Suíça e Bruxelas pretendem fechar negociações para reaproximação em 2024

[Lordelo]

Num documento conjunto bastante pormenorizado e acertado ao longo de 18 meses de discussões, o Conselho Federal da Suíça e o executivo europeu afirmam que querem obter rapidamente um mandato para as negociações, de forma a tentar "concluí-las em 2024".






Enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, garantiu, em conferência de imprensa, que "tudo ainda pode ser discutido por ambas as partes", a direita radical já prometeu "combater qualquer forma de ligação institucional com a UE por todos os meios possíveis", numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).


Além do UDC - que reforçou ainda mais a sua posição durante as eleições parlamentares de outubro -- a União Sindical Suíça (USS) manifestou já o seu ceticismo, ao considerar que o governo fez "concessões significativas que põem em perigo a proteção dos salários e do serviço público nas áreas da eletricidade e dos caminhos-de-ferro".


Na sua intervenção, Cassis tinha referido que a proteção salarial estaria na mesa de negociações.


Os governos dos cantões acolheram favoravelmente o projeto e deverão votá-lo a 02 de fevereiro e o patronato também demonstrou satisfação e apelou a uma conclusão rápida do processo alegand que um quadro jurídico estável "é essencial".


O objetivo declarado destas negociações é aperfeiçoar as relações em áreas como o mercado interno europeu, os transportes, a eletricidade, a participação da Suíça em programas europeus, especialmente em questões de investigação e, no geral, um "diálogo de alto nível ".


Dada a importância desta questão, esta deverá ser submetida diretamente à aprovação da população suíça, que tomará a decisão final.


Em maio de 2021, após anos de discussões e sem que nada o indicasse, a Suíça abandonou as negociações, suspendendo as discussões sobre vários tratados que regem as relações entre o país e a UE.


As discussões técnicas foram retomadas em abril de 2022.

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