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Professores e pais querem aferição em mais disciplinas

Rotertinho

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Professores e pais querem aferição em mais disciplinas
Associações de docentes consideram que exames deviam ser feitos por uma entidade independente


O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) pondera lançar uma sondagem às escolas para aferir a disponibilidade dos docentes em relação ao alargamento dos testes intermédios do 3.º ciclo a outras disciplinas e posteriormente das provas de aferição.

Mais de 230 mil alunos dos 4.º e 6.º anos realizam, hoje e sexta-feira, as provas de aferição a Língua Portuguesa e Matemática, respectivamente. O objectivo do Ministério da Educação (ME) é que as provas sirvam para aferir os conhecimentos dos alunos não contando, por isso, para nota. Docentes e pais dividem-se entre os que defendem que os resultados deviam contar e os que discordam da universalização das provas.

A Associação de Professores de Português (APP) vai enviar ao ME um parecer, na próxima semana, que defende a realização das provas por amostragem, a partir do 4.º ano e até ao Secundário, e a quatro disciplinas por ano lectivo. Gastava-se menos e aferia-se mais, defendem, considerando que este modelo avalia "essencialmente os professores", frisa um dos dirigentes, Edviges Ferreira.

O projecto de alargamento a outras disciplinas - primeiro dos testes intermédios de Português e Matemática feitos no 3.º ciclo e só depois das provas dos 4.º e 6.º anos - foi anunciado aos dirigentes escolares nas reuniões regionais com elementos do GAVE, no âmbito da preparação das provas de aferição, apurou o JN. A medida é defendida por professores e confederações de pais. Oficialmente, porém, o ministério comunica que não tem intenção de alterar o sistema.

"É possível, desejável e parece-me pacífica", sintetiza o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap). Albino Almeida considera que o "provável" alargamento a outras disciplinas "vai depender" das conclusões do grupo de trabalho do ME que está a definir as metas de aprendizagem do pré-escolar ao 12.º ano.

Além do alargamento, Albino Almeida defende que os alunos devem realizar provas globais, na transição dos ciclos de ensino, que contem para avaliação sumativa, além de provas de aferição, nos anos intercalares, por uma "cultura de prestação de contas".

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação também defende que as provas deviam contar para nota, para "motivarem os alunos e serem feitas com seriedade". À semelhança do defendido pelas associações de professores, o dirigente da CNIPE, Rui Martins, considera que provas e exames deviam ser feitos por uma entidade externa ao ME.

"Uma nova entidade devia ser criada e fomentado o seu aparecimento ou o GAVE passar para a dependência do primeiro-ministro ou da Assembleia da República. O que não deve acontecer é a direcção do GAVE ser nomeada e depender do ME", critica o presidente da Sociedade de Professores de Matemática (SPM). Só desse modo os enunciados não reflectiriam pretensões políticas - para Nuno Crato essa "tentação" foi evidente na anterior legislatura, durante a qual provas e exames "se tornaram muito mais fáceis" do que o grau de exigência dos docentes. As provas de aferição, insiste, devem ser universais, contar para nota, ser mais rigorosas e alargadas a outras matérias fundamentais.


Jornal de Noticias
 
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