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Tomada preventiva de antibiótico reduz mortalidade por sida em África

ecks1978

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A administração preventiva de um antibiótico, muito vulgar e pouco caro, reduz de forma significativa a mortalidade em África entre os doentes infectados com o vírus da sida, de acordo com um estudo hoje publicado.

O cotrimoxazole (nomes comerciais Bactrim, Eusaprim, Septrim...) contém dois antibióticos, o sulfaméthoxazole (uma sulfamida) e o triméthoprime. É utilizado contra diversas infecções (urinárias, digestivas...) e também para tratar um caso de pneumonia e a toxoplasmose cerebral que podem afectar os seropositivos. Este medicamento possui também propriedades antipaludismo.

O estudo realizado no Uganda e no Zimbabué envolveu 3179 pessoas, cujo sistema imunitário se encontrava gravemente afectado e o número de células imunitárias CD4 no sangue estava abaixo de 200 por microlitro.

O perigo de morte nos três primeiros meses diminuiu 59 por cento entre os que estavam a ser tratados com cotrimoxazole e terapia anti-VIH (vírus da sida), relativamente aos que não tomavam o antibiótico. A redução do risco de morte manteve-se até à 72.ª semana (44 por cento).

A partir dessa altura, a diminuição era de 35 por cento no seu conjunto. A cotrimoxazole também reduziu a incidência do paludismo (malária) em 26 por cento. Os benefícios no que respeita à mortalidade, com poucos efeitos secundários indesejáveis, associados ao baixo custo e à facilidade de administração do cotrimoxazole, sugerem que os médicos devem prescrevê-lo, em África, aos adultos que iniciam um tratamento anti-VIH, de acordo com os autores do artigo publicado na revista médica britânica, “The Lancet”.

Esta profilaxia deve ser feita mais de um ano depois de ter começado a terapia anti-VIH, comentaram face aos resultados os médicos Xavier Anglaret (Bordeaux-Inserm, França) e Serge Eholie (Abidjan-CHU de Treichville, Costa do Marfim) na revista. Sem o antibiótico, a mortalidade dos africanos com Sida aumentou 26 por cento, sobretudo nos três a seis primeiros meses, afirmam os autores do estudo. A África subsaariana conta com 22,4 milhões de pessoas seropositivas ou doentes com Sida, dois terços do total em todo o mundo (33,4 milhões) de acordo com dados relativos a 2008, publicados pela Onusida, em Novembro passado.
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