Olá Visitante,
Está a decorrer o 6º Sorteio Gforum onde vamos sortear um Smartphone Samsung A15 4G 256GB - Preto) para ajudar com as despesas do servidor, se quiser participar, pode fazê-lo no seguinte endereço: 6º Sorteio Gforum: Smartphone Samsung A15 4G 256GB - Preto
O submarino Titan, da empresa OceanGate Expeditions, está desaparecido desde segunda-feira. Um veículo português podia ajudar nas buscas pelo submarino Titan, mas tal não irá acontecer. Há uma razão.
ROV Luso não irá participar nas buscas por não chegar em tempo aceitável
Portugal recebeu um pedido de ajuda para o uso do robô português de investigação subaquática: o ROV, segundo revela a SIC. O ROV Luso é um veículo de operação remota capaz de mergulhar até à profundidade de 6.000m.
Para Portugal, representa a capacidade de alcançar e operar em 100% do leito oceânico sob soberania nacional (incluindo a futura área correspondente à extensão da plataforma continental) e 97% do fundo marinho à escala global.
O ROV Luso não irá participar nas ações de busca, pelo simples facto de não chegar ao local em tempo útil. O submarino turístico que levava cinco pessoas para verem os destroços do Titanic desapareceu no Oceano Atlântico.
O ROV Luso foi adquirido por Portugal em 2008, no âmbito do Projeto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal (PEPC), com o objetivo de efetuar recolha seletiva amostras geológicas do fundo marinho, para a sustentação científica da submissão portuguesa apresentada às Nações Unidas em maio de 2009.
A aquisição deste equipamento, representa para Portugal a possibilidade de utilizar este meio de excelência para efetuar um conjunto ímpar de ações de investigação multidisciplinar, desenvolvimento e inovação.
À Renascença, o coordenador de uma equipa da estrutura de missão para a Extensão da Plataforma Continental explica que o submersível deixou de comunicar com a superfície 1h45 depois de ter partido, ou seja, "durante a descida".
Sobre a hipótese de ter dado à superfície, mas não ter sido detetado, o especialista diz que "o veículo tem capacidade para largar os seus pesos, ao fim de 24 horas, conferindo-lhe flutabilidade".
Submarino desaparecido tem apenas "cerca de 40h" de oxigénio disponível
O submarino que faz viagens turísticas até aos destroços do Titanic, no Oceano Atlântico, desapareceu no domingo.
A guarda costeira norte-americana afirmou esta terça-feira que o submarino Titan, que desapareceu no domingo e que causou uma busca intensa pelas profundezas do Atlântico Norte, terá apenas cerca de 40 horas de oxigénio disponível.
Numa conferência de imprensa, o capitão Jamie Frederick explicou que os dados utilizados pelas autoridades apontam para 96 horas desde o início da submersão do veículo. "Sabemos que, por esta altura, estamos a aproximadamente 40, 41 horas", afirmou.
Frederick começou a conferência por oferecer "sentidas orações" aos familiares dos cinco tripulantes a bordo do submarino, garantindo que várias equipas estão a trabalhar "sem parar" para localizar o Titan. A guarda costeira vincou, ainda, que a operação tem obrigado a um "esforço de busca complexo", mobilizando várias agências - incluindo a guarda costeira canadiana e a marinha dos Estados Unidos - para que possa ser utilizado equipamento capaz de descer ao fundo do oceano.
"Quero reiterar que esta é uma busca muito complexa e a equipa está a trabalhar intensamente para juntar todos os recursos e peritos disponíveis para chegar o mais rapidamente possível à solução deste problema", referiu.
Jamie Frederick acrescentou que foram mobilizados um avião C-130, que tem monitorizado a superfície, e um P3, que é capaz de usar um sistema de sonar para continuar as buscas a grandes profundidades.
No entanto, a procura pela embarcação "não produziu quaisquer resultados" até agora.
"Apesar da guarda costeira dos EUA ter assumido o papel de coordenador da missão de busca e salvamento, não temos todos os equipamentos e especialistas necessários para uma operação desta natureza. O comando unificado traz experiência e capacidade acrescida para maximizar o esforço", vincou ainda o oficial norte-americano.
O submarino Titan, da empresa Ocean Gate - responsável pelas expedições aos destroços do Titanic, perto de Newfoundland (a região mais a leste do Canadá) - submergiu no domingo, com cinco pessoas a bordo, numa zona remota do Atlântico Norte. O que resta do Titanic, o icónico navio que afundou em 1912, encontra-se a cerca de 4 mil metros abaixo do nível da água.
As autoridades perderam o contacto com o Titan quando este se encontrava a cerca de 700 quilómetros a sul de St. John's, a maior cidade na região de Newfoundland
Corrida para encontrar submarino em viagem ao 'Titanic'. O que se sabe
As equipas de salvamento numa área remota do Oceano Atlântico continuavam hoje uma autêntica corrida contra o tempo para tentar encontrar o submarino com cinco pessoas que desapareceu numa viagem aos destroços do 'Titanic'.
O submarino 'Titan' transporta um piloto, o empresário britânico Hamish Harding, que já tinha feito um passeio espacial, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, e um quinto passageiro, segundo familiares e outras fontes citadas pelas agências internacionais.
A comunicação com o submarino perdeu-se 45 minutos após o início do mergulho, no domingo à noite (hora local), disse a empresa OceanGate Expeditions, proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do 'Titanic'.
A comunicação perdeu-se quando a embarcação estava a cerca de 700 quilómetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá, citado pela agência norte-americana AP.
O submersível tinha uma reserva de oxigénio de 96 horas quando se fez ao mar pelas 06:00 de domingo (hora local), de acordo com David Concannon, um conselheiro da OceanGate, o que transforma a operação num contrarrelógio.
"É uma área remota e é um desafio conduzir uma busca nessa área remota", admitiu o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, contra-almirante John Mauger.
As buscas à superfície e submarinas decorrem numa área a "cerca de 1.450 quilómetros a leste de Cape Cod [Estados Unidos], a uma profundidade de cerca de quatro mil metros", precisou Mauger, citado pela agência francesa AFP.
"Estamos a utilizar todos os meios disponíveis para garantir que conseguimos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo", afirmou.
A Guarda Costeira do Canadá também participa nas operações, que envolvem um C-130 norte-americano e um P8 canadiano equipado com um sonar capaz de detetar submarinos.
O "Titanic" afundou-se na viagem inaugural entre o Reino Unido e os Estados Unidos em abril de 1912, depois de ter colidido com um icebergue.
O desastre custou a vida a 1.514 dos 2.224 passageiros e tripulantes.
Os destroços do transatlântico luxuoso só foram encontrados em 1985, mais de sete décadas depois do naufrágio.
Um dos passageiros do submarino desaparecido, Hamish Harding, é presidente da empresa de venda de jatos privados Action Aviation, fundada em 2004.
O empresário de 58 anos anunciou nas redes sociais, no sábado, que fazia parte da tripulação do submarino.
"O submarino foi lançado com sucesso e Hamish está atualmente a mergulhar", escreveu a sua empresa no Twitter no domingo.
O empresário paquistanês Shahzada Dawood vive no Reino Unido e patrocina o Instituto SETI (sigla inglesa de Procura de Inteligência
Extraterrestre), cuja missão é explorar e compreender a origem do universo, segundo a agência espanhola EFE.
A expedição aos destroços do 'Titanic' custou este ano 250 mil dólares (cerca de 229 mil euros, ao câmbio atual) a cada turista do mar.
O caso mais recente teve lugar em 2021, quando um submarino de construção alemã da Marinha indonésia desapareceu ao largo da ilha de Bali com 53 tripulantes, quando realizava exercícios militares.
O KRI Nanggala 402 foi encontrado, dias depois, partido em três partes, no fundo do mar. Todos os 53 tripulantes morreram.
As autoridades não deram explicações para o naufrágio, mas sugeriram que o submarino pode ter sido vítima de uma avaria que o teria impedido de vir à superfície.
Outro caso diz respeito ao submarino argentino ARA San Juan, da Marinha da Argentina, que desapareceu, em 2017, a cerca de 400 quilómetros da costa, quando voltava para a base naval após a realização de exercícios militares.
Horas antes do desaparecimento, o comandante do submarino alertou para a existência de uma falha provocada pela entrada de água por uma conduta de ventilação. O problema terá sido resolvido e a embarcação seguiu o seu rumo, mas acabou por desaparecer.
As buscas pelo submarino argentino começaram 48 horas após se ter perdido o seu rasto. A operação reuniu 13 países, mas no final de 2017 as equipas começaram a desistir. Em 2018, e pressionados pelas famílias dos tripulantes, a argentina retomou as buscas.
Quando a esperança parecia perdida, a embarcação foi localizada dia 17 de novembro de 2018, o Ministério da Defesa da Argentina confirmou que o submarino havia sido encontrado a uma profundidade de 907 metros, a cerca de 600 km da costa. Quarenta e quatro pessoas morreram.
Em 2013 ocorreu aquele que foi considerado o pior acidente da Marinha indiana em mais de 40 anos e que envolveu o submarino militar INS Sindhurshak. Este submarino ficou destruído após uma explosão no estaleiro de Mumbai, onde estava estacionado, provocando a morte dos 18 marinheiros a bordo.
Já em 2008, 20 pessoas morreram asfixiadas e outras 41 ficaram feridas a bordo do submarino nuclear russo K-152 Nerpa, no Mar do Japão, depois de um vazamento, por engano, de freon.
O submarino foi comprado pela Marinha da Índia em 2011 e rebatizado de INS Chakra no ano seguinte.
Recuando até 2003 chegamos ao acidente que envolveu o submarino chinês Ming. Após uma falha mecânica, durante exercícios na costa da província chinesa de Shandong, 70 membros da tripulação morreram.
O sistema de ventilação não detetou os baixos níveis de oxigénio e a tripulação sufocou.
Em 2000, o submarino nuclear Kursk (K-141), da frota do norte da Rússia, afundou-se quando realizava manobras no mar de Barents (noroeste), causando a morte dos seus 118 tripulantes. O incidente terá tido origem na explosão de um torpedo.
Na altura, 23 marinheiros sobreviveram à explosão, tendo-se trancado num compartimento do submarino. Contudo, não foram resgatados a tempo.
Detetados sons subaquáticos na área em que desapareceu o Titan
A Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que um avião canadiano detetou sons subaquáticos durante as operações de busca do submersível que desapareceu quando transportava cinco pessoas até junto aos destroços do Titanic.
Na sequência dos sons detetados por um avião militar canadiano P-3, os esforços de busca foram reorientados.
Os socorristas têm corrido contra o relógio porque, mesmo nas melhores circunstâncias, o navio Titan pode ficar sem oxigénio na quinta-feira de manhã.
Para além de um conjunto internacional de navios e aviões, um robô subaquático começou a fazer buscas nas imediações do Titanic e há um esforço para enviar equipamento de salvamento para o local, no caso de o submarino ser encontrado.
Três aviões de transporte C-17 das forças armadas norte-americanas foram utilizados para transportar submersíveis comerciais e equipamento de apoio. As forças armadas canadianas disponibilizaram um avião de patrulha e dois navios, tendo ainda lançado boias de sonar para detetar quaisquer sons do Titan.
O submersível tinha uma reserva de oxigénio de quatro dias quando se fez ao mar, na manhã de domingo, segundo David Concannon, conselheiro da OceanGate Expeditions, que supervisionou a missão.
O jornalista da cadeia televisiva norte-americana CBS News David Pogue, que viajou até ao Titanic a bordo do Titan no ano passado, disse que o veículo usa dois sistemas de comunicação: mensagens de texto trocadas com um navio de superfície; e 'pings' de segurança que são emitidos a cada 15 minutos para indicar que o submersível ainda está a funcionar.
Ambos os sistemas pararam cerca de uma hora e 45 minutos depois de o Titan ter submergido, no domingo, indicou a empresa OceanGate Expeditions, proprietária da embarcação e organizadora das viagens aos destroços do Titanic.
"Isto significa uma de duas coisas: ou eles perderam toda a energia ou o submersível abriu uma brecha no casco e implodiu instantaneamente. Ambas são devastadoras", disse Pogue.
Na terça-feira, a França anunciou que o instituto Ifremer de ciências oceânicas enviou um navio, o Atalante, equipado com um robô subaquático, o Victor 6.000, para procurar o submersível.
O Victor 6.000 deve chegar ao seu destino hoje e mergulhar até uma profundidade de cerca de 4.000 metros para realizar operações de busca.
Os restos do Titanic - que afundou após colidir com um iceberg, em 1912 - estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros e a uma distância de aproximadamente 640 quilómetros a sul da ilha canadiana de Newfoundland.
A comunicação perdeu-se quando a embarcação estava a cerca de 700 quilómetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press.
Titanic. Submarino desaparecido era controlado com… comando de videojogos
O próprio CEO da OceanGate, Stockton Rush, mostrou o comando numa reportagem transmitida pela CBS no verão passado.
Continuam as buscas do submarino Titan que desapareceu no passado domingo, dia 18, nas imediações dos destroços do Titanic e, entretanto, vamos sabendo cada vez mais pormenores sobre o equipamento que era utilizado pela empresa OceanGate Expeditions.
Entre as informações mais curiosas está o facto de o submarino ser controlado por um comando para videojogos que, na Amazon, pode ser adquirido por 30 euros. Como pode ver abaixo na reportagem transmitida no programa norte-americano CBS News Sunday Morning no verão passado, o CEO da OceanGate, Stockton Rush, mostra o comando - um Logitech F710.
“Controlamos tudo com… este comando de videojogos”, mostra Rush ao jornalista David Pogue, que parece surpreendido o suficiente para levar a mão à cabeça em descrença.
Serve recordar que, apesar do que a utilização deste comando possa dar a entender, o Titan é construído a partir de fibra de carbono e titânio e conta com oxigénio suficiente para as 96 horas de viagem dos cinco tripulantes.
Quem já viajou no Titan garante que "morrer" é hipótese sempre presente
Este é o testemunho de três pessoas que fizeram a arriscada viagem ao fundo do Oceano Atlântico.
Antes de Hamish Harding, Stockton Rush, Paul-Henri Nargeolet, Shahzada e Sulaiman Dawood terem entrado no submarino 'Titan' para ver o que resta do Titanic, no fundo do Oceano Atlântico, outros já se haviam aventurado nesta viagem.
Em relatos que agora fazem, confessam que é uma viagem onde a palavra morte está sempre presente.
"A morte está sempre à espreita"
O escritor norte-americano Mike Reiss embarcou nesta viagem no ano passado. O produtor dos 'The Simpsons' sabia que esta era uma aventura "perigosa" e decidiu levar consigo papel para escrever. O homem queria garantir que, caso o submersível de alto mar não regressasse à superfície, "tinha algo onde escrever algumas piadas finais".
"A morte está sempre à espreita, está sempre no fundo da tua mente", disse Reiss, de 63 anos, ao The Post. "Antes mesmo de entrar no barco, há um longo contrato de renúncia que menciona a morte três vezes na primeira página."
O escritor afirma que se trata de um submarino muito simples e confortável e apesar do entusiasmo e até medo, o facto é que a viagem foi tão tranquila que até adormeceu pelo caminho.
Em caso de acidente, "hipóteses de sobreviver são mínimas"
O jornalista do The Sun, Martin Phillips, fez a arriscada viagem em 2001 e recorda-se que foi um misto de entusiasmo e terror. Um empresário britânico venceu um prémio promovido pelo jornal britânico e comprou os direitos de uma expedição para promover o seu novo site de mergulho e ofereceu a oportunidade de viajar a vários meios de comunicação social. Martin foi um dos contemplados.
Martin revela que antes de embarcar foi informado de todos os perigos e que as "hipóteses de sobreviver" a qualquer pequeno acidente eram mínimas.
"Recordo-me vivamente de como a trepidação e a claustrofobia lutavam com uma sensação crescente de excitação quando a escotilha foi fechada e balançámos à superfície, à espera de descer para as profundezas escuras", recorda.
"É chegar à superfície ou morrer"
O jornalista da CBS David Pogue fez a viagem no ano passado. O repórter confessa que hesitou em embarcar depois de considerar que alguns dos componentes do submarino pareciam "meio improvisados", como o facto de o veículo ser dirigido por um comando de Xbox.
O homem está ciente de que encontrar a embarcação a tempo é um desafio para as equipas de resgate e afirma que sem ajuda ninguém conseguirá sobreviver com vida.
"Não há backup, não há cápsula de escape", disse ele. "É chegar à superfície ou morrer", diz, em declarações à BBC.
Recorde-se que o submarino que faz viagens turísticas até aos destroços do Titanic, no Oceano Atlântico, desapareceu no domingo. Hoje, ao terceiro dia de buscas, a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que um avião canadiano detetou sons subaquáticos durante as operações de busca.
O submersível tinha uma reserva de oxigénio de quatro dias quando se fez ao mar, na manhã de domingo, segundo David Concannon, conselheiro da OceanGate Expeditions, que supervisionou a missão.
Cofundador da OceanGate quebra silêncio: "Mais tempo do que o esperado"
O responsável assegurou acreditar "que a janela de tempo disponível para o resgate é maior do aquilo que a maioria das pessoas pensa", apelando para que todos tenham esperança.
O cofundador da OceanGate, Guillermo Sohnlein, quebrou o silêncio pela primeira vez esta quinta-feira, depois de o submarino Titan ter desaparecido no Oceano Atlântico, no domingo. Ainda que Sohnlein esteja envolvido com a organização apenas enquanto investidor, o responsável considerou que os cinco passageiros do submersível, - entre eles o fundador da empresa, Stockton Rush -, têm "mais tempo do que a maioria das pessoas pensa" para serem resgatados.
"Hoje será um dia crítico nesta missão de busca e resgate, já que os suprimentos de suporte de vida do submarino estão a começar a acabar.
Tenho certeza de que Stockton e a restante tripulação perceberam há dias que a melhor coisa que podem fazer para garantir o seu resgate é alargar os limites destes suprimentos e relaxar o máximo possível", disse, em declarações ao Insider.
E foi mais longe: "Acredito firmemente que a janela de tempo disponível para o resgate é maior do aquilo que a maioria das pessoas pensa.
Continuo a ter esperança pelo meu amigo e pelo resto da tripulação", complementou, apelando para que todos tenham, também, esperança.
Recorde-se que o submersível transportava o empresário e explorador Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman Dawood, além do CEO da OceanGate, Stockton Rush, bem como o especialista no Titanic Paul-Henri Nargeolet.
As 96 horas estimadas de oxigénio disponível chegaram ao fim pelas 12h08 mas, segundo especialistas, este valor é vago e impreciso, uma vez que o tempo de oxigénio pode variar em função de diversos fatores.
As autoridades esperam que os sons subaquáticos, que continuam a ser monitorizados, possam ajudar a restringir as operações de busca, cuja área de cobertura foi expandida para vários milhares de quilómetros.
Contudo, os especialistas salientam diversos obstáculos, desde identificar a localização da embarcação, até alcançá-la com equipamentos de resgate e trazê-la à superfície - supondo que ainda esteja intacta.
Na quarta-feira, um avião canadiano detetou sons subaquáticos durante as operações de busca do submersível, o que fez com que esforços de busca fossem reorientados.
Além de um conjunto internacional de navios e aviões, um robô subaquático começou a fazer buscas nas imediações do Titanic e há um esforço para enviar equipamento de salvamento para o local, no caso de o submarino ser encontrado.
Três aviões de transporte C-17 das forças armadas norte-americanas foram utilizados para transportar submersíveis comerciais e equipamento de apoio. As forças armadas canadianas disponibilizaram um avião de patrulha e dois navios, tendo ainda lançado boias de sonar para detetar quaisquer sons do Titan.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou hoje que os escombros encontrados na área dos destroços do Titanic correspondem à parte externa do submersível com cinco ocupantes desaparecido no domingo, que terá sofrido uma "implosão catastrófica" sem deixar sobreviventes.
A implosão terá ocorrido perto do naufrágio do Titanic, para onde o submersível se dirigia, referiram as autoridades da Guarda Costeira numa conferência de imprensa realizada após terem notificado as famílias da tripulação.
"Os destroços são consistentes com a perda catastrófica da câmara de pressão", frisou o contra-almirante John Mauger, do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, endereçando as condolências aos familiares da tripulação.
A empresa OceanGate, que organizou a expedição, tinha divulgado momentos antes que os cinco passageiros do submersível Titan foram considerados mortos.
"Consideramos neste momento que o nosso patrão Stockton Rush, Shahzada Dawood e o seu filho Suleman, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet estão infelizmente mortos", indicou a empresa em comunicado.
A Guarda Costeira norte-americana também referiu que o "campo de destroços" encontrado perto da área onde se encontram os restos do Titanic corresponde à parte externa do submersível Titanic, que desapareceu desde domingo com cinco pessoas a bordo.
Ainda não está claro se a implosão ocorreu no domingo ou nos dias seguintes, em que decorreu uma busca internacional para encontrar o submersível desaparecido.
O campo de destroços do Titan estava localizado a cerca de 488 metros do Titanic.
"A demonstração de apoio nesta operação de busca altamente complexa foi muito apreciada. As nossas mais sinceras condolências vão para os amigos e entes queridos da tripulação", sublinhou Mauger.
A Guarda Costeira divulgou ainda que irá continuar a procurar no fundo do mar, perto do naufrágio do Titanic em busca de mais pistas sobre o que aconteceu com o submersível Titan nas profundezas das águas do Atlântico Norte.
As autoridades referiram que não há prazo para cancelar a busca internacional maciça e que os esforços para recuperar o submersível e os restos mortais dos cinco homens que morreram a bordo do submergível continuam em andamento.
Grande parte da busca está a ser feita por veículos subaquáticos operados remotamente, conhecidos como ROV, que podem inspecionar o fundo do mar.
"É um ambiente incrivelmente implacável no fundo do mar", salientou ainda John Mauger.
O que é uma implosão e como é que aconteceu no submarino Titan?
O desfecho era esperado, apesar da esperança ser a última a morrer. Os 5 ocupantes do submersível Titan morreram depois deste submarino ter implodido. Mas o que é uma implosão e como aconteceu neste pequeno veículo que ia a caminho do Titanic?
Marinha dos EUA terá detetado som de implosão do submarino Titan
John Mauger, contra-almirante e comandante do primeiro distrito da Guarda Costeira, disse que o submersível OceanGate sofreu uma implosão catastrófica.
O veículo sucumbiu à intensa pressão do fundo do mar, matando os cinco tripulantes.
A implosão foi uma das principais teorias avançadas pelos investigadores durante a fase de busca. Apesar de os peritos afirmarem que o submersível conseguia atingir os 4.000 metros, o Titan nunca teve um certificado de segurança. A essa profundidade, a pressão é tão forte que poderia compactar o veículo como uma lata de refrigerante.
Submarino Titan que iria visitar os destroços do Titanic a 4 mil quilómetros de profundidade
Para entender o que aconteceu com o submarino Titan, é necessário analisar o conceito de implosão. Ao contrário de uma explosão, uma implosão ocorre quando a pressão externa é maior do que a pressão interna. Isto gera um processo em que o objeto colapsa sobre si próprio ao ser esmagado por uma força externa.
No caso do Titan, a pressão atmosférica registada a 4.000 metros de profundidade seria equivalente a 400 atmosferas, ou seja, 400 vezes mais forte do que a sentida por um ser humano ao nível do mar. Uma fissura no casco do submarino teria sido suficiente para que a força provocasse uma implosão violenta, desintegrando a câmara de pressão que continha os cinco ocupantes.
Numa implosão catastrófica, como a que ocorreu no submarino Titan, os destroços são menores. De acordo com as primeiras conclusões da Guarda Costeira, os destroços encontrados incluem a carenagem traseira, o trem de aterragem, a parte dianteira e outros componentes da câmara de pressão.
Como morreu a tripulação do Titan durante a implosão
Os pormenores sobre os últimos minutos do Titan permanecem um mistério. Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, disse que o submarino terá implodido há quatro dias.
Quando se opera em profundidade, a pressão é tão grande em qualquer submarino que, se ele falhar, seria uma implosão instantânea. Se isso aconteceu, então terá sido já há quatro dias.
Uma questão que muitos colocam é se os passageiros sofreram ou deram conta que o submarino não voltaria à superfície. Para responder a esta questão, Nicolai Roterman, um ecologista de águas profundas e professor da Universidade de Portsmouth, disse que uma implosão do casco resultaria em morte instantânea. A força da água esmagaria o veículo, matando a sua tripulação numa fração de segundo.
Dave Corley, um capitão reformado da Marinha dos EUA, observou que quando o casco de um submarino colapsa, move-se para dentro a uma velocidade de 670 metros por segundo.
O raio do casco de um submarino nuclear moderno é de cerca de 6 metros, pelo que o tempo necessário para o colapso completo é de cerca de 1 milissegundo.
De acordo com Corley, o cérebro humano responde instintivamente a um estímulo em cerca de 25 milissegundos. Como tal, os cinco membros da tripulação do Titan morreram antes que os seus cérebros pudessem registar seja o que fosse da catástrofe.
Titan. "Conforto na crença de que partiram de mãos dadas, pai e filho"
A família de Suleman e Shahzada emitiu um comunicado, onde destacou que tinham uma relação que "era uma alegria de se ver".
A família de Suleman e Shahzada Dawood, o filho e pai que morreram a bordo do submersível 'Titan', aos 19 e 48 anos, respetivamente, lamentou esta sexta-feira a morte dos familiares, encontrando "conforto na crença de que partiram para a próxima etapa da sua jornada espiritual de mãos dadas".
"Nesta tragédia imensurável, tentamos encontrar consolo no legado duradouro de humildade e humanidade que eles deixaram para trás e encontrar conforto na crença de que eles passaram para a próxima etapa da sua jornada espiritual de mãos dadas, pai e filho", disse a família, que reside no Reino Unido, num comunicado enviado à imprensa britânica.
A família garante que a "relação" de pai e filho "era uma alegria de se ver", sendo "os maiores apoiantes um do outro" e "partilhavam uma paixão pela aventura e pela exploração de tudo o que o mundo tinha para lhes oferecer".
"Shahzada e Suleman eram amados por todos os membros da família em geral, mas eram especialmente queridos por Christine [mulher e mãe] e Alina [filha e irmã]. Shahzada e Alina partilhavam uma verdadeira relação pai-filha; eram carinhosos um com o outro, cozinhavam frequentemente juntos e tinham conversas muito filosóficas sobre a vida", destacou a nota, acrescentando que "a ausência de Shahzada e Suleman será profundamente sentida por todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer esta dupla".
O submersível com cinco ocupantes da empresa OceanGate, - Shahzada Dawood, Suleman Dawood, Hamish Harding, Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush (CEO da OceanGate) - desapareceu no domingo. Na quinta-feira, a Guarda Costeira norte-americana anunciou o submersível terá sofrido uma "implosão catastrófica" sem deixar sobreviventes.
Primeiras imagens do resgate do Titan. Restos mortais das vítimas estarão entre os destroços
Os restos do submersível Titan começaram a ser retirados do mar, na quarta-feira. Segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos da América (EUA), as vítimas estarão entre os destroços recuperados.
Os destroços do submersível da OceanGate começaram a ser retirados do fundo do mar, ontem, quarta-feira. As imagens que estão a ser divulgadas dão conta da descarga a partir do navio Horizon Arctic, em St John's, Canadá.
As fotografias mostram o que resta da embarcação, bem como a dimensão do desastre, que ocorreu em águas profundas. De acordo com um corresponde da BBC, nos destroços veem-se duas tampas, incluindo a escotilha sem a janela, a estrutura metálica de pouso do submersível e o compartimento posterior do equipamento. Tudo isto coberto por lonas.
Conforme revelado pela Guarda Costeira dos EUA, as cinco peças do Titan foram encontradas num local cheio de destroços, perto da dianteira do Titanic.
Umas horas depois de descarregarem os destroços do submersível, as autoridades anunciaram que foram recuperados também "presumíveis restos humanos".
Para já, a mesma fonte adiantou que está em curso uma investigação para apurar as causas da implosão, e que tratará de redigir recomendações para evitar futuros desastres semelhantes.
Recordamos que as cinco pessoas que seguiam na embarcação rumo aos destros do Titanic perderam a vida, no dia 18 de junho, 90 minutos depois de entrarem na água. O submersível implodiu, a uma profundidade de 3.800 metros, no Oceano Atlântico.