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Curiosidades e aberrações do novo Dakar

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Mais do que atravessar o oceano e descobrir um novo continente, o primeiro Dakar sul-americano da história reserva muitas e curiosas surpresas aos concorrentes. A começar pela preparação, orçamento e logística e a terminar no regulamento e nas penalizações previstas durante a corrida



Curiosidades e aberrações do novo Dakar -

Participar num Dakar é, para muitos, uma decisão emocional, um impulso que desafia a toda a lógica, o sonho de uma vida. Para a maioria, representa um ano inteiro de preparação, às vezes de privações, para além de milhares e milhares de euros de investimento, alguns a fundo perdido.

Vindos dos quatro cantos do mundo, homens e mulheres, estreantes e veteranos, juntam-se à partida, a cada ano, com o firme desejo de desafiarem os seus limites na maior e mais extrema de todas as aventuras.

Mais do que uma corrida, o Dakar tornou-se uma lenda, tal como África se tornou o seu berço durante 29 anos. Uma ligação afectiva e já madura que, contudo, foi interrompida de forma abrupta no início deste ano, quando a política foi mais forte que o desporto e o medo parou o Dakar, em nome da segurança.

Perdida a mística, recuperou-se, em todo o caso, o desejo pela descoberta. Ao atravessar o oceano em 2009, o rali presta-se a uma nova experiência, descobrindo pela primeira vez as pistas da Argentina e do Chile. Aceite por uns, discutida por outros, o certo é que tamanha mudança obrigou a que pilotos e equipas reformulassem as suas estratégias e se adaptassem a uma nova e desconhecida realidade, quebrando rotinas há muito enraízadas entre o pelotão.

Uma leitura atenta às mais de 80 páginas do regulamento do Dakar 2009 permitiu-nos descobrir algumas delas, num trabalho impossível de realizar sem a preciosa colaboração de Jorge Gil, o responsável desportivo, técnico e logístico do Team Oleoban/MAN Portugal.

DESPESAS ADICIONAIS

Viagens. Comparativamente às últimas edições, com partida de Lisboa, as equipas nacionais estão agora sujeitas a várias despesas extraordinárias, a começar, claro está, pelas deslocações. Assim, e no caso do Team Oleoban/MAN Portugal, o transporte dos camiões para o local de embarque, em Havre, representou um custo adicional de três mil euros (e outro tanto estimado para a viagem de regresso), em combustível, portagens, hóteis e alimentação. O percurso de 1.830 km foi cumprido em dois e meio por quatro pessoas. De resto, é necessário ainda juntar à factura os seis bilhetes de avião (Lisboa/Madrid/Buenos Aires e vice-versa) para os elementos da equipa, pagos em Junho a 1.280 euros cada. Acresce dizer que, em anos anteriores, apenas era necessário pagar a viagem de regresso desde o Senegal, a 480 euros por bilhete.

Seguro de Transporte Marítimo. Eis a primeira grande novidade do Dakar sul-americano. A mais de mês e meio da partida oficial, os concorrentes europeus tiveram que despachar os seus veículos de prova e assistência por via marítima, desde o porto francês de Le Havre até ao terminal portuário de Delta Dock, em Buenos Aires. A viagem é paga pela Organização, ao contrário do seguro. Não sendo obrigatório é, no entanto, fortemente recomendado que as equipas segurem os seus veículos e respectivo recheio. É unicamente proposto pela Gras Savoye, sucursal francesa da companhia Tokio Marine Europe Ensurance, com sede no Japão. O preço é variável e depende, logicamente, da avaliação e do inventário que cada equipa fizer dos seus pertences. A equipa de Elisabate Jacinto, por exemplo, pagou 4.680 euros para segurar dois camiões (o de corrida e o de assistência) e respectivo material de apoio.

Lista de material a declarar na Alfândega. Após o desembarque na Argentina, as equipas estão obrigadas a apresentar na alfândega uma lista detalhada de todo o material que transportam em cada viatura. Como se não já bastasse o tempo perdido neste exaustivo levantamento, a cópia do modelo fornecido pela Organização deve ser preenchida em inglês ou, preferencialmente, em espanhol, sendo necessária uma breve descrição de cada artigo, a sua marca, quantidade, referência, se é novo ou usado e, por fim, o seu valor (s/ IVA). O Team Oleoban/MAN Portugal identificou mais de 1.000 artigos, desde braçadeiras, parafusos, espelhos, martelos, lanternas, filtros de óleo, tubos, pneus, cadeiras, tendas e até vesturário. Resultado: 38 páginas e três pessoas envolvidas nesta tarefa ao longo de quatro dias.

CURIOSIDADES

Altura máxima dos camiões. Devido à reduzida altura de algumas pontes no percurso entre a Argentina e o Chile, o regulamento deste ano obriga a que os camiões não ultrapassem os quatro metros de altura, contra os anteriores 4m20, limitando o habitual transporte de pneus e outro material na parte superior do compartimento de carga. Por exemplo, o camião de assistência de Elisabete Jacinto passa agora a transportar seis dos 12 pneus suplentes no interior.

Carros de assistência. Deixam de estar obrigados a qualquer preparação especial, como o uso de "roll-bar", cintos de quatro apoios ou "bacquets", algo até aqui indispensável em África. Também pela primeira vez, deixa de ser obrigatório (é apenas recomendado) o uso de capacete nos carros e camiões de assistência.

Alimentos proibidos. Na travessia da Argentina para o Chile, o transporte de produtos alimentares e bebidas estará altamente condicionado, havendo uma extensa lista de artigos proibidos, especialmente os de origem animal. Ou seja, nada de presuntos, salsichas, queijos, carnes ou seus derivados, fruta, legumes ou tubérculos. No fundo, apenas serão permitidas caixas, latas e garrafas hermaticamente fechadas. As inspecções a cada veículo serão realizadas por 16 cães treinados, avisa a Organização.

Material abandonado. Este ano, e também pela primeira vez, a Organização vai penalizar todas as equipas que, por qualquer motivo (acidente, avaria ou furo) deixem na pista algum material inutilizado, desde o próprio veículo, a um pneu furado (mesmo que desfeito) ou qualquer outro componente mecânico. Do ponto de vista teórico, até um simples parafuso! Os infractores incorrem numa multa que pode ir até à exclusão do Dakar nos próximos cinco anos.

Jorge Rodrigues
 

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ACP vai organizar prova em África

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Embora mantendo inalterado o estatuto do Rali Vodafone Transibérico, o Automomóvel Clube de Portugal está actualmente a preparar o lançamento de uma nova e inédita corrida em África, a ser incluída na Taça do Mundo FIA de Todo-o-Terreno de 2010.
ACP vai organizar prova em África -

Segundo apurou o AutoSport junto de fonte bem colocada do ACP, o rali terá partida e chegada em África, desenvolvendo-se em alguns países deste continente, estando em curso negociações entre o clube presisdido por Carlos Barbosa e os governos locais.

O apresentação oficial da prova está marcado para o dia 14 de Fevereiro do próximo ano, só nessa altura sendo revelados todos os pormenores do evento, previsto para ter uma duração de cinco dias.

Desta forma, Portugal poderá passar a ter dois representantes na Taça do Mundo de Todo-o-Terreno em 2010, cujo calendário deverá a cinco provas (contra as três agendadas para 2009), sendo a outra novidade a possível subida do Baja Northern Forest, a disputar na Rússia, e actualmente integrada na Taça Internacional FIA de Bajas.

JR
 

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Mitsubishi terminou preparação para o Dakar


O Team Repsol Mitsubishi Ralliart terminou a sua preparação para o Dakar 2009, prova que partirá de Buenos-Aires a 3 de Janeiro, terminando no mesmo local 15 dias depois.

A Mitsubishi Motors fará alinhar quatro novos Racing Lancer Turbo-Diesel, para as duplas Luc Alphand/Gilles Picard, Hiroshi Masuoka/Pascal Maimon, Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret e Nani Roma/Lucas Cruz Senra.

Os derradeiros preparativos foram levados a cabo perto de Creusot, num programa de treino que antes já tinha sido constituído por cinco dias de treino físico, em Douarnenez. O apronto técnico dos carros foi feito no circuito de Bourg-en-Bresse, e o shakedown final em Creusot.

Os Racing Lancer serão agora transportados por avião para Buenos Aires, enquanto toda a restante logística da equipa já seguiu via barco, que chegará a Buenos Aires dentro de dias.

Os membros da equipa passarão o Natal com as famílias e imediatamente depois rumarão à América do Sul, para mais preparativos antes da prova, como por exemplo a adaptação ao clima e ao fuso horário.

Dê uma "volta" com Stéphane Peterhansel, e fique a conhecer melhor o seu "local de trabalho" para a primeira quinzena de Janeiro:AS
 

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Carlos Sainz: "O Dakar é um grande desafio quer seja em África ou na Cochichina!"

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Carlos Sainz terve uma tirada bastante curiosa relativamente ao "novo" Dakar, que como se sabe este ano se realiza na América do Sul, entre a Argentina e o Chile: Em entrevista ao as.com, o piloto espanhol referiu que a prova "é um grande desafio, quer seja em África ou na Cochichina".
Carlos Sainz: "O Dakar é um grande desafio quer seja em África ou na Cochichina!" -

Há quem seja de opinião que este Dakar poderá ao fim ao cabo ser mais duro que o habitualmente realizado em África, mas a verdade é que Carlos Sainz, tendo em conta o tipo de estradas que os concorrentes vão percorrer, é um dos principais, senão o maior favorito:

"Obivamente não vou à Argentina para passear e quero ganhar, mas a verdade é que os imponderáveis deste tipo de provas não permite que se fale com grande segurança em favoritos. Tudo pode suceder seja em que altura da prova for!"

"Penso que a corrida vai ser muito interessante, pois entre a experiência da Mitsubishi e os seus pilotos, nós também temos bons trunfos, pelo que o desafio vai ser brutal. De qualquer modo, penso que o facto da Mitsubishi ter um carro novo joga a nosso favor, já que a fiabilidade é um trunfo a nosso favor. Penso que será uma bonita luta."

AS
 

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Africa Race (afinal) vai partir

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A menos de uma semana da sua partida oficial, o Africa Race tem sido notícia pelas piores razões, chegando a ser decretada a sua interdição, no passado dia 5 de Dezembro, por decisão do Tribunal de Grande Instância de Nanterre, na sequência de uma acção interposta pela Amaury Sport Organization.
Africa Race (afinal) vai partir -

Considerou então o tribunal francês que a prova organizada por iniciativa de Hubert Auriol era "contrária aos direitos estabelecidos pela ASO no âmbito do Rali Paris-Dakar (TSO ex-Thierry Sabine Organization)", decidindo, por isso, pelo seu cancelamento.

Apesar das informações serem escassas, não havendo, inclusivamente, qualquer informação a este respeito no site oficial do Africa Race, o AutoSport conseguiu apurar junto de fonte ligação à Organização (a XRPM) que na base desta decisão estaria um documento assinado pelo próprio Hubert Auriol, na altura em que abandonou a TSO, em que este se comprometia a não organizar qualquer competição que concorresse directamente com o Dakar, como seria agora o caso do Africa Race, projecto em que se empenhou pessoalmente após a decisão da ASO em abandonar o continente africano rumo à América do Sul.

Hubert Auriol sai Africa Race continua

Sem perder tempo e determinado em levar a sua corrida por diante, Hubert Auriol anunciou na última semana que se retira da organização do Africa Race: "A decisão do Tribunal reporta-se a uma única pessoa, pelo que saio para não comprometer o normal desenrolar da corrida", declarou o antigo director e triplo vencedor do Dakar.

Assim, e a acreditar que o diferendo judicial estará mesmo resolvido, a primeira edição do Africa Race prosseguirá tal e qual estava definida anteriormente, iniciando-se esta quinta e sexta-feira com as verificações administrativas e técnicas, em Marselha, para no sábado ter lugar o Prólogo que definirá a ordem de partida para a primeira etapa marroquina, agendada para o dia 30 de Dezembro, logo após o desembarque da caravana em Nador.

No total, 11 dias de corrida em pleno deserto africano e mais de quatro mil quilómetros de especiais, intercalados por uma jornada de repouso em Agadir. Delineado por René Metge e José-Maria Servia, o percurso recriará, invevitavelmente, a espinha dorsal do antigo Dakar, percorrendo as pistas de Marrocos, da Mauritânia e do Senegal, estando a chegada agendada para a sua emblemática capital, a 10 de Janeiro próximo.

Jean-Louis Schlesser, nos automóveis, e o Team de Rooy, nos camiões, são as figuras de proa de um pelotão que junta profissionais e amadores e, segundo a última previsão da Organização, deverá rondar os 120 participantes... mesmo se tarda ainda em ser divulgada a lista definitiva.

Jorge Rodrigues
 

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Francisco Pita ambicioso na partida para a Argentina

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Francisco Pita e Humberto Gonçalves, seu navegador de sempre, estão de partida para Buenos Aires para disputarem, a partir de dia 3 de Janeiro, o Dakar Argentina-Chile, ao comando de um Toyota Land Cruiser Prado.

Os portugueses fazem parte da forte equipa Toyota França que tem neste Dakar doze equipas e bastante apoio logístico.

O presidente da Federação Portuguesa de Jet Ski, que também se aventura no todo-o-terreno, conta conquistar um bom lugar na mítica prova, ambicionando um lugar entre os primeiros da sua categoria - T2 - e os 50 na geral.

Francisco Pita e Humberto Gonçalves foram dos que mais sentiram o cancelamento da edição de 2008, que teria partido em Lisboa. Esperam agora conseguir uma boa prestação no Dakar Argentina-Chile, prova de elevado grau de dificuldade, com 10 mil quilómetros entre troços cronometrados e ligações. AS
 

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"África e as competições de Todo o Terreno"

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Numa iniciativa que veio complementar a exposição de fotografia Dez anos de desafios em África, com a qual Elisabete Jacinto homenageia o continente africano, após dez anos de participações no mais duro rali do mundo, teve lugar no auditório do Padrão dos Descobrimentos, um debate aberto ao público e à Comunicação Social sobre "África e as competições de Todo o Terreno".

Este debate, cuja moderação e organização esteve a cargo do jornalista Pedro Barreiros, juntou um invejável leque de personalidades com os mais diversos conhecimentos da matéria em causa: Carlos Barbosa, presidente do ACP, instituição que representa em Portugal o Africa Race e organiza a etapa portuguesa da Taça do Mundo; Pedro Abecassis, director da Total/Elf; os pilotos Carlos Sousa, Elisabete Jacinto e Ricardo Leal dos Santos; o antigo piloto e actual presidente da Região de Turismo da Costa do Sol, Duarte Guedes; o fotógrafo Jorge Cunha, actual representantes em Portugal dos Ralis da Tunísia e de Marrocos e Alberto Gonçalves, actual colaborador da ASO.

José Megre, figura de referência do todo o terreno em Portugal e no Mundo, não pode estar fisicamente presente. por o seu estado de saúde ainda não lho permitir, mas um vídeo com as suas opiniões sobre esta matéria, gravado na véspera e passado durante o debate (RapidShare: Easy Filehosting ), mostrou todo o seu profundo conhecimento de África, passado, presente e com uma perspectiva para o futuro de que o território africano irá continuar a receber competições mas que as organizações devem redobrar as suas cautelas e serem profundamente dialogantes com as autoridades locais.

De entre as mais diversas opiniões, afirmações e revelações feitas por todos os intervenientes destaca-se o projecto de uma nova competição a organizar pelo ACP em África para ser inserida na Taça do Mundo de 2010, a confirmação de que Carlos Sousa vai mesmo participar no Campeonato Nacional em 2009 com o objectivo de se preparar para o Dakar 2010 que o piloto acredita possa estar de regresso a África e a concordância generalizada de que a repetição sistemática do mesmo percurso do Dakar tornava a prova menos interessante mas o facto de a mudança ter sido imposta pela anulação da edição de 2008 não foi de modo algum benéfica.AS
 

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Irmãos Inocêncio afinal vão ao Dakar

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Ao contrário do que tínhamos noticiado esta manhã, afinal os irmãos Inocêncio vão mesmo ao Dakar Argentina-Chile 2009, já que, infelizmente, o seu familiar próximo, acabou mesmo por falecer. O AutoSport apresenta as sentidas condolências à família, e deseja aos dois pilotos, neste momento complicado, a melhor das sortes na prova da ASO.



De facto, e apesar da situação, devido ao facto da equipa prestar apoio logístico a outros concorrentes, casos de Hélder Rodrigues, Jean Azevedo e da dupla brasileira Paulo Picini/Lorival Roldan, a estrutura da Red Line/LG Art Cool iria deslocar-se à América do Sul, fazendo-se representar com um camião T4, dois carros 4x4 de assistência rápida e dois camiões inscritos na classe T5.
 

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Ricardo Leal dos Santos: "Quero lutar pelo pódio dos privados"

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Numa comitiva onde o número de inscritos portugueses é substancialmente inferior ao registado nos últimos dois anos, Ricardo Leal dos Santos assume-se como o principal piloto luso a seguir, impulsionado pelo facto de estar integrado numa promissora equipa, a Pioneer Desert Team Delta Q.
Ricardo Leal dos Santos: "Quero lutar pelo pódio dos privados" -

A poucas horas de partir para a Argentina, Leal dos Santos garantiu que o facto de ser o principal piloto luso na contenda não lhe retira o sono e que os objectivos deste ano passam por lutar por um lugar no pódio das equipas privadas 4x4 e pela posição de melhor piloto nacional.

"O objectivo é lutar por um lugar no pódio entre as equipas privadas 4x4, naquilo que vai ser uma grande luta, e tentar ficar entre os 20 primeiros da geral, mas aqui já estou a ser muito optimista", começa por afirmar Leal dos Santos, que deixou em definitivo as 'aventuras' a solo no rali mais duro do mundo. A esse respeito, o piloto acredita que o facto de ter efectuado algumas provas sozinho - quer nos quads, quer nos autos - lhe proporcionou uma evolução bastante importante a vários níveis.

"Ao longo das minhas experiências a solo tive uma aprendizagem bastante significativa da prova ao nível da leitura dos terrenos e da capacidade de 'improvisação', até mais do que muitos pilotos de motos. Pode-se dizer que aprendi em dois anos aquilo que a maior parte dos pilotos profissionais aprende em dez", observou, lembrando que "isso já foi visível em Portalegre, prova na qual andei muito bem".

Essa capacidade de leitura dos terrenos poderá assumir, neste novo Dakar, uma importância fundamental, tanto mais que o terreno é desconhecido para todos. "É uma vantagem para nós porque partimos todos do zero. E nós até preferimos assim. A disciplina chama-se Todo-o-Terreno e é por isso que deveria variar mais. Em Africa as pistas acabavam por ser sempre as mesmas e já pouco havia de descoberta, o que para mim era mau porque não as conhecia tão bem quanto os meus adversários", explicou Leal dos Santos, acrescentando que "saímos muito valorizados com este formato".

"O ideal seria mudar de sitio todos os anos, e até de Hemisfério, naquilo que seriam oportunidades de visitar locais a que a maior parte das pessoas não vai, uma vez que temos carros preparados especificamente para o efeito, ao mesmo tempo que se resgatava o espírito de descoberta da prova", afirmou.

"O melhor Dakar de sempre... daqueles sem Lisboa"

Sobre as dificuldades que esperam os pilotos na Argentina e Chile, o português reconhece uma combinação de três problemas que deverão ser cruciais no resultado final: "primeiro, a altitude, que em pista chega aos 3250m e em ligação aos 4700m, algo que deverá provocar alguns problemas aos motores, em segundo, a areia e em terceiro o calor, uma vez que vamos apanhar o Verão naquele continente". Ainda assim, reconhece um ponto "no qual deverá ficar logo metade da caravana": as dunas do deserto do Atacama, tão ou mais difícil do que as da Mauritânia.

Contudo, advoga que "este vai ser o melhor Dakar de sempre dos que não partiram de Lisboa". "Só se partisse de Lisboa é que este Dakar seria ainda melhor. Estão lá todos os pilotos de topo - excepto o [Carlos] Sousa - e seria bom que pudéssemos voltar a ter uma partida de Lisboa, o que pode voltar a acontecer se a 'febre' do Dakar se voltar a instalar em Portugal", observou Leal dos Santos, que classifica as etapas disputadas em solo português como "uma loucura".
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Referindo-se ao facto de a participação portuguesa em 2009 ser inferior à dos últimos dois anos, o lisboeta garante que o "cancelamento da prova de 2008 deixou muitas marcas nos patrocinadores, que este ano se retraíram face aos anos anteriores, o que também não foi ajudado pela crise mundial que se vive actualmente". Ainda assim, lembra que o número não é assim tão reduzido "porque se formos a ver antes de o Dakar partir de Lisboa costumavam ser cerca de seis os pilotos inscritos e este ano até são mais os portugueses envolvidos".

Sobre os favoritos à vitória geral, Leal dos Santos aponta os 'suspeitos do costume': "a Mitsubishi e o Stéphane Peterhansel têm de ser considerados os favoritos, quer pelo novo carro, o Racing Lancer, quer pela sua experiência. Mas a Volkswagen também tem de ser tida em conta".

Por fim, a estratégia para a prova sul-americana foi-nos dada por Leal dos Santos: "começar a atacar nas primeiras especiais lisas, para depois nos retrairmos naquelas que vão ser demolidoras e muito duras e quando percebermos que podemos atacar, voltar a fazê-lo sem correr riscos desnecessários", apontou.AS
 

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Pioneer Desert Team Delta Q: Apresentação projecto Dakar 2009

 

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Eliseo Salazar no Dakar 2009 em...McRae Enduro

Eliseo Salazar é ainda um nome que a maioria dos adeptos conhecem, pelas suas participações na Fórmula 1, no início dos anos 80. Com uma carreira eclética, onde se incluem passagens pela Fórmula 1, F3000, Sport-Protótipos, Le Mans, Indycar, IRL, e mais recentemente a GP Masters, vai agora, com os seus 54, disputar o Dakar Argentina Chile, aos comandos de um McRae Enduro. Veja o vídeo.
 

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Africa Race vai amanhã para a estrada

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A caravana da África Race já deixou Marselha a caminho de Marrocos, onde pouco mais de duas dezenas de veículos irão disputar a Africa Race. Após as verificações em Château Régis, 11 autos, 8 motos, 4 camiões 4 quads, lançam-se amanhã em Nador para a primeira de 12 etapas que constituem a corrida.
Africa Race vai amanhã para a estrada -

Com um plantel muito modesto, onde sobressaem Jean-Louis Schlesser nos autos e Jan de Rooy nos Camiões, os participantes têm pela frente um percurso de 7.490 Km, dos quais 4.089 de especiais.

A prova chegou a ter decretada a sua interdição, no passado dia 5 de Dezembro, por decisão do Tribunal de Grande Instância de Nanterre, na sequência de uma acção interposta pela Amaury Sport Organization.

Considerou então o tribunal francês que a prova organizada por iniciativa de Hubert Auriol era "contrária aos direitos estabelecidos pela ASO no âmbito do Rali Paris-Dakar (TSO ex-Thierry Sabine Organization)", decidindo, por isso, pelo seu cancelamento.
Apesar das informações serem escassas, não havendo, inclusivamente, qualquer informação a este respeito no site oficial do Africa Race, o AutoSport conseguiu apurar junto de fonte ligação à Organização (a XRPM) que na base desta decisão estaria um documento assinado pelo próprio Hubert Auriol, na altura em que abandonou a TSO, em que este se comprometia a não organizar qualquer competição que concorresse directamente com o Dakar, como seria agora o caso do Africa Race, projecto em que se empenhou pessoalmente após a decisão da ASO em abandonar o continente africano rumo à América do Sul.

Hubert Auriol saiu da organização

Sem perder tempo e determinado em levar a sua corrida por diante, Hubert Auriol anunciou de imediato que se retira da organização do Africa Race: "A decisão do Tribunal reporta-se a uma única pessoa, pelo que saio para não comprometer o normal desenrolar da corrida", declarou o antigo director e triplo vencedor do Dakar.

Assim, e a acreditar que o diferendo judicial estará mesmo resolvido, a primeira edição do Africa Race prosseguirá tal e qual estava definida anteriormente, iniciando-se esta quarta-feira em Marrocos.

No total, 11 dias de corrida em pleno deserto africano e mais de quatro mil quilómetros de especiais, intercalados por uma jornada de repouso em Agadir. Delineado por René Metge e José-Maria Servia, o percurso recriará, invevitavelmente, a espinha dorsal do antigo Dakar, percorrendo as pistas de Marrocos, da Mauritânia e do Senegal, estando a chegada agendada para a sua emblemática capital, a 10 de Janeiro próximo.
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ANTEVISÃO 2009: Todo-o-Terreno com o melhor cartaz de todos

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Longe de conseguir escapar ao espectro de crise generalizada, o Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno de 2009 perfila-se, ainda assim, como um dos mais interessantes e aguardados dos últimos anos, apresentando, quiçá, o melhor e mais rico cartaz de todas as competições tutelas pela FPAK.
ANTEVISÃO 2009: Todo-o-Terreno com o melhor cartaz de todos -

A par da reedição do duelo que marcou a última temporada, opondo o agora Campeão Nacional em título, Filipe Campos, e o Vice-Campeão Miguel Barbosa, logo com a curiosidade de ambos disporem de carros iguais, o potente BMW X3, junta-se, ainda, o prometido regresso de Carlos Sousa ao plano nacional, por sinal, noutro BMW X3 com o selo de qualidade da alemã X-Raid, em época que comemora 20 anos de carreira. "Espero apresentar o projecto em breve, faltando apenas concluir alguns pormenores com os meus patrocinadores. Tenho um palmarés muito vasto e não considero uma despromoção voltar a este circuito.

Na realidade, entre ficar em casa e regressar ao Campeonato Nacional, a minha opção foi claramente para a segunda. Já tenho saudades da competição, do público e de andar na frente, embora esteja seguro de vou ganhar umas corridas e perder outras", justificou o piloto de Almada, único piloto português a exibir quatro títulos absolutos no seu palmarés, sendo agora o segundo piloto mais vitorioso (18) em todo o historial da competição, atrás do novo recordista Miguel Barbosa (19).
Aliás, e se dúvidas ainda houvesse quanto à qualidade e experiência deste trio, bastaria lembrar que, juntos, Carlos Sousa, Filipe Campos e Miguel Barbosa somam nada menos do que nove títulos absolutos e 37 vitórias à geral ao nível do CPTT.

Segunda linha enfraquecida

Adivinhando-se que mais ninguém ousará intrometer-se nesta luta de gigantes em 2009, resta analisar o que nos poderá reservar a segunda e, regra geral, mais alargada linha de potenciais candidatos aos lugares pontuáveis, para já enfranquecida com a saída de João Ramos e do seu Toyota RAV4, com o piloto de Vila Nova de Gaia a optar por redirecionar o seu projecto para o Campeonato de Clássicos 1300, através do recuperado Starlet de Grupo 2, ex-equipa oficial Salvador Caetano.

Terceiro classificado do último campeonato, Pedro Grancha mantém ainda a dúvida sobre a sua participação em 2009. "Existem vários cenários em cima da mesa, mas qualquer um deles ainda aberto", explicou o piloto de Cascais, que tanto admite parar, por falta de apoios, como vir a realizar, apenas, um mini-programa no Nacional com a sul-africana Nissan Navara. Presença pontual em 2008, Pedro Gameiro é outros dos pilotos que já fez saber que estará ausente do CPTT no próximo ano, tendo inclusivamente à venda a Nissan Pick Up ex-Marc Blazquez, com Nelson Clemente a ser um dos principais interessados na sua compra. O Campeão Nacional de T2 assume, desta forma, que não defenderá o título em 2009, tendo já inclusivamente vendido a Nissan Pathfinder ao seu colega no Team BP Ultimate, Jorge Plácido Simões.

E por falar na categoria T2, será novamente a aposta de Edgar Condenso (Isuzu D-Max), Francisco Esperto (em carro novo), Pedro Silva Nunes (Mitsubishi Pajero DiD) e, em estreia, também de Nuno Matos, o Bicampeão Nacional de T8, que em 2009 troca o limitado Nissan Terrano II pela Isuzu D-Max com que Rui Sousa venceu esta categoria na Taça FIA de Bajas.

Paulo Martins de regresso

Em contraponto às muitas saídas que se anunciam, Miguel Farrajota deu já como certa a sua presença no próximo campeonato, onde voltará a evoluir o bem preparado DePieres Proto RAV4. A outra boa notícia vem também do Algarve, já que após um ano de paragem e uma bem sucedida incursão pelo vizinho Challenge Nissan, Paulo Martins regressa ao plano caseiro com a sua antiga (e agora evoluída) Nissan Pick Up, preparada e assistida pela MRacing de Manuel Russo.

Desafio Elf/Mazda

Referência obrigatória, ainda, para a segunda edição do Desafio Elf/Mazda, iniciativa que em 2009 apresentará mais e melhores prémios, um novo esquema de pontuação (igual ao do CPTT), um limite máximo de 15 pilotos e a obrigatoriedade de utilização de motores Mazda. O calendário será composto por seis provas, cinco incluídas no calendário do CPTT e a última nas tradicionais 24 Horas TT de Fronteira.

Calendário com as mesmas oito provas

Excepção feita ao seu esacalonamento, o calendário do CPTT mantém as mesmas oito provas dos últimos anos, iniciando-se agora um pouco mais cedo do que é habitual mas de novo em Reguengos de Monsaraz, com o rebaptizado Eervideira Rali TT. Principais notas de nota para o facto da algarvia Baja Terras d'el Rei ser apenas a terceira etapa do calendário e o mundialista Vodafone Rali Transibérico se disputar apenas em Junho, passando a Baja de Monchique para Maio. Igual a 2008 só mesmo a recta final, com as tradicionais deslocações a Beja, Castelo Branco e Portalegre, respectivamente.

Data Prova Organizador

21.22/02 Ervideira Rali TT 2009 Soc. Art. Reguenguense
21.22/03 Rali TT Serras do Norte Motor Clube Guimarães
18.19/04 Baja Terras d'el Rei Clube Aut. Algarve
23.24/05 Baja TT Serra de Monchique Clube Aut. Algarve
15.21/06 Vodafone Rali Transibérico ACP
05.06/09 Baja TT Cidade de Beja Clube Beja TT
26.27/09 Rali TT FAMO Castelo Branco Esc. Castelo Branco
22.25/10 Baja Portalegre 500 ACP


O que é novo no regulamento

- A atribuição de pontuações-bónus para efeitos de Campeonato Absoluto deixa de ser um exclusivo do Rali Vodafone Transibérico, alargando-se também às bajas Terras d'el Rei e Portalegre 500, estas com um peso inferior;

- Os concorrentes inscritos no CPTT que se classifiquem a partir do nono lugar (inclusive) em cada prova passam a somar um ponto para o Campeonato Absoluto, mantendo-se igual o tradicional esquema para os oito primeiros;

- Ao nível dos agrupamentos (T1, T2 e T8), serão agora retiradas cinco pontuações possíveis no Transibérico (no final de cada etapa) e duas nas bajas Terras d'el Rei e Portalegre 500, aproveitando-se no final do ano apenas as dez melhores pontuações.AS
 

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Out of Africa

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Pelas razões que todos conhecem, o Dakar vai mudar radicalmente de cenário em 2009, abandonando o instável continente africano, cruzando o oceano e fixando-se, pela primeira vez em 31 anos, na América do Sul. A aventura, todos reconhecem, será diferente. Mas os ingredientes, garante a Organização, serão os mesmos de sempre...
Out of Africa -

Dolorosa decisão... Após 30 anos de uma frutuosa e privilegiada relação com África, o Dakar vira às costas ao continente que o viu nascer, crescer e afirmar-se como o maior e mais mediático rali do mundo.

Ideia vanguardista em 1979, o certo é que a inspiração de Thierry Sabine permitiu o encontro de dois mundos quase paradoxais. De um lado, motos, carros e camiões pilotados por homens e mulheres vindos dos quatro quantos do mundo. Do outro, África e o seu imenso deserto, as suas pitorescas aldeias e densas florestas. O seu charme não tardou em produzir efeitos a todos os que estavam dispostos a ouvir este continente. Thierry Sabine chamou-lhe o choque de opostos. Aqueles que o seguiram na primeira rota compreenderam-no de forma privilegiada e única, pois tratava-se ainda de uma aventura essencialmente humana, do gosto por um continente desconhecido.

Mesmo passado o efeito de estupefacção dos primeiros anos, criou-se uma ligação afectiva entre as duas partes, às vezes difícil e mal compreendida, mas definitivamente mais madura. Aliás, só assim se compreendia que, ao longo destes 30 anos, o Dakar tivesse sobrevivido a tudo. À morte do seu criador, aos trágicos acidentes envolvendo concorrentes, às pistas do Níger e da Argélia, ao deserto do Ténéré, às minias que explodiam em Marrocos, às guerrilhas armadas e ao banditismo, aos conflitos regionais nos países límitrofes, às pressões ambientalistas, à supressão de etapas, até mesmo a uma gigasntesca ponte aérea que parou o rali durante cinco dias. A tudo o Dakar tinha resistido. Às vezes tremendo, é certo, mas nunca se vergando.

O fim... e o início

Este ano, porém, a um dia apenas de largar de Lisboa, o terrorismo falou mais alto e o Dakar sucimbiu, pela primeira vez, à guerra do medo, deixando a nu todas as fragilidades de uma prova que, por estar altamente mediatizada e exposta ao mundo, se tornou num alvo demasiado fácil de todas as atenções e ameaças. Aberto este perigoso precedente, logo houve quem prognosticasse o fim do Dakar ou, pelo menos, o início de uma nova era, com a passagem da prova para um novo e mais pacífico continente. Da desilusão à... esperança, passaram-se pouco mais de quatro meses, o tempo suficiente para a que a Organização conseguisse colocar de pé um rali que voltasse a seduzir uma caravana maioritariamente desconfiada mas, ainda assim, sedenta de novos desafios.

Após mais de 100 dias de reconhecimentos, o convite podia então ser formalmente feito: "Convidamos os concorrentes a testarem as suas capacidades num Dakar a 100 por cento, com 5.650 km de especiais, incluídas num percurso de 9.578 km", desafiou Etienne Lavigne na apresentação do Argentina-Chile 2009. "Dunas, 'fesch-fesch', pistas a perder de vista, montanhas... Enfim, todos os ingredientes para lembrar aos competidores de como será difícil chegar a Buenos Aires no dia 17 de Janeiro. As planiícies da Patagónia, o deserto de Atacama, a passagem pela Cordilheira dos Andes, em pleno Verão austral, constuirão o enquadramento ideal para pôr à prova a resistência de todos os pilotos inscritos neste Dakar 2009", pormenorizou na altura.

Novo cenário

Assim, e pela primeira vez em 31 anos, o Dakar muda de cenário, abandonando o instável continente africano para se fixar na América do Sul, percorrendo as pistas da Argentina e do Chile. Director desportivo do Dakar, David Castera (38 anos) explica o que podem esperar os concorrentes a partir do próximo dia 3 de Janeiro: "Desde logo, uma grande variedade de terrenos e paisagens, com pistas que, no global, serão muito menos massacrantes e perigosas do que aquelas que estavam habituados a encontrar em África. Mas isso não signifique um percurso mais fácil ou acessível para os amadores. Na verdade, este será um Dakar tão ou mais exigente do ponto de vista físico do que os anteriores disputados em África, estando garantida a mesma percentagem de dunas que em anos anteriores e, dado novo, a altitude", avisou o antigo motard espanhol, antevendo já a massacrante passagem pela Cordilheira dos Andes.

De resto, salienta o mesmo responsável, "conseguimos um outro feito marcante, que foi reduzir ao máximo as ligações, de tal forma que dois terços do percurso correspondem a especiais, para uma média de 400 a 500 km diários".

Ainda de acordo com Castera, "a especial entre Copiado e Fambela (a 14 de Janeiro) será a mais marcante desta edição. Não tanto pela sua distância (215 km) ou dureza, mas por ser incontestavelmente a mais majestosa em termos de paisagens, marcando o regresso da caravana à Argentina, num percurso que inclui uma passagem, já em ligação, a 4.700m de altitude".

Ementa variada

Maioritariamente disputado na Argentina, o Dakar 2009 terá a sua partida em Buenos Aires, na madrugada de sábado, 3 de Janeiro, sendo os competidores brindados logo com uma especial de 371 km, maioritariamente em planície. Os primeiros trechos de areia surgirão a caminho do resort de Puerto Madryn, junto ao Atlântico Sul. A partir daí, a rota seguirá para Oeste através das rápidas e técnicas pistas da Patagónia, já com a Cordilheira dos Andes no horizonte.

Logo após cruzarem a fronteira com o Chile, os concorrentes terão direito ao seu dia de descanso (10 de Janeiro), no histórico porto chileno de Valparaiso, mas já com toda a atenção focada no que irá acontecer a partir do dia seguinte, com a entrada no deserto de Atacama, considerado o mais árido de todo o planeta, e depois o regresso aos Andes e à Argentina. Após uma paragem em Cordoba, segunda maior cidade do país das Pampas, o percurso terminará tal como começou, aa capital Buenos Aires, no domingo, dia 18 de Janeiro.

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530 concorrentes de 49 nacionalidades

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A primeira edição sul-americana do Dakar será disputada por 530 equipas em representação de 49 nacionalidades diferentes, distribuídas por 230 motos, 30 quads, 182 automóveis e 82 camiões. Sem surpressa, os concorrentes europeus estão em maioria, representando quase 80 por cento do pelotão, mesmo numa edição em que estiveram sujeitos a um esforço logístico sem precedentes, a começar logo pelo embarque das respectivas viaturas a um mês da partida, no porto francês de Le Havre.

Em todo o caso, Portugal viu o seu contingente ser drasticamente reduzido, sobretudo em compração com as últimas três edições, quando a prova arrancava de Lisboa. Assim, e após várias desistências de última hora, entre elas as de Carlos Sousa, Miguel Barbosa, Paulo Marques ou Ruben Faria, seguem viagem apenas 13 equipas (seis nos automóveis, outras seis nas motos e uma nos camiões).

Propondo uma cobertura mediática sem precedentes, a prova será transmitida para 189 países e coberta por 80 canais de televisão, 125 jornalistas acreditados e um site oficial (disponível em quatro línguas) que em 2007 teve mais de 44 milhões de visitas.

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"Será um ano marcado pela descoberta"

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Há sensivelmente um ano, em Lisboa, Etienne Lavigne foi o porta-voz da mais triste e difícil notícia dada por qualquer Organização do Dakar. Um dia antes da sua partida oficial, pilotos, equipas e jornalistas foram convocados para uma conferência de imprensa extraordinária no auditório principal do Centro Cultural de Belém.

Alguns minutos depois do meia-dia de sexta-feira, o director do Dakar entrava cabisbaixo numa sala apinhada de gente para divulgar aquilo que já muitos adivinhavam desde a noite anterior: "Tenho uma triste notícia para vos dar: Infelizmente, o Lisboa-Dakar 2008 não arrancará. Tendo em conta as actuais situações de tensão política a nível internacional e, acima de tudo, as ameaças directas lanaçadas contra a prova, a ASO não pode tomar outra decisão que não seja a sua anulação. Peço, contudo, que acreditem que o Dakar se mantém. E marcamos já encontro para 2009".

Pois bem, apenas alguns meses volvidos, a ASO cumpre a promessa e propõe a todos um novo e aliciante desafio, lançando o primeiro Dakar da história disputado na América do Sul. "Contrariamente ao que alguns prognosticaram, foram muitos os que responderam ao nosso apelo e decidiram descobrir este novo território", congratulou-se Etienne Lavigne. "Se o Dakar existe é, antes de mais, pelo desejo de descoberta e capacidade de adaptação ao desconhecido. Ao atravessamos o oceano em 2009, pelas razões que todos conhecem, o rali presta-se a uma nova experiência, mantendo-se, porém, fiel aos seus princípios e valores. 100 por cento Dakar é o desafio proposto pelos organizadores, sempre com uma ideia em mente: uma aventura humana, uma aventura extrema", completou Etienne Lavigne.AS
 

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Quem se estreia a vencer num diesel?

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Até hoje, nunca ninguém venceu o Dakar ao volante de um carro equipado com motor diesel... A Volkswagen bem que o tentou nas últimas edições, chegando a estar muito perto de o conseguir em 2007, quando venceu dez das 14 etapas e liderou mais de metade da prova.
Quem se estreia a vencer num diesel? -

Contudo, e a exemplo do que já tinha sucedido em 2006, a equipal liderada por Kris Nissen voltaria a ser surpreendida na recta final pela maior regularidade e fiabilidade dos Pajero Evolution a gasolina, imbatíveis já desde 2001...

Agora, em 2009, a história promete ser diferente, na medida em que a Mitsubishi concretiza a sua passagem para a categoria diesel, colocando um ponto final na dinastia Pajero e estreando o Racing Lancer montado com o potente turbodiesel V6 de 3 litros. Neste contexto, é ponto assente que na América do Sul se escreverá uma página histórica na corrida dos automóveis...AAS
 

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Racing Lancer em dupla estreia

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Colocando um ponto final na longa e bem sucedida dinastia Pajero (1983 a 2003) e Pajero Evolution (2004 a 2008), a Mitsubishi concretiza no próximo Dakar a entrada na categoria diesel, onde já concorriam VW e X-Raid, e a passagem para o novo Racing Lancer, equipado com o potente V6 turbo diesel de 3 litros e estreado mundialmente na última Baja 500 Portalegre.

Recordista de vitórias na prova (12 desde que se estreou em 1983) e imbatível já desde 2001, a marca japonesa persegue agora um primeiro e inédito triunfo de um carro com propulsor diesel, no que promete ser o maior e mais aliciante desafio alguma vez colocado à liderança de Dominique Serieys.

Cuidosamente preparada desde Abril de 2006, esta dupla transição - de modelo e motorização - é encarada, apesar de tudo, com uma dose moderada de optimismo, quer pela maior experiência das equipas rivais na utilização deste tipo de motorização, quer também pela própria juventude deste projecto.

Nove vezes vencedor do Dakar (seis em moto e três em automóvel) e a apenas um sucesso de igualar o histórico recorde Ari Vatanen nos automóveis, Stéphane Peterhansel é o primeiro a reconhecer isso mesmo: "É evidente que não vai ser fácil bater a concorrência logo neste primeiro ano. Em todo o caso, estamos todos muito motivados e confiantes no potencial deste novo carro e acredito que poderemos vir a surpreender pela fiabilidade, nem que para isso seja necessário sacrificar alguma performance, como, aliás, tem sido sempre a imagem de marca da Mitsubishi", analisou o francês, que voltará a ter como colegas de equipa o compatriota Luc Alphand (vencedor em 2006 e segundo em 2005 e 2007),

O veterano japonês Hiroshi Masuoka (já com duas vitórias no seu palmarés, em 2002 e 2003) e o espanhol Joan "Nani" Roma (com um único triunfo, em 2004, mas nas duas rodas), num quarteto que se mantém inalterado já desde 2005.AS
 

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"Defender o título"

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Director desportivo da Mitsubishi e o grande estratega da equipa, Dominique Serieys espera "nada menos do que um pódio" neste próximo Dakar, embora garantindo que "o grande objectivo é sair da América do Sul com uma vitória."

"Investimos muito neste projecto e tudo vamos fazer para defender o título. É claro que não vai ser fácil, até porque esta será a primeira vez que competiremos num Dakar inseridos na categoria diesel. Mas após sete vitórias consecutivas, este era o momento certo para tentarmos um novo desafio", admitiu. A vitória na última Baja de Portalegre foi, como refere, "encorajadora, mas em nada se poderá comparar ao desafio que agora nos espera."

"A experiência neste tipo de prova é vital, tal como a estratégia montada por cada equipa, pelo que estou convencido que vamos desempenhar um papel importante neste Dakar. Os nossos pilotos estão cientes disso e posso garantir que vão partir mais determinados do que nunca".AS
 

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Volkswagen no ano do tudo ou nada

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Após quatro tentativas falhadas, aí o está o ano do tudo ou nada para os "azuis" da Volkswagen, o construtor que há mais tempo persegue uma primeira vitória de um carro de motorização diesel no Dakar.

Terceira em 2005, segunda em 2006 e... quase vencedora em 2007, a equipa liderada por Kriss Nissen viaja para a América do Sul mais determinada do que nunca em acabar com a malapata e provar todo o potencial do Race Touareg 2, cujo primeiro sucesso teve precisamente por palco a Argentina, por ocasião Por las Pampas Rally de 2005. Aliás, se os números fossem tudo, não teríamos dúvidas em afirmar que a Volkswagen parte para este Dakar como a principal favorita, contabilizando nove triunfos à geral (dois deles já este ano, na Hungria e no Brasil) e 29 pódios em 24 corridas disputadas, além de 20 vitórias em etapas do Dakar e 17 dias na liderança, tudo isto em apenas quatro anos! Por tudo isto, apetece dizer que à VW tem faltado apenas ser infalível, faltando-lhe por vezes em fiabilidade o que lhe sobra em pura performance.

A pensar nisso mesmo, e sob o lema "evoluir, não revolucionar", a equipa deu este ano especial atenção aos detalhes, num processo de revisão meticuloso que levou os seus engenheiros a optimizar alguns pontos-chave, como a suspensão traseira, a gestão do motor em altitude (onde o ar rarafeito implica perdas de potência na ordem dos 20 por cento), a ergonomia do habitáculo e, não menos importante, o conforto e a visibilidade dos pilotos.

E por falar em pilotos, também aqui a aposta se mantém inalterada face ao anulado Lisboa-Dakar 2008, com o quarteto oficial composto por Carlos Sainz, Giniel de Villiers, Mark Miller e Dieter Depping. Figura incontornável do automobilismo mundial, o espanhol arranca em 2009 para o seu terceiro Dakar, logo num terreno de que guarda óptimas recordações, por três vezes vencendo a etapa argentina pontuável para o Campeonato do Mundo de Ralis, em 1992, 2002 e 2004: "Será quase como regressar à minha segunda casa. Nunca como ali senti tanta paixão pelo desporto motorizado. Aliás, estou certo que toda a caravana vai ficar surpreendida com o entusiasmo do público local". Quanto à prova, o madrileno espera "um evento muito duro e onde ninguém poderá tirar partido de experiências anteriores. Estou convencido que este será um Dakar fantástico, e nada seria melhor para mim do que obter a primeira vitória neste terreno com a Volkswagen".AS
 

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"Estamos em condições de vencer"

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À frente dos destinos da equipa Volkswagen Motorsport desde 2003, Kris Nissen sabe que terá nesta edição uma soberana oportunidade interromper o ciclo vitorioroso da Mitsubishi, tirando partindo da juventude dos Racing Lancer e impondo a suposta maior fiabilidade dos Race Touareg 2, restando apenas a dúvida se a VW será capaz de resistir à pressão de partir como a grande favorita.

"Na equipa, toda a gente sabe que somos suficientes fortes para atingir esse objectivo. O Dakar está mais competitivo do que nunca, mas a verdade é que nunca estivemos tão bem preparados para enfrentar este desafio, o maior que a VW já assumiu, mesmo sendo ele na América do Sul. Mas depois de duas vitórias em três provas diputadas em 2008, pensamos que estamos em condições de vencer o Dakar", analisou o dinamarquês.
 

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Candidatura assumida na BMW

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Mais do que arbitrar o previsível e esperado duelo entre a Mitsubishi e a Volkswagen, a equipa X-Raid aborda este próximo Dakar como a prova do "tudo ou nada", assumindo que chegou a hora de assumir, sem reservas, uma candidatura à vitória na corrida dos automóveis. Face ao conhecido potencial competitivo do BMW X3 Cross Country - logo evoluído ao nível da distribuição de peso, "set-up" das suspenseões e refrigeração dos travões - e ao talento e rapidez de Nasser Al-Attiyah, bem podem partir apreensivas as poderosas equipas de fábrica.

Sexto classificado em 2007 e ainda a caminho do seu quinto Dakar, Al-Attiyah é o piloto em quem recaem todas as esperanças da equipa fundada e dirigida por Seven Quandt. O piloto dos Emiratos Árabes Unidos protagonizou uma última temporada verdadeiramente memorável, sagrando-se duplo vencedor da Taça do Mundo de Todo-o-Terreno e Taça Internacional de Bajas, triunfando em quatro das cinco bajas em que participou.

"Ganhar será o único resultado possível para mim. Aprendemos muito com os erros do passado e os últimos resultados falam por si", avisa o "árabe voador", chefe-de-fila de uma equipa algo desequilibrada em termos de valores, já que ao rápido e impetuoso Guerlain Chichérit se juntam, em estreia absoluta na prova e compensando as renúncias de Carlos Sousa e Miguel Barbosa, os holandeses Peter van Maksteijn, piloto e proprietário da equipa Van Merksteijn Motorsport - vencedora das 24 Horas de Le Mans, na classe LMP2, com um Porsche RS Spyder -, e Rene Kuipers, piloto de ralis no campeonato local e com algumas participações pontuais no WRC. Com estatuto de pilotos-clientes, completam ainda o "line-up" da X-Raid o argentino Orlando Terranova e o russo Leonid Novitskiy.AS
 

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"2009 vai ser o ano da X-Raid"

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Após um ano memorável para a X-Raid, Sven Quandt não faz a coisa por menos ao antever o próximo Dakar: "Desta vez, é mesmo para ganhar. Percorremos um longo caminho, desde a estreia do X5 até à passagem para o actual X3 Cross Country. Não quisemos saltar etapas e definimos sempre os objectivos com base no conhecimento que temos da nossa equipa, dos nossos pilotos e, logicamente, também dos adversários."

"Contudo, pensámos que atingimos agora um nível que nos permite assumir esta candidatura formal. 2009 vai ser o ano da X-Raid", assegura o alemão. De resto, numa análise às características do percurso, o mesmo responsável não tem dúvidas em considerar que "vai ser uma prova muito ao jeito dos pilotos de ralis e muito diferente ao que estávamos habituados em África. Por isso, reparto o meu favorotismo pelo Nasser (Attiyah) e pelo Carlos Sainz".AS
 

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27º Dakar para o Team Dessoude

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Desta vez sem portugueses incluídos na sua estrutura, o Team Dessoude prepara-se para aquele que será o seu 27º Dakar, tendo em Christian Lavieille, ao volante do Proto Dessoude 05 ex-Miguel Barbosa, o seu principal ponta-de-lança.

Duplo vencedor do Rali dos Faraós, o francês estipula como objectivo um lugar no "top ten". Igualmente incluído na categoria T1, mas num Nissan Proto 03, estará o russo Pavel Loginov. Ao nível do T2, o estreante Fréderic Chavigny fará companhia ao experiente Jean-Pierre Strugo, já a caminho do seu 25º Dakar, ambos ao volante dos fiáveis Nissan Pathfinder.
 
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