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Reciclagem e RCD são prioridades para 2009

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Reciclagem e RCD são prioridades para 2009


Depois de uma verdadeira revolução na gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) que se verificou na última década, nomeadamente com a erradicação das lixeiras, o sector ainda aguarda por uma nova era. O aproveitamento dos resíduos de construção e demolição e a disseminação de novas tecnologias de tratamento de resíduos são alguns dos desejos mais ouvidos para o novo ano.

A Quercus não poupa nos pedidos. Pedro Carteiro, do Centro de Informação de Resíduos da associação ambientalista, espera que, em 2009, seja publicado o regime jurídico dos serviços municipais e intermunicipais de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos e que este contemple a aplicação da taxa variável sobre os RSU produzidos pelo cidadão. Desta forma, «dá oportunidade de quem menos produzir e mais reciclar menos pagar», explica o ambientalista.

Incorporar RCD em obra

Uma segunda medida que Pedro Carteiro gostaria de ver aprovada passa pela publicação de um diploma que obrigue as obras públicas a incorporarem uma percentagem mínima de materiais reciclados, nomeadamente aqueles que são fabricados a partir dos resíduos de construção e demolição (RCD).

No âmbito da aposta e elevado investimento que a Renascimento tem vindo a canalizar para a área da reciclagem de resíduos de construção e demolição, e de forma a viabilizar a competitividade do seu processo, também Alexandra Fernandes, da Direcção Técnica e Comunicação da empresa, deseja ver publicada, em 2009, regulamentação relativa à obrigatoriedade de incorporação de material reciclado de RCD em obra. Recorde-se que a Agência Portuguesa do Ambiente tem em preparação uma portaria que tornará obrigatória essa situação, no entanto, a mesma ainda não avançou.


Expansão da vermicompostagem


Entre os desejos da Quercus destaque também para a vermicompostagem. O objectivo é que a unidade de demonstração em funcionamento na Amave possa dar origem a unidades de escalas industriais adequadas ao tratamento de resíduos sólidos urbanos ao nível dos sistemas multimunicipais e intermunicipais de gestão de resíduos sólidos urbanos.

Por último, Pedro Carteiro espera que avance o projecto de regeneração de óleos minerais usados e que o sistema de recolha selectiva porta-a-porta seja generalizado a todas as zonas do País. O ideal seria que este conseguisse obter os mesmos resultados dos municípios pertencentes à Associação de Municípios com Recolha Selectiva Porta-a-porta da Catalunha, que conseguiu reciclar cerca de 80 por cento dos resíduos recolhidos.

Em Portugal, a produção de resíduos atinge 4 698 774 toneladas, ou seja, 1,27 kg por habitante e por dia. O aterro continua a ser o principal destino final. Entre 1995 e 2007, os RSU deixaram de ser maioritariamente depositados em lixeiras (73 por cento em 1995) e passam a ser enviados para aterros (64 por cento em 2007), seguindo-se a incineração, a valorização orgânica e a reciclagem, com 18, 11 e 7 por cento, respectivamente.


Autor / Fonte
Tânia Nascimento com Sofia Vasconcelos
 
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