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Quando se despediu das actividades musicais, em 1988, pensou que seria para sempre. Mas não. Fernando Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra (UC) e membro fundador da Brigada Victor Jara, está de volta às canções com "Hoje", disco que também é livro.
Seabra Santos vem desenvolvendo há alguns anos este trabalho, que conta com interpretações de Camané, Sérgio Godinho, Cristina Branco, Paula Oliveira e Martinho da Vila, entre outros. Se, durante quase uma década, interrompeu as actividades musicais para se dedicar inteiramente à vida académica, a partir de 1997, foi "sentindo necessidade de pegar na viola" e ir fazendo "uns temas. Com mais intensidade nos últimos dois anos, em que percebi que tinha um conjunto de material que poderia aproveitar para produzir um CD. E foi o tempo de me convencer a mim mesmo de que não havia razão para não o fazer", explicou.
Algo mais pesou na decisão: "Nesta fase do meu segundo mandato de reitor da UC, a sensação de poder fazer coisas sem ter de encontrar grandes explicações para elas - apenas porque apetece". Mas desengane-se quem espera ver Seabra Santos debruçado, agora mais completamente, sobre a música. "Se for para continuar - e nem isso tenho como adquirido -, há-de ser sempre uma actividade secundária", garantiu.
Variedade estética
O álbum é constituído por 13 temas e 14 interpretações e inclui, também, a participação de Luís Represas, Filipa Pais, Manuel Freire e Vitorino, bem como de três coros: o Orfeon Académico de Coimbra, o Coro Misto da Universidade de Coimbra e o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra. Surge acompanhado de um livro com fotografias de António Pires, letras e notas biográficas alusivas aos participantes.
"Fiquei muito contente por ter conseguido reunir este conjunto de intérpretes de grande qualidade. Todos eles me deram, imediatamente, uma resposta positiva", referiu Seabra Santos, adiantando que o próximo passo é "tentar pôr esta gente toda em palco, em Janeiro". Assim o permitam as agendas.
Sobre o nome do trabalho, diz Seabra Santos: "Este "Hoje" resulta da canção que penso que marca a charneira entre duas partes do disco e que concentra, em boa medida, a mensagem - se é que tem que haver uma - que procuro transmitir e que resulta da vontade de ser capaz de viver com intensidade cada momento que nos é dado". E este é um álbum intenso? "Um álbum é sempre um álbum diferente para cada pessoa que o ouve", responde o autor, que fala num "conjunto de temas com ritmos variados", que podem tocar o fado, o tango, o rock, o jazz, a balada.
Seabra Santos conseguiu conciliar o cargo de reitor com a criação artística. "É uma questão de fazermos aquilo que é importante nas nossas vidas", observou o autor das músicas e das letras de "Hoje". "Trabalhei imensamente como reitor e trabalhei muito para além daquilo que me seria estritamente exigido, mas foi e é uma função que me entusiasma. O dia tem 24 horas, a semana tem sete dias e, habituado como estou a não ter feriados nem fins-de-semana, muitas vezes passados ao serviço da Universidade, em representação, sobretudo, acaba por se encontrar tempo para tudo".
"Foi um prazer" participar em "Hoje", disseram, ao JN, Cristina Branco e Camané. "Gostei imenso dos temas e das pessoas", referiu ele. Paula Oliveira, por seu lado, falou num "feliz encontro" e aproveitou para destacar "o enorme bom gosto na escolha das pessoas" que integram o projecto: "Dali só poderia resultar um produto muitíssimo bom".
Jornal de notícias
Seabra Santos vem desenvolvendo há alguns anos este trabalho, que conta com interpretações de Camané, Sérgio Godinho, Cristina Branco, Paula Oliveira e Martinho da Vila, entre outros. Se, durante quase uma década, interrompeu as actividades musicais para se dedicar inteiramente à vida académica, a partir de 1997, foi "sentindo necessidade de pegar na viola" e ir fazendo "uns temas. Com mais intensidade nos últimos dois anos, em que percebi que tinha um conjunto de material que poderia aproveitar para produzir um CD. E foi o tempo de me convencer a mim mesmo de que não havia razão para não o fazer", explicou.
Algo mais pesou na decisão: "Nesta fase do meu segundo mandato de reitor da UC, a sensação de poder fazer coisas sem ter de encontrar grandes explicações para elas - apenas porque apetece". Mas desengane-se quem espera ver Seabra Santos debruçado, agora mais completamente, sobre a música. "Se for para continuar - e nem isso tenho como adquirido -, há-de ser sempre uma actividade secundária", garantiu.
Variedade estética
O álbum é constituído por 13 temas e 14 interpretações e inclui, também, a participação de Luís Represas, Filipa Pais, Manuel Freire e Vitorino, bem como de três coros: o Orfeon Académico de Coimbra, o Coro Misto da Universidade de Coimbra e o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra. Surge acompanhado de um livro com fotografias de António Pires, letras e notas biográficas alusivas aos participantes.
"Fiquei muito contente por ter conseguido reunir este conjunto de intérpretes de grande qualidade. Todos eles me deram, imediatamente, uma resposta positiva", referiu Seabra Santos, adiantando que o próximo passo é "tentar pôr esta gente toda em palco, em Janeiro". Assim o permitam as agendas.
Sobre o nome do trabalho, diz Seabra Santos: "Este "Hoje" resulta da canção que penso que marca a charneira entre duas partes do disco e que concentra, em boa medida, a mensagem - se é que tem que haver uma - que procuro transmitir e que resulta da vontade de ser capaz de viver com intensidade cada momento que nos é dado". E este é um álbum intenso? "Um álbum é sempre um álbum diferente para cada pessoa que o ouve", responde o autor, que fala num "conjunto de temas com ritmos variados", que podem tocar o fado, o tango, o rock, o jazz, a balada.
Seabra Santos conseguiu conciliar o cargo de reitor com a criação artística. "É uma questão de fazermos aquilo que é importante nas nossas vidas", observou o autor das músicas e das letras de "Hoje". "Trabalhei imensamente como reitor e trabalhei muito para além daquilo que me seria estritamente exigido, mas foi e é uma função que me entusiasma. O dia tem 24 horas, a semana tem sete dias e, habituado como estou a não ter feriados nem fins-de-semana, muitas vezes passados ao serviço da Universidade, em representação, sobretudo, acaba por se encontrar tempo para tudo".
"Foi um prazer" participar em "Hoje", disseram, ao JN, Cristina Branco e Camané. "Gostei imenso dos temas e das pessoas", referiu ele. Paula Oliveira, por seu lado, falou num "feliz encontro" e aproveitou para destacar "o enorme bom gosto na escolha das pessoas" que integram o projecto: "Dali só poderia resultar um produto muitíssimo bom".
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