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Sindicatos de enfermeiros admitem mais dias de greve depois de ministério interromper

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Sindicatos de enfermeiros admitem mais dias de greve depois de ministério interromper negociações sobre carreira

Os sindicatos de enfermeiros admitiram hoje convocar novas greves e acusaram o Ministério da Saúde (MS) de não apresentar soluções, depois de a tutela ter interrompido as negociações sobre a revisão da carreira.

"Esperamos que no dia 02 de Outubro o Ministério da Saúde convoque os sindicatos e apresente propostas de solução. Se assim não for, as formas de luta vão passar por mais dias de greve", afirmou Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, em declarações à agência Lusa.

Quase duas semanas depois da primeira reunião com a tutela para discutir a revisão da carreira, os sindicatos entregaram um pré-aviso de greve para os dias 30 de Setembro e 01 de Outubro, caso o MS não cumprisse as "promessas e compromissos" assumidos quanto à carreira de enfermagem.

Hoje, o secretário de estado da Saúde anunciou que as negociações estavam interrompidas até os sindicatos levantarem o pré-aviso de greve ou até à realização da paralisação, sublinhando que o Governo "não negoceia de forma condicionada".

"Não nos parece que essa seja uma forma de ajudar a que a discussão se faça de forma séria, profunda e tranquila como é o objectivo de ambas as partes. [O pré-aviso de greve] É inadequado, inoportuno e inaceitável", afirmou Francisco Ramos, em declarações à Lusa.

Segundo Guadalupe Simões, na reunião realizada hoje com o MS, os sindicatos ainda equacionaram a possibilidade de levantar o pré-aviso de greve, caso a tutela apresentasse soluções sobre questões "estruturantes" como o modelo de desenvolvimento da carreira, o plano de admissão de enfermeiros e sobre a precariedade.

Sobre os dois primeiros pontos, acrescentou a dirigente sindical, Francisco Ramos disse que não tinha ainda nada para apresentar e sobre o terceiro aspecto o governante falou na possibilidade de os contratos que terminam em Outubro sejam prorrogados até ao final do ano.

"Assim, temos de dizer aos enfermeiros que o Ministério da Saúde escudou-se no pré-aviso de greve para interromper as negociações porque não tem soluções para apresentar", acrescentou Guadalupe Simões, confiante na adesão em massa dos enfermeiros à greve, sobretudo depois da posição da tutela.

A mesma opinião é partilhada pelo Sindicato dos Enfermeiros. Segundo o dirigente José Azevedo, o Governo "não está com vontade nenhuma de negociar a carreira dos enfermeiros".

"Nesta altura ainda não temos nada de concreto a não ser um papel com os príncipios enformadores", acrescentou.

Segundo José Azevedo, os quatro sindicatos do sector vão reunir-se na próxima sexta-feira para discutir o agendamento de mais dias de greve.




lusa
 
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