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"Preferia que o BE não integrasse o futuro governo"

kokas

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Set 27, 2006
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João Semedo diz que, em nome da autonomia do partido, se inclina para um executivo sem a participação do Bloco

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Indigitar Passos Coelho é, como diz o BE, uma perda de tempo?Não é só uma perda de tempo, é não respeitar uma exigência constitucional e uma condição colocada pelo próprio Presidente (apoio maioritário), que visivelmente um governo PSD-PP não tem nem pode garantir. É como começar um jogo de futebol com uma bola furada. Se o PS e os partidos da esquerda vão rejeitar o governo PSD-PP e viabilizam um governo liderado por António Costa, não vejo qualquer razão para Cavaco Silva convidar Passos Coelho a formar governo. Se o fizer, é mais um serviço que Cavaco faz aos partidos que o elegeram.Preferia que BE integrasse o executivo ou que desse apenas apoio parlamentar a um governo liderado por António Costa? Não tenho reservas a qualquer uma dessas soluções, julgo que tudo depende do que vier a ser o programa do governo e da decisão dos outros partidos. Mas, enfim, enquanto ainda há muita coisa para definir, preferia que o BE não integrasse o futuro governo, julgo que isso permite uma maior afirmação da autonomia do BE e a esquerda e o país precisam disso. Mas não excluo essa participação.Como lê as críticas de que este nunca será um governo que dure toda a legislatura?Tenho lido e ouvido coisas inacreditáveis. Essa é uma delas. Desespero, histeria política. É a continuação da campanha do medo, que os eleitores venceram em 4 de outubro. A direita não aprende. Mas para algum governo tomar posse é preciso garantir que dura quatro anos? Alguma vez isso foi exigido a outro governo, sobretudo minoritário? E quantos governos maioritários não aguentaram quatro anos? E já se esqueceram do episódio da demissão irrevogável de Paulo Portas que quase arrastou a queda de um governo maioritário, que só não aconteceu porque Cavaco não quis nem deixou? Não há nenhuma razão para que um governo apoiado pela esquerda não dure quatro anos.


dn

 
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