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Procuradora do Michigan elogia jornal que denunciou Larry Nassar

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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O ex-médico Larry Nassar continuaria a atacar sexualmente as atletas se não fosse o trabalho de um jornal do Indiana, que ajudou a expor o abuso, afirmou na quarta-feira uma procuradora do Estado do Michigan.

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"Nós, enquanto sociedade, precisamos de jornalistas de investigação mais do que nunca", afirmou a vice-procuradora-geral Angela Povilaitis, durante a audiência de divulgação da sentença de Nassar.





Nassar, de 54 anos, admitiu atacar sexualmente atletas, com o argumento de tratamento médico, quando esteve contratado pela Universidade do Estado do Michigan e pela USA Gymnastics, que treinam as atletas olímpicas.


A juíza Rosemarie Aquilina sentenciou-o hoje a uma pena entre 40 e 175 anos na prisão, num caso que envolve sete vítimas. Na próxima semana, Nassar enfrenta nova sentença num condado vizinho, no Michigan, onde abusou de raparigas de um clube de ginástica. Ele já tinha sido sentenciado a 60 anos de prisão por posse de pornografia infantil.


O caso começou em 2016, quando o Indianapolis Star começou a investigar como é que a USA Gymnastics lidava com alegações de abuso sexual relativas aos treinadores. Isto levou a antiga ginasta Rachael Denhollander a alertar o jornal para os abusos de Nassar.


"Depois do artigo, sabia que esta era a altura", disse Denhollander à The Associated Press. "Isto é sempre o que seu sabia que tinha de ser feito (...) e estava 100% confiante que havia outras vítimas que estavam em silêncio".


Depois da investigação do Star, o número de vítimas que começaram a falar aumentou, conhecendo outro aumento brusco com a sentença que começou a na semana passada. Ao princípio, esperava-se que pouco menos de 90 mulheres e raparigas testemunhassem, mas no fim acabaram por ser mais de 150 a fazê-lo.


Povilaitis disse ao júri que sem Denhollander e o jornal, Nassar "continuaria a praticar medicina, tratar atletas e abusar de crianças".Entre as honras que o jornal recebeu pelas suas notícias esteve o prémio de reportagem de justiça criminal, atribuído pela associação Investigative Reporters & Editors (Jornalistas e Editores de Investigação).


"Sabemos que a lei federal não o parou, nem os treinadores, nem o reitor, nem os supervisores médicos (...). Mas graças a Deus temos estes jornalistas, que expuseram, esta verdade e continuaram a cobrir a história", afirmou Povilaitis.


O elogio acontece quando a audiência do jornal está a declinar e crescem os ataques à credibilidade da comunicação social por parte do presidente Donald Trump, que costuma classificar como "falsas" as notícias de que não gosta.


O repórter do Star Tim Evans, que trabalhou com os colegas Mark Alesia e Marisa Kwiatkowski para revelar o escândalo, afirmou que começaram por conhecer três vítimas de Nassar e que "nunca, nem nos sonhos mais selvagens, se pensou que se chegasse a este ponto".



nm
 
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