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Rússia rejeita pressão de Trump para acordo de paz rápido na Ucrânia
Kremlin diz que Putin está aberto a discutir a paz mas problemas são "complexos".
A Rússia rejeitou esta quarta-feira a pressão do presidente norte-americano Donald Trump para um acordo de paz rápido na Ucrânia, afirmando que os problemas que estiveram na origem do conflito são "complexos" e "não podem ser resolvidos num dia".
"O presidente Vladimir Putin continua aberto a discutir formas políticas e diplomáticas de resolver o conflito. Compreendemos que Washington pretende alcançar um sucesso rápido neste processo, mas as causas do conflito são demasiado complexas para resolver num único dia", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Donald Trump, recorde-se, ameaçou abandonar as negociações de paz se a Rússia e a Ucrânia não chegarem a acordo rapidamente sobre o fim do conflito. Ainda esta terça-feira, o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, fez saber que está na hora de Kiev e Moscovo apresentarem "propostas concretas" para acabar com a guerra, caso contrário, os EUA irão abandonar a mesa das negociações. "A decisão cabe ao Presidente Trump, mas se não se registarem progressos, os EUA deixarão de ser mediadores neste processo", afirmou Tammy Bruce, porta-voz do chefe da diplomacia norte-americana.
Referindo-se ao anúncio de Putin de um cessar-fogo de três dias para assinalar o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, entre 8 e 10 de maio, o porta-voz de Rubio sublinhou que os EUA estão interessados num "cessar-fogo completo e duradouro e no fim do conflito", e não numa "pausa de três dias para celebrar alguma coisa".
Já a Ucrânia reiterou esta quarta-feira que está "preparada para negociações sob qualquer formato", mas repetiu a exigência de um "cessar-fogo total" como condição prévia para mostrar que Moscovo "está verdadeiramente preparado para o difícil caminho da paz". "A Rússia pode demonstrar que a sua vontade de paz é genuína aceitando um verdadeiro cessar-fogo de pelo menos 30 dias. Ou, se estiver preparada para um cessar-fogo de 60 ou 90 dias, nós também estamos preparados", afirmou o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha.
O Kremlin disse, entretanto, que continua à espera da resposta da Ucrânia à proposta de Putin para negociações diretas. "Infelizmente, ainda não ouvimos qualquer declaração de Kiev sobre este assunto. Não sabemos se estão preparados ou não", afirmou Peskov.
Acordo de minerais em risco
O Governo ucraniano anunciou que o acordo de minerais com os EUA estava finalizado e a vice-PM Yulia Svyridenko estava a caminho de Washington para o assinar ainda esta quarta-feira, mas entretanto terão surgido obstáculos de última hora. Kiev diz que os EUA exigem assinar outros dois documentos ao mesmo tempo, enquanto a Casa Branca referiu “exigências de última hora” da Ucrânia.
Correio da Manhã
Kremlin diz que Putin está aberto a discutir a paz mas problemas são "complexos".
A Rússia rejeitou esta quarta-feira a pressão do presidente norte-americano Donald Trump para um acordo de paz rápido na Ucrânia, afirmando que os problemas que estiveram na origem do conflito são "complexos" e "não podem ser resolvidos num dia".
"O presidente Vladimir Putin continua aberto a discutir formas políticas e diplomáticas de resolver o conflito. Compreendemos que Washington pretende alcançar um sucesso rápido neste processo, mas as causas do conflito são demasiado complexas para resolver num único dia", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Donald Trump, recorde-se, ameaçou abandonar as negociações de paz se a Rússia e a Ucrânia não chegarem a acordo rapidamente sobre o fim do conflito. Ainda esta terça-feira, o Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, fez saber que está na hora de Kiev e Moscovo apresentarem "propostas concretas" para acabar com a guerra, caso contrário, os EUA irão abandonar a mesa das negociações. "A decisão cabe ao Presidente Trump, mas se não se registarem progressos, os EUA deixarão de ser mediadores neste processo", afirmou Tammy Bruce, porta-voz do chefe da diplomacia norte-americana.
Referindo-se ao anúncio de Putin de um cessar-fogo de três dias para assinalar o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, entre 8 e 10 de maio, o porta-voz de Rubio sublinhou que os EUA estão interessados num "cessar-fogo completo e duradouro e no fim do conflito", e não numa "pausa de três dias para celebrar alguma coisa".
Já a Ucrânia reiterou esta quarta-feira que está "preparada para negociações sob qualquer formato", mas repetiu a exigência de um "cessar-fogo total" como condição prévia para mostrar que Moscovo "está verdadeiramente preparado para o difícil caminho da paz". "A Rússia pode demonstrar que a sua vontade de paz é genuína aceitando um verdadeiro cessar-fogo de pelo menos 30 dias. Ou, se estiver preparada para um cessar-fogo de 60 ou 90 dias, nós também estamos preparados", afirmou o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha.
O Kremlin disse, entretanto, que continua à espera da resposta da Ucrânia à proposta de Putin para negociações diretas. "Infelizmente, ainda não ouvimos qualquer declaração de Kiev sobre este assunto. Não sabemos se estão preparados ou não", afirmou Peskov.
Acordo de minerais em risco
O Governo ucraniano anunciou que o acordo de minerais com os EUA estava finalizado e a vice-PM Yulia Svyridenko estava a caminho de Washington para o assinar ainda esta quarta-feira, mas entretanto terão surgido obstáculos de última hora. Kiev diz que os EUA exigem assinar outros dois documentos ao mesmo tempo, enquanto a Casa Branca referiu “exigências de última hora” da Ucrânia.
Correio da Manhã