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Tablets: “um papel que ganha vida”

florindo

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Com tantos ecrãs, nunca foi tão difícil para as marcas serem ouvidas “mas nunca foi tão fácil o consumidor ouvir”.


“Um papel que ganha vida” é como João Wengorovius, descreve os tablets. Para o CEO da BBDO Portugal, estes dispositivos vieram aligeirar o peso que caía sobre os media, com a redução da publicidade na imprensa (com uma quota de 31% em 2001 a descer para 19% recentemente) mas complicar a vida dos anunciantes: “é mais um ecrã onde tenho de estar”, por vezes de forma exclusiva, como sucede com o novo projecto de Rupert Murdoch para o iPad.
No evento sobre tablets realizado hoje, Wengorovius concorda que “a interface da publicidade no futuro será o ecrã” mas mais ecrãs acarretam uma maior fragmentação das audiências. Exemplificou com as telenovelas: há 22 anos, “Palavras Cruzadas” tinha 61% de audiências mas, em Janeiro, a telenovela líder, “Meu Amor”, não chegou aos 20%. Ou seja, “já não há massa nos mass media” – também no sentido de falta de verbas – e se “nunca foi tão difícil ser ouvido mas nunca foi tão fácil o consumidor ouvir”.
Mas “é preciso re-organizar a redacção para ter uma produção mais eficiente, a trabalhar para um grande caldeirão central” que são os conteúdos, salienta Jon Hill, sabendo que o “sucesso” de um trabalho jornalístico multimédia “é diferente para o técnico programador e para o editor ou o criador” da notícia.
Para o editor de design do britânico The Times, após ter apresentado o exemplo da edição especial do suplemento Eureka para o iPad, “o leitor continua a ser o mesmo, pelo que a experiência deve ser a mesma” – e paga, com uma assinatura para todas as plataformas, defendeu. “Não há futuro para os media digitais com o mesmo modelo de negócio da publicidade”, assegurou também Juan Giner, da Innovation. “A publicidade não os vai pagar”.
Mas pode ser importante quando “há mais modelos de publicidade no online”, salienta José Luís Peinó, e há pessoas dispostas a ver mais publicidade no online. Para o director de negócio digital do El País.com, há novos modelos que é necessário ter em atenção.
É preciso dar ao leitor conteúdos adaptados a cada “janela de consumo”, desde o papel à Web ou os tablets, fazendo migrar o negócio para essas janelas. No caso do diário espanhol, estão no papel, Web, telemóveis, tablets e já estão a olhar para a Web TV.
É preciso “incorporar e reciclar” jornalistas, gestores e comerciais “para esta nova realidade, e “oferecer aos anunciantes e leitores as novas possibilidades de negócio notórias e inovadoras”.
Por exemplo, sendo as aplicações para tablets mais caras do que para smartphones, “o utilizador tem menor resistência a pagar por elas nos tablets” porque lhes dá um “maior valor intrínseco”, explicou Henrique Fonseca, da Vodafone. “O tablet é melhor para a Web do que os telemóveis”, a sua curva de aprendizagem é muito curta e sobrepõe-se aos computadores em várias situações (e não é o único a dizê-lo).
E “o ecrã táctil é uma das formas mais naturais de interagir com o mundo digital”, salientou Pedro Monteiro, coordenador de arte digital da Impresa.
Daí o rápido sucesso do iPad, da Apple, lembrou Pedro Sobral, da editora Leya, com três milhões de unidades vendidas em 80 dias. E se mais houvesse, mais se vendia – daí o facto de ainda não ter chegado a Portugal, o que deve acontecer em Dezembro, e a Leya já estar a posicionar-se com uma aplicação para iPad a lançar dentro de dias. É que a possibilidade de os e-books conseguirem uma quota de mercado de 17% até 2015 “é muito interessante”.

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