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Primeira noite de desfiles das escolas de samba de São Paulo homenageiam a cidade, heróis e lendas de África
Reforçando o vínculo com a cidade, a Rosas de Ouro homenageou a cantora Rita Lee, que faleceu em Maio do ano passado.
Na abertura oficial dos desfiles de Carnaval 2024 da cidade, as escolas de samba de São Paulo desfilaram homenageando a própria cidade e, como sempre, evocando heróis e lendas da cultura africana que está tão presente nas origens do Brasil. Neste primeiro dia de desfiles, que começou na noite de sexta e só terminou na manhã deste sábado quando o sol já ia alto, desfilaram sete escolas de samba, apresentando-se as outras sete do grupo especial na madrugada deste sábado para domingo.
Última a desfilar, a Escola de Samba Rosas de Ouro, uma das mais tradicionais do Carnaval de São Paulo mas que em 2023 quase desceu para a divisão secundária, foi um dos destaques da noite, na verdade da manhã, pois o sol já queimava e muito quando a agremiação entrou na passarela do samba. A Rosas de Ouro desenvolveu no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade, um samba-enredo sobre um dos principais cartões postais da capital Paulista, o Parque do Ibirapuera, na zona sul, que em Agosto completa 70 anos e é ponto de encontro de paulistanos endinheirados que vivem nos elegantes condomínios em seu redor mas, também, de outros menos favorecidos que apanham vários transportes para irem da periferia para aquela área de lazer passar o dia de folga com amigos ou a família.
Reforçando o vínculo com a cidade, a Rosas de Ouro homenageou também a cantora Rita Lee, que faleceu em Maio do ano passado e foi velada exatamente no Parque Ibirapuera, onde tanto gostava de ir. Foi uma aposta da escola, falar da cidade e de uma cantora associada a São Paulo, pois dos sete títulos que já conquistou como campeã do Carnaval quatro foram com enredos sobre a cidade.
Outra escola de samba que fugiu da tradicional evocação das raízes africanas do Brasil foi a Mancha Verde, ligada ao clube de futebol Palmeiras, que é treinado pelo português Abel Ferreira, e levou para o Anhembi um enredo sobre a Agricultura, uma área em que o Brasil se destaca no mundo. A eterna musa Viviane Araújo desfilou mais uma vez à frente dos ritmistas, usando uma fantasia representativa de uma cantora de moda de viola, música raíz das zonas rurais do Brasil.
A Escola de Samba Camisa Verde e Branco, primeira a desfilar no sambódromo numa noite demasiado quente e abafada que, no entanto, ajudou as agremiações a fazerem desfiles sem problemas provocados pelo vento ou pela chuva que costumam atormentar a cidade nesta época do ano, homenageou reis e imperadores africanos através de um enredo evocando Oxóssi, uma das divindades do Candomblé e padroeiro da escola, cumprindo a promessa feita no ano passado se conseguisse subir para o grupo especial, o que aconteceu. No último carro, a Camisa Verde e Branco homenageou um imperador mais recente e mais terreno, o ex-futebolista Adriano, cuja arte exibida ao longo de anos nos relvados do Brasil e da Europa lhe rendeu o cognome de Adriano Imperador.
A Académicos do Tatuapé, outra escola de samba que ganhou destaque nos últimos anos, também falou nas origens africanas do Brasil, mas, além da religião, evocando igualmente a gastronomia e a cultura para homenagear e enaltecer as belezas da cidade de São João da Mata, na Bahia, cidade turística famosa também pelas paisagens paradisíacas das suas praias.
Outras duas escolas de samba que abordaram temas africanos foram a Dragões da Real, que também homenageou reis e rainhas africanas, e a Indepentente Tricolor, que homenageou a mulher através da evocação das lendárias guerreiras africanas de Daomé, que formaram aquele que até hoje foi o único Exército totalmente feminino do planeta, enquanto a Escola de Samba Barroca Zona Sul desenvolveu um enredo sobre a sua própria história e com merecidas homenagens aos seus fundadores e diretores já falecidos. Na segunda e última noite de desfiles em São Paulo, da noite deste sábado até à manhã deste domingo, vão apresentar-se no Sambódromo do Anhembi as escolas Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Académicos do Tucuruvi, Tom Maior, a atual campeã, Mocidade Alegre, Águia de Ouro e Império da Casa Verde.
Correio da Manhã

Reforçando o vínculo com a cidade, a Rosas de Ouro homenageou a cantora Rita Lee, que faleceu em Maio do ano passado.
Na abertura oficial dos desfiles de Carnaval 2024 da cidade, as escolas de samba de São Paulo desfilaram homenageando a própria cidade e, como sempre, evocando heróis e lendas da cultura africana que está tão presente nas origens do Brasil. Neste primeiro dia de desfiles, que começou na noite de sexta e só terminou na manhã deste sábado quando o sol já ia alto, desfilaram sete escolas de samba, apresentando-se as outras sete do grupo especial na madrugada deste sábado para domingo.
Última a desfilar, a Escola de Samba Rosas de Ouro, uma das mais tradicionais do Carnaval de São Paulo mas que em 2023 quase desceu para a divisão secundária, foi um dos destaques da noite, na verdade da manhã, pois o sol já queimava e muito quando a agremiação entrou na passarela do samba. A Rosas de Ouro desenvolveu no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade, um samba-enredo sobre um dos principais cartões postais da capital Paulista, o Parque do Ibirapuera, na zona sul, que em Agosto completa 70 anos e é ponto de encontro de paulistanos endinheirados que vivem nos elegantes condomínios em seu redor mas, também, de outros menos favorecidos que apanham vários transportes para irem da periferia para aquela área de lazer passar o dia de folga com amigos ou a família.
Reforçando o vínculo com a cidade, a Rosas de Ouro homenageou também a cantora Rita Lee, que faleceu em Maio do ano passado e foi velada exatamente no Parque Ibirapuera, onde tanto gostava de ir. Foi uma aposta da escola, falar da cidade e de uma cantora associada a São Paulo, pois dos sete títulos que já conquistou como campeã do Carnaval quatro foram com enredos sobre a cidade.
Outra escola de samba que fugiu da tradicional evocação das raízes africanas do Brasil foi a Mancha Verde, ligada ao clube de futebol Palmeiras, que é treinado pelo português Abel Ferreira, e levou para o Anhembi um enredo sobre a Agricultura, uma área em que o Brasil se destaca no mundo. A eterna musa Viviane Araújo desfilou mais uma vez à frente dos ritmistas, usando uma fantasia representativa de uma cantora de moda de viola, música raíz das zonas rurais do Brasil.
A Escola de Samba Camisa Verde e Branco, primeira a desfilar no sambódromo numa noite demasiado quente e abafada que, no entanto, ajudou as agremiações a fazerem desfiles sem problemas provocados pelo vento ou pela chuva que costumam atormentar a cidade nesta época do ano, homenageou reis e imperadores africanos através de um enredo evocando Oxóssi, uma das divindades do Candomblé e padroeiro da escola, cumprindo a promessa feita no ano passado se conseguisse subir para o grupo especial, o que aconteceu. No último carro, a Camisa Verde e Branco homenageou um imperador mais recente e mais terreno, o ex-futebolista Adriano, cuja arte exibida ao longo de anos nos relvados do Brasil e da Europa lhe rendeu o cognome de Adriano Imperador.
A Académicos do Tatuapé, outra escola de samba que ganhou destaque nos últimos anos, também falou nas origens africanas do Brasil, mas, além da religião, evocando igualmente a gastronomia e a cultura para homenagear e enaltecer as belezas da cidade de São João da Mata, na Bahia, cidade turística famosa também pelas paisagens paradisíacas das suas praias.
Outras duas escolas de samba que abordaram temas africanos foram a Dragões da Real, que também homenageou reis e rainhas africanas, e a Indepentente Tricolor, que homenageou a mulher através da evocação das lendárias guerreiras africanas de Daomé, que formaram aquele que até hoje foi o único Exército totalmente feminino do planeta, enquanto a Escola de Samba Barroca Zona Sul desenvolveu um enredo sobre a sua própria história e com merecidas homenagens aos seus fundadores e diretores já falecidos. Na segunda e última noite de desfiles em São Paulo, da noite deste sábado até à manhã deste domingo, vão apresentar-se no Sambódromo do Anhembi as escolas Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Académicos do Tucuruvi, Tom Maior, a atual campeã, Mocidade Alegre, Águia de Ouro e Império da Casa Verde.
Correio da Manhã