o dia 1 de Novembro, dia de todos os santos, não é feriado, ao contrário de Portugal. Os portugueses aproveitam o dia para antecipar a homenagem aos mortos, já que o dia dos fiéis defuntos se assinala a 2 de Novembro, esse sim feriado na Guiné-Bissau, onde na última semana se começaram a vender, nas ruas, grinaldas feita de papéis coloridos.
C.da Manha