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«A participação activa das cidades na discussão sobre as alterações climáticas é fundamental», garantiu hoje António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, no 18º Congresso das Comunicações, que decorre de 11 a 13 de Novembro, no Centro de Congressos, em Lisboa.
No congresso intitulado “TIC e alterações climáticas”, o autarca lembrou que as cidades consomem 75 por cento da energia e produzem 80 por cento dos gases com efeito de estufa a nível mundial.
No entanto, para além de serem parte do problema, os centros urbanos podem ser «parte da solução», segundo António Costa, nomeadamente por serem locais por excelência onde convergem as infra-estruturas necessárias ao funcionamento das TIC (tecnologias de informação e comunicação).
Também Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (CE), acredita que «as TIC são um meio eficiente para alcançar os objectivos estabelecidos para 2020, no que toca à poupança de energia». Falando através de vídeo-conferência, o responsável garantiu que a CE está a «estudar medidas, sob a forma de recomendações, para permitir que as TIC estejam ao alcance de todos».
No primeiro dia do congresso foi ainda apresentado o estudo “Smart Portugal 2020”, que permitiu concluir que o uso eficiente das TIC poderá reduzir as emissões globais anuais de CO2 em cerca de 15 por cento em 2020 e gerar poupanças em eficiência energética da ordem dos 500 mil milhões de euros para o segmento empresarial.
O 18º Congresso das Comunicações tem certificação "Carbono Neutro", sendo que as emissões produzidas ao longo dos três dias do evento serão neutralizadas através da plantação de 810 árvores, na Reserva Natural da Serra da Malcata. As árvores plantadas vão permitir o sequestro de aproximadamente 175 toneladas de carbono equivalente. A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, responsável pela organização da iniciativa, decidiu ainda adquirir VER (Verified Emitions Reductions), necessários à imediata neutralização das emissões.
Portal Ambiente Online