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Premiados dois estudos portugueses sobre a dor

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Dois grupos de cientistas portugueses acabam de ser distinguidos com o Prémio Grünenthal Dor, cada um no valor de 7.500 euros, pela Fundação Grünenthal. Os dois trabalhos premiados foram desenvolvidos por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Instituto de Biologia Molecular e Celular (FMUP/IBMC) e por uma equipa do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Santo António, também no Porto.


Joana Ferreira Gomes, Sara Adães e José Castro Lopes, da FMUP/IBMC, foram agraciados com o Prémio de Investigação Básica, avaliado em 7.500, pelo seu trabalho "Mecanismos neurobiológicos da dor na osteoartrose".

"O principal objetivo do estudo foi contribuir para um maior esclarecimento do que está na origem da dor associada à osteoartrose, uma das principais causas de dor crónica a nível mundial", explica Joana Ferreira Gomes em comunicado enviado ao Boas Notícias.

Segundo a investigadora, uma vez que "o tratamento existente não é totalmente eficaz [...] torna-se necessário compreender melhor como se processa esta dor para podermos desenvolver métodos mais eficazes para o seu tratamento".

Já o galardão do Prémio de Investigação Clínica, também no valor de 7.500 euros, foi entregue ao trabalho "Potenciais evocados somatosensitivos podem traduzir objetivamente o balanço nocicepção/antinocicepção sob ação de anestésicos gerais", da autoria de Ana Castro, Pedro Amorim, Catarina S. Nunes e Fernando Gomes de Almeida.

Medicina moderna preocupada com a dor

Ana Castro, que coordenou o trabalho levado a cabo pelos especialistas do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), salientou que "o reconhecimento e adequado tratamento da dor são das mais importantes preocupações da medicina moderna e um direito dos doentes".

O estudo em questão propõe "um novo método objetivo de quantificação da dor", tratando-se de "um índice calculado a partir de potenciais evocados medidos na área sensitiva do cérebro através de elétrodos colocados no couro cabeludo".

De acordo com a especialista, a investigação sugere que, no futuro, este método "possa ser usado na clínica para guiar a administração de analgésicos e anestesia em doentes incapazes de comunicar a dor".


O júri do Prémio Prémio Grünenthal Dor 2011 foi presidido pelo Presidente da Fundação, Professor Doutor Walter Osswald, e contou com a participação de mais seis personalidades médicas equitativamente designadas pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

Os Prémios Grünenthal Dor contemplam um valor pecuniário total de €15.000, igualmente distribuídos pelo Prémio de Investigação Básica e pelo Prémio de Investigação Clínica. Criado pela Fundação Grünenthal em 1999, constituem o prémio de mais alto valor anualmente distribuído em Portugal, no âmbito da investigação em dor.
Bnoticias
 
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