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Cerca de dois anos após a morte, o corpo de uma mulher de 70 anos foi encontrado em casa, no norte de Itália, sentado numa cadeira. O caso marcou o país, reacendendo o debate sobre a solidão dos mais velhos.
Marinella Beretta vivia sozinha em Prestino, perto do Lago de Como, na Lombardia. Os seus restos mortais foram descobertos na sexta-feira, dia 4 de fevereiro, após as autoridades locais terem sido alertadas para o risco de queda de árvores no seu jardim.
As causas da morte são desconhecidas, conforme adiantou a assessora de imprensa da Câmara Municipal, Francesca Manfredi, à CNN. Ainda assim, o médico legista confirmou que Beretta terá morrido no final de 2019, tendo em conta o seu estado de decomposição. Na verdade, a mulher não era vista pelos vizinhos desde setembro de 2019, que, com o brotar da pandemia em Itália, acreditavam que estaria apenas mais resguardada, revela a AFP.
A polícia está a investigar se a mulher teria parentes vivos. Entretanto, o seu corpo permanece na morgue, ainda não havendo quaisquer detalhes sobre o funeral. O presidente da Câmara, Mario Landriscina, assegurou que o funeral ficará a cargo da autarquia, caso não seja possível encontrar a família de Beretta.
Elena Bonetti, ministra da Igualdade e da Família, lamentou “a solidão do esquecimento”, apelando a que ninguém seja “deixado sozinho”.
“O que aconteceu a Marinella Beretta em Como, a solidão do esquecimento, magoa a nossa consciência. Recordar a sua vida é o dever de uma comunidade que quer permanecer unida. Devemos parar de limitar os horizontes à esfera privada e voltar a cuidar dos laços entre nós. Cuidar uns dos outros é a experiência das famílias, das instituições, de sermos cidadãos: ninguém deve ficar sozinho”, escreveu, na sua página do Facebook.
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