O Conselho de Segurança da ONU aprovou quinta-feira o prolongamento por um ano do mandato da força de paz ONU-União Africana (Minuad) no Darfur, após ter debatido a questão de uma possível acusação do presidente sudanês Omar el-Béchir por genocídio.
Os Estados Unidos abstiveram-se de votar a resolução 1828 aprovada por unanimidade.
Os outros 14 membros do Conselho de Segurança aprovaram o prolongamento do mandato, que terminou quinta-feira.
A resolução pede igualmente aos Estados membros da ONU que se "comprometam" a fornecer helicópteros e outros meios materiais necessários à Minuad.
A delegação norte-americana apresentou objecções ao compromisso conseguido quarta-feira.
Washington rejeita a evocação no texto da questão de um pedido de suspensão, apresentado pela União Africana (UA), para a execução de um processo do Tribunal Penal Internacional (TPI) visando o presidente sudanês.
"Os Estados Unidos abstiveram-se porque os ajustes feitos à resolução (relativamente ao TPI) enviam um mau sinal ao presidente sudanês e prejudicam os esforços para o levar, a ele e a outros, à barra de um tribunal", afirmou Alejandro Wolff, embaixador norte-americano adjunto na ONU.
No entanto, Alejandro Wolff sublinhou que Washington apoia sem reservas o prolongamento do mandato da Minuad.
Uma emenda propondo uma suspensão de um ano na execução do processo do TPI que visa Béchir foi proposto pela África do Sul e pela Líbia através da UA.
Esta emenda não figura no texto final.
O texto votado leva em linha de conta o comunicado da UA, que pediu a 21 de Julho uma suspensão e manifestou inquietação sobre a possibilidade do processo de paz no Sudão poder ser "comprometido" pela acusação de el-Béchir.
O procurador do TPI, Luis Moreno-Ocampo, pediu a 14 de Julho aos juízes do tribunal para emitir um mandado de captura contra Béchir por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade no Darfur, região do oeste do Sudão mergulhada numa guerra civil desde 2003.
Esta guerra terá provocado cerca de 300.000 mortos, segundo a ONU, e 10.000, de acordo com o Sudão, assim como 2,2 milhões de refugiados.
Se o mandado de detenção for confirmado, o que poderá levar alguns meses, este vai ser o primeiro documento emitido pelo TPI, com sede em Haia, contra um chefe de Estado em exercício.
Lusa
Os Estados Unidos abstiveram-se de votar a resolução 1828 aprovada por unanimidade.
Os outros 14 membros do Conselho de Segurança aprovaram o prolongamento do mandato, que terminou quinta-feira.
A resolução pede igualmente aos Estados membros da ONU que se "comprometam" a fornecer helicópteros e outros meios materiais necessários à Minuad.
A delegação norte-americana apresentou objecções ao compromisso conseguido quarta-feira.
Washington rejeita a evocação no texto da questão de um pedido de suspensão, apresentado pela União Africana (UA), para a execução de um processo do Tribunal Penal Internacional (TPI) visando o presidente sudanês.
"Os Estados Unidos abstiveram-se porque os ajustes feitos à resolução (relativamente ao TPI) enviam um mau sinal ao presidente sudanês e prejudicam os esforços para o levar, a ele e a outros, à barra de um tribunal", afirmou Alejandro Wolff, embaixador norte-americano adjunto na ONU.
No entanto, Alejandro Wolff sublinhou que Washington apoia sem reservas o prolongamento do mandato da Minuad.
Uma emenda propondo uma suspensão de um ano na execução do processo do TPI que visa Béchir foi proposto pela África do Sul e pela Líbia através da UA.
Esta emenda não figura no texto final.
O texto votado leva em linha de conta o comunicado da UA, que pediu a 21 de Julho uma suspensão e manifestou inquietação sobre a possibilidade do processo de paz no Sudão poder ser "comprometido" pela acusação de el-Béchir.
O procurador do TPI, Luis Moreno-Ocampo, pediu a 14 de Julho aos juízes do tribunal para emitir um mandado de captura contra Béchir por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade no Darfur, região do oeste do Sudão mergulhada numa guerra civil desde 2003.
Esta guerra terá provocado cerca de 300.000 mortos, segundo a ONU, e 10.000, de acordo com o Sudão, assim como 2,2 milhões de refugiados.
Se o mandado de detenção for confirmado, o que poderá levar alguns meses, este vai ser o primeiro documento emitido pelo TPI, com sede em Haia, contra um chefe de Estado em exercício.
Lusa