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Putin pede desculpa mas não assume responsabilidade
Presidente russo admitiu ao homólogo do Azerbaijão que as defesas aéreas russas estavam ativas na altura do “trágico incidente”
Ricardo Ramos
Vladimir Putin telefonou este sábado ao Presidente do Azerbaijão para “pedir desculpa” pelo “trágico incidente” que envolveu um avião das linhas aéreas daquele país, mas não admitiu frontalmente que a aeronave foi derrubada pelas defesas aéreas russas.
“O Presidente Putin pediu desculpa pelo trágico incidente que ocorreu no espaço aéreo russo, reiterou as suas sinceras e profundas condolências aos familiares e desejou a rápida recuperação dos feridos”, informou o Kremlin num comunicado, adiantando que Putin disse ainda ao Presidente azeri, Ilham Aliyev, que, “na altura do incidente, as cidades de Grozny, Mozdok e Vladikavkaz estavam a ser atacadas por drones ucranianos e as defesas antiaéreas russas encontravam-se ativas para repelir estes ataques”. No entanto, Putin não terá admitido a responsabilidade direta da Rússia no derrube do avião.
Vários sobreviventes relataram que a aeronave foi atingida por “duas ou três explosões” quando tentava aterrar em Grozny, tendo perdido parte dos controlos e acabado por se despenhar a centenas de quilómetros, no Cazaquistão, causando a morte de 38 dos 67 ocupantes. O relatório preliminar da investigação indica que a queda do avião foi provocada por “interferência física e técnica externa”, e a fuselagem da aeronave apresenta marcas alegadamente provocadas por estilhaços de mísseis antiaéreos.
PORMENORES
Ataque travado
A Rússia diz ter travado um plano da Ucrânia para matar à bomba um importante membro do Governo e um blogger de guerra.
Kiev critica Fico
Volodymyr Zelensky acusou o PM eslovaco, Robert Fico, de “cumprir ordens de Putin” ao ameaçar cortar o abastecimento elétrico à Ucrânia.
Moldávia sem gás
A empresa russa Gazprom anunciou que vai suspender o envio de gás para a Moldávia a partir de dia 1 por “falta de pagamento”.
Correio da Manhã
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Vários sobreviventes relataram que a aeronave foi atingida por “duas ou três explosões” quando tentava aterrar em Grozny, tendo perdido parte dos controlos e acabado por se despenhar a centenas de quilómetros, no Cazaquistão, causando a morte de 38 dos 67 ocupantes. O relatório preliminar da investigação indica que a queda do avião foi provocada por “interferência física e técnica externa”, e a fuselagem da aeronave apresenta marcas alegadamente provocadas por estilhaços de mísseis antiaéreos.
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