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- Mar 27, 2011
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Nos nossos dias, estar triste é uma condição frequentemente encarada com preocupação. Na verdade, parece que “não podemos” conviver com a tristeza. Todos sabemos que existe um quadro clínico chamado depressão, cujo sintoma central é a tristeza… E isso é assustador.
E, se as lágrimas nos afloram aos olhos ou o desânimo parece ter vindo para se instalar, é comum o espectro da depressão assomar, tenebroso. Quem sabe, já nos situaremos por aí, ou estaremos a iniciar uma. Talvez seja o princípio de um mal a debelar logo no início, como se fosse uma infecção…
A verdade é que a tristeza, por si só, não tem que ser preocupante e pode ter um sentido estruturante. Representa, muitas vezes, uma paragem na corrida. Constitui um convite à reflexão, um apelo à oração. Muitas vezes, indica somente a passagem a um outro capítulo na vida – o ponto final que determina uma mudança de página. É a oportunidade de iniciar uma nova folha, em branco. Ou de reorganizar conteúdos pessoais.
Recordo as palavras de um amigo, num tempo difícil: “Uma crise é o papel de embrulho de uma mudança que Deus quer operar na nossa vida.”
Nas palavras de Kelly King, “uma visão começa com uma insatisfação”. Na verdade, nenhum de nós gosta de sentir-se insatisfeito. Contudo, muitas vezes é preciso que aconteça a tristeza, o desconforto, para que, daí, nasça uma visão nova da vida, das oportunidades, de propósitos a cumprir.
Depois de negar Jesus, o melhor que poderia ter acontecido com Pedro foi a amargura que experimentou.
Foi a imensa tristeza de Neemias que o transportou ao grande projecto da sua vida.
Foi o desalento de quatro homens que os levou a sair da cidade de Samaria e encontrar provisão para todos os seus habitantes.
Foi a tristeza de Ana que a levou a buscar e a conhecer o poder de Deus como, provavelmente, nunca antes.
O que fazemos com a nossa tristeza? Procuramos embalá-la com fantasias ou dispersá-la com distracções? Ou culpamo-nos por ela, como se estar triste fosse pecado?
Jesus afirmou aos seus discípulos: “A minha alma está profundamente triste, até à morte.” Não receou manifestar a sua tristeza.
Moisés, David, Jeremias, Jó, Daniel, e outros também falam da sua angústia no texto bíblico. Porque haveríamos nós de ficar imunes?
Entristecermo-nos significa, muitas vezes, reconhecer o que nos pesa, o que dói e sentir que alguma coisa precisa de ser feita. Deus é capaz de fazer desabrochar daí uma visão nova sobre a nossa vida, sobre a de outros, levar-nos a entender o que deveremos fazer ou deixar de fazer. Ele pode desprender-nos de ataduras antigas e desenhar-nos um cenário novo por onde caminhar. Levar-nos a conhecer aromas da montanha a que nunca chegaríamos se não passássemos pelo vale sombrio.
Se nunca sentíssemos tristeza, nunca reconheceríamos necessidades nem desafios e facilmente estagnaríamos. A insatisfação promove em nós o desejo de alcançar outros patamares de realização pessoal, de nos empenharmos em fazer acontecer propósitos de Deus na nossa vida. Afinal, é assim que, muitas vezes, nasce uma visão.
Bertina Cóias Tomé
E, se as lágrimas nos afloram aos olhos ou o desânimo parece ter vindo para se instalar, é comum o espectro da depressão assomar, tenebroso. Quem sabe, já nos situaremos por aí, ou estaremos a iniciar uma. Talvez seja o princípio de um mal a debelar logo no início, como se fosse uma infecção…
A verdade é que a tristeza, por si só, não tem que ser preocupante e pode ter um sentido estruturante. Representa, muitas vezes, uma paragem na corrida. Constitui um convite à reflexão, um apelo à oração. Muitas vezes, indica somente a passagem a um outro capítulo na vida – o ponto final que determina uma mudança de página. É a oportunidade de iniciar uma nova folha, em branco. Ou de reorganizar conteúdos pessoais.
Recordo as palavras de um amigo, num tempo difícil: “Uma crise é o papel de embrulho de uma mudança que Deus quer operar na nossa vida.”
Nas palavras de Kelly King, “uma visão começa com uma insatisfação”. Na verdade, nenhum de nós gosta de sentir-se insatisfeito. Contudo, muitas vezes é preciso que aconteça a tristeza, o desconforto, para que, daí, nasça uma visão nova da vida, das oportunidades, de propósitos a cumprir.
Depois de negar Jesus, o melhor que poderia ter acontecido com Pedro foi a amargura que experimentou.
Foi a imensa tristeza de Neemias que o transportou ao grande projecto da sua vida.
Foi o desalento de quatro homens que os levou a sair da cidade de Samaria e encontrar provisão para todos os seus habitantes.
Foi a tristeza de Ana que a levou a buscar e a conhecer o poder de Deus como, provavelmente, nunca antes.
O que fazemos com a nossa tristeza? Procuramos embalá-la com fantasias ou dispersá-la com distracções? Ou culpamo-nos por ela, como se estar triste fosse pecado?
Jesus afirmou aos seus discípulos: “A minha alma está profundamente triste, até à morte.” Não receou manifestar a sua tristeza.
Moisés, David, Jeremias, Jó, Daniel, e outros também falam da sua angústia no texto bíblico. Porque haveríamos nós de ficar imunes?
Entristecermo-nos significa, muitas vezes, reconhecer o que nos pesa, o que dói e sentir que alguma coisa precisa de ser feita. Deus é capaz de fazer desabrochar daí uma visão nova sobre a nossa vida, sobre a de outros, levar-nos a entender o que deveremos fazer ou deixar de fazer. Ele pode desprender-nos de ataduras antigas e desenhar-nos um cenário novo por onde caminhar. Levar-nos a conhecer aromas da montanha a que nunca chegaríamos se não passássemos pelo vale sombrio.
Se nunca sentíssemos tristeza, nunca reconheceríamos necessidades nem desafios e facilmente estagnaríamos. A insatisfação promove em nós o desejo de alcançar outros patamares de realização pessoal, de nos empenharmos em fazer acontecer propósitos de Deus na nossa vida. Afinal, é assim que, muitas vezes, nasce uma visão.
Bertina Cóias Tomé