kokas
Banido
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,722
- Gostos Recebidos
- 3

As palavras de Costa aqueceram o ambiente de um Pavilhão Rosa Mota que já estava a "ferver"
António Costa encerra "Festa da Democracia" no Porto, para assinalar 42.º aniversário socialista, defendendo que PS "é o partido do rigor" na "gestão da coisa pública".
O secretário-geral do PS, António Costa, avisou este domingo à tarde que não teme as comparações com a maioria PSD/CDS e puxou dos exemplos socialistas para defender que o PS "é o partido do rigor" na "gestão da coisa pública". "O PS não é só o partido do coração e dos direitos sociais", atirou, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, no discurso de encerramento da "Festa da Democracia", com que o partido assinalou os seus 42 anos - e os 41 do 25 de Abril e os 40 das primeiras eleições livres.
Segundo António Costa, foram governos socialistas que "resgataram o país, por duas vezes, da bancarrota", que criaram as "condições" para a adesão ao euro e que conseguiram o "menor défice da história da democracia portuguesa".
"Nós não tememos comparações", disse o líder socialista. E puxou de três exemplos: um local, o da Câmara de Gaia, agora nas mãos do PS, que reduziu a dívida herdada da gestão do PSD; o regional, comparando os governos dos Açores (socialista) e da Madeira (social-democrata). Depois acrescentou, numa nota pessoal, referindo-se à sua passagem pela Câmara de Lisboa: "A dívida que herdei, reduzi-a em 40%; a dívida que este governo herdou não parou de aumentar."
O líder socialista antecipou - sem avançar ainda com nenhuma medida concreta - que o PS validará as suas propostas junto de um "grupo de peritos e economistas", que já na terça-feira se prepara para apresentar o cenário macroeconómico para os próximos anos. Tudo em nome do "rigor". "Só temos uma cara, só temos uma palavra", atirou, recordando as promessas não cumpridas do "atual primeiro-ministro" (que foi, nesse momento, vaiado e apupado).
"Ninguém nos verá a fazer o que fez o atual primeiro-ministro [em 2011] em campanha, prometendo que não cortava o que veio a cortar no Governo e prometendo não aumentar o que veio a aumentar no Governo. Nós só assumiremos compromissos perante os portugueses depois de testar a sua capacidade, consistência e sustentabilidade. Podemos dizer olhos nos olhos aos portugueses que o que nós nos comprometermos a fazer na oposição é o que faremos no Governo", apontou.
dn