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Refugiados sírios estão a chegar. Câmara que os recebe não sabia

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Set 27, 2006
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Autarquia da Marinha Grande soube pela comunicação social da chegada de um casal de refugiados sírios na quinta-feira
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O acolhimento de um casal de refugiados sírios, na Marinha Grande, agendado para amanhã originou críticas por parte da autarquia local, que desconhecia a vinda dos dois jovens para o município. Num comunicado divulgado ontem, ao final da manhã, a Câmara Municipal estranha não ter sido contactada atempadamente, pelo Ministério da Administração Interna (MAI). "O conhecimento desse facto chegou por meio da comunicação social que, face ao comunicado emitido pelo MAI, questionou a câmara sobre as condições em que iriam ser recebidos os refugiados destinados à Marinha Grande: quantos seriam, qual a sua proveniência, para onde iriam ser encaminhados", refere o documento, que sublinha o facto de o município não ter sido "previamente informado de qualquer movimentação dentro do seu território com vista ao acolhimento de refugiados".O contacto do MAI acabaria por acontecer segunda-feira, já depois de noticiado o envolvimento da Marinha Grande no processo de acolhimento aos refugiados. O DN sabe que foi feito um contacto telefónico com o presidente da Câmara, Álvaro Pereira, neste momento com o mandato suspenso, por doença. Em sua substituição está o número dois da lista do PS, Paulo Vicente, que só foi informado dessas movimentações ao final da tarde de segunda.


"O acolhimento aos refugiados exige um plano de intervenção e acompanhamento social que não pode passar à margem das instituições públicas, sendo de lamentar que, no caso, tal tenha acontecido", refere o comunicado do gabinete de apoio ao presidente da Câmara.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia local, João Pereira, que lidera o acolhimento, foi perentório: "Não dei conhecimento à câmara porque não tinha de dar", declarou ao DN, salientando que todo o processo foi desenvolvido pela União das Misericórdias, desde setembro passado, em articulação com as diversas entidades. "Está tudo acautelado, com os diversos serviços", garantiu João Pereira.O casal de sírios tem pouco mais de 20 anos e ficará instalado num apartamento da Misericórdia, no centro da Marinha Grande.Seis famílias a caminhoOs 24 refugiados que chegam amanhã a Portugal são sobretudo casais, alguns dos quais acompanhados por filhos menores, existindo inclusive um bebé. São seis famílias, que vêm dos hotspots da Grécia e da Itália, explicou ontem a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, à saída da conferência "Portugal e os compromissos da Agenda Europeia para as Migrações", organizada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).O grupo de refugiados é oriundo da Síria, Eritreia, Sudão, Iraque, e Tunísia. Depois de chegarem ao aeroporto de Lisboa, amanhã (divididos em dois grupos, um que chega à hora de almoço e outro ao fim da tarde), os refugiados vão ser acolhidos em Lisboa, Cacém, Torres Vedras (Lisboa), Marinha Grande (Leiria), Penafiel (Porto) e Vinhais (Bragança).A ministra reconheceu a "morosidade" na recolocação de refugiados - Portugal tinha disponibilidade para acolher já cem, mas só chegaram estes 24 - mas justificou-a com "o registo e escrutínio destas pessoas e que é da responsabilidade dos serviços italianos e gregos. Constança Urbano de Sousa reiterou o compromisso de Portugal receber 4500 refugiados nos próximos dois anos.


dn

 
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