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Presidente da câmara de Castro Daire ameaça com cortes na A24 se tribunal

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Presidente da câmara de Castro Daire ameaça com cortes na A24 se tribunal for encerrado

O presidente da câmara de Castro Daire ameaçou hoje mobilizar a população do concelho para cortar a auto-estrada (A24) se o Governo mantiver o tribunal judicial na lista dos encerramentos previstos na reforma do mapa judiciário.
Fernando Carneiro, perante cerca de uma centena de pessoas concentradas em frente ao Tribunal Judicial de Castro Daire, defendeu que «avançar para formas mais radicais» é a «única alternativa que resta» para defender os interesses do concelho.
«Vamos deixar o jardim (onde já tiveram lugar duas concentrações contra o encerramento do tribunal) e avançar para a A24, para que nos oiçam em Lisboa. Vamos fazer força com a razão da nossa força», avisou o autarca eleito pelo PS.
Questionado pela Lusa sobre o calendário desta «nova etapa na luta» contra o fecho do tribunal de Castro Daire, Fernando Carneiro afirmou que, se até ao mês de Setembro, o processo de encerramento não for revogado, «a população vai parar a auto-estrada».
Fernando Carneiro acusou o Ministério da Justiça de ter feito «uma opção política» perante a falta em Castro Daire dos requisitos anunciados para que tenha lugar o encerramento, como sejam o número de processos, «que ultrapassa os 400, quando o Governo falava em menos de 250».
O autarca admite que a população do concelho está a diminuir, o que é um dos argumentos para o fecho, cerca de nove por cento, segundo os últimos censos, de 2010, mas disse, perante os populares que ocorreram à concentração, que «não se pode entender que o combate à desertificação do interior seja uma prioridade para depois se contribuir para que essa desertificação seja ainda mais acelerada».
«O que vai ser da nossa vila, sem os serviços da segurança social, sem as finanças e sem o tribunal», questionou Fernando Carneiro.
O autarca de Castro Daire prometeu ainda «falar com o Presidente da República» sobre este assunto, quando Cavaco Silva visitar o concelho, no próximo dia 24 de Junho.
«Estou nesta luta, que vai continuar, porque eu não quero assistir ao enterro do meu concelho», declarou o autarca socialista, que defendeu que «as palavras meigas» já não chegam: «De palavras mansas e meigas está o mundo cheio. Vamos ter de passar para outro patamar nesta luta.
Fernando Carneiro teceu ainda duras críticas à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, sublinhando, repetidamente, que «não foi eleita, foi nomeada», como forma de enfatizar que a condição de eleito local lhe confere «a responsabilidade de tudo fazer para impedir a destruição do concelho» de Castro Daire.
Também presente na concentração, João Sevivas, da Ordem dos Advogados, incidiu o seu violento discurso contra o fecho do tribunal, na forma como esta decisão vai contribuir para o «isolamento do concelho» e para que «as pessoas abandonem a sua terra».

Fonte: Lusa/SOL
 
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