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- Fev 4, 2008
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Um homem de 31 anos sequestrou e ameaçou, durante oito horas, a mãe e uma irmã, na casa onde vivem, em Santarém. As mulheres só foram libertadas pelo GOE. O detido foi para o hospital.
O pesadelo terminou quando os homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) arrombaram a porta e imobilizaram Júlio Manhone, quando tudo levava a crer que o sequestrador fizesse algo de terrível. Júlio aproximou-se da janela, onde estava a mãe, Flora, e a irmã, Sara, e encostou ao pescoço desta uma arma branca.
O pânico tomou conta da mãe, que gritou para os bombeiros que retirassem a escada que tentavam fazer chegar à janela do segundo andar do número 3 da Praceta Defensores da Pátria.
Dentro de casa, Sara gritava, desesperada, enquanto na rua a vizinhança chegou a acreditar que o pior tinha acontecido. Os comentários e os apelos à Polícia para que interviesse não se fizeram esperar. Ouve mesmo quem gritasse: "Matem-no já!".
Cerca de dois minutos mais tarde, ouviu-se o estrondo da porta de entrada da casa a ser arrombada e, para alívio de todos, foi possível ver a entrada dos elementos do GOE, que rapidamente neutralizaram Júlio. Aplausos e gritos de alegria encheram a praceta. O sequestrador foi levado, algemado e de ambulância, para o hospital.
O sossego matinal de domingo terminou cerca das 6 horas, quando Júlio Manhone começou a arremessar pelas janelas (da frente e das traseiras) vários objectos. Botijas de gás, cadeiras, mesas, um computador e um televisor voaram para a rua e danificaram vários automóveis.
Segundo a vizinhança, Júlio terá ainda rebentado com a canalização de gás na escada e com a torneira de segurança, na rua. O abastecimento no edifício chegou a ser cortado, mas, segundo a Polícia, não havia problema em utilizar o gás.
Enquanto os negociadores da PSP tentavam convencer o homem a entregar-se, os vizinhos mantinham-se na rua, atentos, comentando os seus actos.
"Já na sexta-feira ele foi preso por fogo posto. Ateou fogo junto a um campo de tiro aqui perto e puseram-no em liberdade", contou, ao JN, uma vizinha que não quis identificar-se, adiantando que o homem sofre de problemas do foro psiquiátrico e que deixou de tomar a medicação. O que foi confirmado por Maria Manhone Costa, outra irmã de Júlio, que soube do sequestro quando estava na igreja.
"Antes, o meu irmão era uma pessoa boa. Esteve em Espanha a trabalhar e foi ele que comprou esta casa. Mas andou com uma brasileira que disse que ia casar com ele. Já tinham tudo marcado e um dia ela pediu-lhe 500 contos (2500 euros) para ir ao Brasil buscar os filhos. Nunca mais voltou e, a partir daí, o meu irmão nunca mais foi o mesmo. Há uns anos, tentou incendiar a casa, acabou por ser levado e esteve internado. Quando saiu, vinha medicado e estava bem", recordou, tentando refazer-se do susto.
Maria Manhonhe diz que os medicamentos estariam a fazer com que Júlio engordasse e isso ainda o deixava mais deprimido.
"Aí, começaram os problemas. Já não trabalhava e começou a beber e a fumar. Estava sempre a pedir dinheiro à minha mãe e a minha irmã é quem paga a casa", revelou.
Aliviada por tudo ter terminado, Maria só pede que mantenham o irmão longe. Diz: "Vir cá para fora? Isso é que não! O que ele fez não tem perdão. Agora, todos temos medo dele".
Fonte:JN
O pesadelo terminou quando os homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) arrombaram a porta e imobilizaram Júlio Manhone, quando tudo levava a crer que o sequestrador fizesse algo de terrível. Júlio aproximou-se da janela, onde estava a mãe, Flora, e a irmã, Sara, e encostou ao pescoço desta uma arma branca.
O pânico tomou conta da mãe, que gritou para os bombeiros que retirassem a escada que tentavam fazer chegar à janela do segundo andar do número 3 da Praceta Defensores da Pátria.
Dentro de casa, Sara gritava, desesperada, enquanto na rua a vizinhança chegou a acreditar que o pior tinha acontecido. Os comentários e os apelos à Polícia para que interviesse não se fizeram esperar. Ouve mesmo quem gritasse: "Matem-no já!".
Cerca de dois minutos mais tarde, ouviu-se o estrondo da porta de entrada da casa a ser arrombada e, para alívio de todos, foi possível ver a entrada dos elementos do GOE, que rapidamente neutralizaram Júlio. Aplausos e gritos de alegria encheram a praceta. O sequestrador foi levado, algemado e de ambulância, para o hospital.
O sossego matinal de domingo terminou cerca das 6 horas, quando Júlio Manhone começou a arremessar pelas janelas (da frente e das traseiras) vários objectos. Botijas de gás, cadeiras, mesas, um computador e um televisor voaram para a rua e danificaram vários automóveis.
Segundo a vizinhança, Júlio terá ainda rebentado com a canalização de gás na escada e com a torneira de segurança, na rua. O abastecimento no edifício chegou a ser cortado, mas, segundo a Polícia, não havia problema em utilizar o gás.
Enquanto os negociadores da PSP tentavam convencer o homem a entregar-se, os vizinhos mantinham-se na rua, atentos, comentando os seus actos.
"Já na sexta-feira ele foi preso por fogo posto. Ateou fogo junto a um campo de tiro aqui perto e puseram-no em liberdade", contou, ao JN, uma vizinha que não quis identificar-se, adiantando que o homem sofre de problemas do foro psiquiátrico e que deixou de tomar a medicação. O que foi confirmado por Maria Manhone Costa, outra irmã de Júlio, que soube do sequestro quando estava na igreja.
"Antes, o meu irmão era uma pessoa boa. Esteve em Espanha a trabalhar e foi ele que comprou esta casa. Mas andou com uma brasileira que disse que ia casar com ele. Já tinham tudo marcado e um dia ela pediu-lhe 500 contos (2500 euros) para ir ao Brasil buscar os filhos. Nunca mais voltou e, a partir daí, o meu irmão nunca mais foi o mesmo. Há uns anos, tentou incendiar a casa, acabou por ser levado e esteve internado. Quando saiu, vinha medicado e estava bem", recordou, tentando refazer-se do susto.
Maria Manhonhe diz que os medicamentos estariam a fazer com que Júlio engordasse e isso ainda o deixava mais deprimido.
"Aí, começaram os problemas. Já não trabalhava e começou a beber e a fumar. Estava sempre a pedir dinheiro à minha mãe e a minha irmã é quem paga a casa", revelou.
Aliviada por tudo ter terminado, Maria só pede que mantenham o irmão longe. Diz: "Vir cá para fora? Isso é que não! O que ele fez não tem perdão. Agora, todos temos medo dele".
Fonte:JN