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Rede informal justificam «êxito» do CAEP

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Rede informal justificam «êxito» do CAEP

A criação de uma «rede informal» com outras salas e a opção por uma «programação alternativa» são as chaves do «êxito» do Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre (CAEP), segundo o seu director, Joaquim Ribeiro.

Joaquim Ribeiro e o vereador da Cultura da Câmara de Portalegre, José Polainas, referem-se ao CAEP como «um êxito», embora se trate de «uma aposta que nunca está ganha».«O êxito é tanto mais surpreendente porque não havia uma tradição e não se criara um hábito», enfatizou Polainas.

Desde a sua inauguração, a 12 de Junho de 2006, o CAEP registou 40.000 espectadores, o que leva o vereador a considerar uma média «muito boa para um concelho com 20.000 habitantes em que conta com um universo assíduo de 200 espectadores para uma sala de 484 lugares». O universo de 2.000 estudantes universitários é considerado «irrelevante» por Polainas, que estima que «apenas um por cento deste total frequenta o CAEP».

«Todavia o nosso investimento tem de ser numa consolidação estruturante, dentro do concelho, apesar de atrairmos públicos de Évora, Tomar, Castelo Branco e até Lisboa», acrescentou. Joaquim Ribeiro, que é o responsável pela programação, afirmou à Lusa que tem-se pautado «por uma escolha na área da música independente e alternativa, e para trazer nomes estrangeiros, consulta o interesse de outros programadores de modo a que se reduzam os custos, nomeadamente viagens, levando o artista a apresentar-se noutros espaços».

Os programadores do Theatro Circo de Braga, da Casa das Artes de Vila Nova Famalicão ou do Centro de Vila Flor, em Guimarães, são alguns que Joaquim Ribeiro consulta «informalmente».

A norte-americana Melissa Walker que sábado actuou no CAEP, encerrando o 6º Jazz Fest, actuara, por exemplo, sexta-feira, na Casa das Artes de Famalicão. Relativamente à opção pela música «alternativa e de produção independente» justifica-se «pois é mais barato em termos de contratos e vai ao encontro de nichos de mercado dinâmicos». «A actuação de um ou outro nome menos conhecido, mas de qualidade leva pessoas de várias partes do país, e até da vizinha Espanha, a deslocarem-se a Portalegre».

Um dos exemplos apontados é o pianista de jazz Pandelis Karayorgis que tocará a 29 de Março. Em termos musicais «as certezas são os grandes nomes nacionais, que atraem sempre um público mais vasto e transversal, como aconteceu no passado dia 16 com a fadista Ana Moura que esgotou, ou com Jorge Palma que actuará dia 15 de Março e está já esgotado».

Por outro lado, o CAEP desenvolve uma política de abertura a novos projectos, com músicos da região que se podem apresentar no pequeno auditório. O projecto Magnotic roll'bar aqui nascido e já com o álbum de estreia editado é um dos que Ribeiro refere com orgulho.

Além da música, Joaquim Ribeiro faz questão que a programação inclua dança com um espectáculo por trimestre e a apresentação de duas ou três peças de teatro, excepção feita quando decorre o Festival Internacional de Teatro de Portalegre.

«Claro que temos de ter bom senso e saber adequar as situações, os espectáculos mais intimistas, como aconteceu com a coreografia de Vera Mantero, aqui apresentada, foi no pequeno auditório», explicou. «Noutros casos é melhor concentrar, como aconteceu com a apresentação de 'Miss Daisy', protagonizado por Eunice Muñoz, que de facto não esgotou pois as pessoas dividiram-se nos dois dias».

Joaquim Ribeiro afirmou à Lusa que são estas coordenadas que o orientam na programação do CAEP de modo «a criar público e a manter-se dinâmico».Para a presente temporada de 2007/2008 o CAEP tem um orçamento de 500.000 euros que inclui 50.000 euros relativos ao JazzFest que terminou sábado e voltará para o ano
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Fonte:Lusa
 
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