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Um homem racional

xatux

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Embora as incríveis injustiças e actos cruéis praticados na época das perseguições às bruxas não viessem a terminar antes do século XVIII, houve uma voz racional – e literária – que se ergueu no século XVI contra a loucura desta perseguição. Foi em 1584 que Reginald Scot, fidalgo rural do Kent, publicou um livro, Discoverie of Witchcraft, que denunciava claramente os julgamentos de bruxas como sendo irracionais e baseados em interpretações falseadas do Demónio e seus poderes.

Crê-se que a obra de Scot representa em parte uma reacção contra o famoso julgamento realizado em St. Osyth, Inglaterra, em 1582, durante o qual 14 mulheres foram acusadas e 2 mortas com base no testemunho de crianças. O ataque movido por Scot, simultaneamente racional e trocista, de tal modo irritou o rei Jaime I que em 1603 o monarca ordenou que fossem destruidos todos os exemplares de Discoverie of Witchcraft. Só em 1651 apareceu uma segunda edição da obra. Atribui-se-lhe o mérito de ter inspirado Shakespeare na criação das suas bruxas em Macbeth. O conhecido historiador Henry C. Lea escreveu que Discoverie tem a honra de ser a primeira das obras controversas que negou resolutamente a realidade da bruxaria e do poder do Demónio.

 
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