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Suspensa vacinação contra cancro

Grunge

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Suspensa vacinação contra cancro

Estado é suspeito de falta de rigor na escolha de vacina para o útero.

As doses, intramusculares, vão ser administradas nos centros de saúde
Ninguém se entende. O concurso para seleccionar a vacina contra o papilomavírus humano - agente do cancro do colo do útero - a incluir no Plano Nacional de Vacinação está no meio de uma batalha judicial. Entre as armas de arremesso usadas está uma providência cautelar entregue no Tribunal Administrativo de Lisboa, a quem cabe agora hastear a bandeira branca, num negócio que vale milhões para as farmacêuticas. Até lá, a escolha da vacina fica suspensa e as 55 mil raparigas de 13 anos que seriam vacinadas a partir de meados de Setembro vão ter de esperar.

A protecção contra o vírus, na origem de várias doenças genitais, foi uma promessa do primeiro-ministro e nenhuma das entidades públicas envolvidas no processo arrisca ceder. A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) - responsável pela selecção - garante que "a vacina não será escolhida até ser conhecida a decisão do tribunal", mas o Ministério da Saúde "mantém, com os elementos disponíveis, as datas anunciadas para o início da vacinação". Contudo, na Direcção-Geral da Saúde (DGS) há outro calendário. A subdirectora-geral, Graça Freitas, admite "que pode existir um atraso de duas a três semanas", ou seja, até Outubro.

O concurso abriu há três meses e começou com 'o pé esquerdo'. Um dos concorrentes - que representa a vacina bivalente, para os tipos 16 e 18 do vírus - foi excluído por não apresentar um documento obrigatório durante a abertura das propostas. Houve recurso, o júri reafirmou a sua decisão e o laboratório apelou à ACSS, cujo parecer determinou a readmissão da farmacêutica. O outro concorrente - com a vacina quadrivalente, para os genotipos 6, 11, 16 e 18 - não gostou e interpôs a providência cautelar agora no centro da decisão final. Pelo meio, o Estado - através das entidades públicas envolvidas, a ACSS e a DGS - foi dando azo a acusações, 'nos corredores', de falta de rigor.

E o rol de queixas é longo. Começa com o facto de serem comparadas vacinas diferentes e ser admitida uma - a bivalente - que não foi ainda aprovada pela rigorosa agência do medicamento norte-americana FDA. As razões estão sob sigilo, mas uma análise do banco de investimento Morgan Stanley refere, entre outros, o facto de os ensaios clínicos de fase III - em grande escala e em humanos - ainda não estarem concluídos e devido à utilização de um adjuvante (que reforça a resposta do sistema imunitário) pouco conhecido. A vacina está autorizada na Europa, e em Portugal, desde Setembro do ano passado.

As duas vacinas receberam a mesma pontuação sobre o índice de eficácia quando apenas a quadrivalente tem evidência científica demonstrada de 100% para os dois genotipos comparados. A limitação da vacina bivalente, no tipo 18, consta do próprio resumo das características do medicamento, aprovado pela agência europeia e pelo próprio Infarmed. Apesar da insistência, a ACSS e o laboratório responsável pela vacina bivalente recusaram dar qualquer esclarecimento ao Expresso sobre estas questões específicas.

A farmacêutica com a apresentação quadrivalente recusou-se a fazer qualquer declaração ou a comentar um concurso que ainda está a decorrer, acrescentando, contudo, estar "preparada para fornecer a vacina de acordo com as necessidades do Governo, logo que a decisão seja tomada". E acrescenta ainda: "Os estudos clínicos demonstraram um perfil único que se encontra reflectido nas indicações terapêuticas aprovadas e que é reconhecido pela maioria dos países europeus, bem como EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia".




expresso
 

junior12

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É a realidade desse país, as vezes tenho vergonha, como nesse momento depois de ler esse post, parece uma brincadeira mas é a pura realidade desse país de "M", ganância misturada com desorganização da nisso, depois Portugal é um país Europeu? parece mais um país do 3.º mundo.
Abraço e Deus abençoe os portugueses
 
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