Protecção Civil admite falhas no combate às chamas no Algarve

[florindo]

O presidente da Câmara de Tavira considerou hoje importante que o comandante nacional da Protecção Civil tenha reconhecido que houve falhas no combate aos incêndios no Algarve, mas afirmou que será preciso esperar pelo relatório para «tirar conclusões».O autarca, que apontara falhas na coordenação das operações de socorro, comentava declarações do comandante nacional da Protecção Civil, Vítor Vaz Pinto, que admitiu à RTP na noite de domingo ter «havido falhas» e assumiu a responsabilidade.
«O que os autarcas tinham vindo a dizer sobre as falhas no terreno, que não dos bombeiros, ele [comandante nacional] reconheceu ontem, penso que lhe fica bem e fica bem aos serviços», disse Jorge Botelho à Lusa.
«Nós pensávamos que na quinta-feira de manhã o incêndio estaria dominado. Eu enganei-me, essa avaliação foi minha», disse o responsável.
Hoje, o autarca de Tavira afirmou ser «importante quando uma pessoa com as responsabilidades [de Vaz Pinto] assume que houve falhas», mas considerou tratar-se de «palavras de circunstância».
«O melhor a fazer agora é (...) esperar que o relatório dos factos venha a lume porque é importante avaliar e monitorizar como correu esta intervenção», disse, insistindo que, «de facto, a operação não correu toda bem».
Jorge Botelho adiantou que hoje à tarde haverá uma reunião na Câmara para «fazer a avaliação dos estragos e ver quais as perdas» para que se poder fazer uma avaliação objectiva das perdas «preferencialmente no prazo de uma semana, dez dias».
Para já, reiterou, os «números já confirmados pelos serviços florestais» da autarquia apontam para cerca de 20 mil hectares ardidos, ou seja «mais ou menos um terço de todo o território» do concelho.
«O que aconteceu foi uma autêntica desgraça, um desastre», afirmou o presidente da Câmara de Tavira, afirmando que a autarquia vai apresentar ao Governo um pedido de calamidade pública, esperando que as autoridades disponibilizem fundos para «ajudar o recomeço da vida das pessoas».
Questionado quando será encaminhado o pedido de calamidade pública, o autarca respondeu: «em devida altura», explicando que há um conjunto de requisitos que a Câmara irá cumprir.
O fogo, que deflagrou na zona de Catraia (freguesia de Cachopo), Tavira, na tarde de quarta-feira, foi dominado no final da tarde de sábado, e desde as 14h00 de domingo que se procedem aos trabalhos de consolidação de extinção, que as autoridades admitiram poder levar vários dias.
O incêndio, que chegou a mobilizar mais de 1.000 operacionais e treze meios aéreos, alastrou-se de Tavira para o concelho vizinho de São Brás de Alportel e temia-se que atingisse o de Loulé, o que não chegou a acontecer.
Além de consumirem dois mil hectares em Tavira, as chamas terão devastado 20 a 35 por cento do território de São Brás de Alportel, numa faixa de 30 a 40 quilómetros, segundo o autarca David Gonçalves.

Fonte: Lusa/SOL

 

[ruionze11]

E assim vai o nosso Portugal, este assunto dos incêndios florestais é sempre a mesma treta.
Meus caros amigos... é só teoria os já cansativos planos de combate aos incêndios, porque na prática trata-se de um jogo de interesses, e em alguns casos
até os administradores, comandantes etc etc das corporações dos Bombeiros não escapam.
Que saudades dos bravos homens que foram autênticos heróis, os bombeiros voluntários que davam tudo pela vida e bens das pessoas
sem ganhar um tostão.

Para terminar falta mencionar o facto de que na altura nem sequer existiam meios aérios de combate.

 

[Orbitasat]

E agora muito boa gente, ou melhor gente simples que não sabe recorrer e não tem quem lhes indique a forma e o caminho e os ajude a recorrer dos prejuízos que tiveram, essa gente de certeza que vai ficar indefinidamente à espera que sejam auxiliados mas... De certeza que esses possíveis e mais que merecidos auxílios vão ficar esquecidos nos corredores das sempre boas (?) intenções dos nossos hábeis políticos que na altura da catástrofe vemos chorar lágrimas de crocodilo mas... Essas lágrimas de crocodilo depressa secam e o pobre e nobre povo certamente só voltará a ouvir falar de si, e ser lembrado pelos nossos hábeis políticos na altura de novas campanhas eleitorais!
Temos os políticos que merecemos porque... Não sabemos escolher melhor e... Na verdade nem sabemos se haverá melhor!
Portugal se... Alguma vez acordar desta gritante sonolência voltará a ser uma digna e verdadeira Nação.