kokas
GF Ouro
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,723
- Gostos Recebidos
- 3
Sérgio Silva tem uma história tocante. Depois de ter recebido dez mil euros através do programa da RTP, espera conseguir mudar de vida.
Sérgio Silva, de 36 anos, deixou o país emocionado com a sua história. Participou no programa ‘Quem quer ser Milionário’ da RTP e, sem estudos, respondeu a todas as perguntas com destreza, à exceção de uma, o que fez baixar o prémio de 100 mil euros para 10 mil euros.
Apelidado de ‘génio’ nas redes sociais, Sérgio está desempregado há anos e não consegue arranjar emprego. Agora, a sua história parece estar a mudar.Ao Jornal de Notícias contou que vive com 178 euros por mês, cuida do primo autista e da mãe, que está doente e num lar. A decisão de abandonar os estudos aconteceu depois de ter sofrido um acidente de mota.Todos os dias, Sérgio tem uma rotina. "Cuido do miúdo, tomo a minha medicação – porque tenho uma doença rara, chamada neurofibromatose tipo 1, que pode provocar convulsões – à tarde vou ver a minha mãe e depois, quando volto, preparo os tupperwares para ir buscar a comida às carrinhas".Se já passou fome? O concorrente do programa da RTP responde que sim. "Nos primeiros tempos, antes de saber das carrinhas, vivia de enlatados e do que me davam os vizinhos", explica.Dois momentos marcaram bastante a sua vida. "Foram dois de seguida: a morte da minha avó e ter ficado sem casa (uma semana antes do Natal)", relata.Em termos de preparação para o programa, disse à publicação ter sido o Facebook a ajudá-lo. "Andei a jogar dois jogos de perguntas no Facebook, duas ou três vezes por dia, para ganhar aquele treino de reflexo rápido", explica.Depois de ter recebido o prémio de 10 mil euros, já comprou “roupa, sapatos e um computador". "Para o meu primo, comprei um BluRay, para ele ver DVD que gosta e um órgão sintetizador. Paguei dívidas antigas, comprei comida e livros – fiz a coleção toda do José Rodrigues dos Santos!", refere.Entretanto, a sua sorte parece continuar a mudar. “Tive duas propostas de emprego. Ainda ontem me ligaram para fazer traduções, mas era a recibos verdes, pagavam 4 cêntimos por palavra e não ficava com os créditos. Daqui a pouco, vou a uma entrevista na Padaria Portuguesa”, informa.Quando questionado sobre se era capaz de emigrar, Sérgio explicou que se "estivesse sozinho, emigrava". "Mas tenho de tomar conta do miúdo e tenho a minha mãe num lar. Gostava de ir, se estivesse sozinho, mas para um país com uma comunidade portuguesa razoável, como o Luxemburgo ou os Estados Unidos", afirma.No futuro espera deixar de depender do subsídio e diz querer pagar a renda do seu bolso. "Se tiver um contrato a termo certo, fico no quarto, se conseguir um contrato efetivo, aí já vou procurar casa e já tenho outra tranquilidade. Posso até conseguir conciliar com um curso na Universidade Aberta", garante.E deixa um conselho a todos os que se encontrem nesta situação: "Não desistam, vão à luta. Quem está aflito tem é de procurar visibilidade, porque sem uma cunha, não se consegue nada”, termina.
nm
Sérgio Silva, de 36 anos, deixou o país emocionado com a sua história. Participou no programa ‘Quem quer ser Milionário’ da RTP e, sem estudos, respondeu a todas as perguntas com destreza, à exceção de uma, o que fez baixar o prémio de 100 mil euros para 10 mil euros.
Apelidado de ‘génio’ nas redes sociais, Sérgio está desempregado há anos e não consegue arranjar emprego. Agora, a sua história parece estar a mudar.Ao Jornal de Notícias contou que vive com 178 euros por mês, cuida do primo autista e da mãe, que está doente e num lar. A decisão de abandonar os estudos aconteceu depois de ter sofrido um acidente de mota.Todos os dias, Sérgio tem uma rotina. "Cuido do miúdo, tomo a minha medicação – porque tenho uma doença rara, chamada neurofibromatose tipo 1, que pode provocar convulsões – à tarde vou ver a minha mãe e depois, quando volto, preparo os tupperwares para ir buscar a comida às carrinhas".Se já passou fome? O concorrente do programa da RTP responde que sim. "Nos primeiros tempos, antes de saber das carrinhas, vivia de enlatados e do que me davam os vizinhos", explica.Dois momentos marcaram bastante a sua vida. "Foram dois de seguida: a morte da minha avó e ter ficado sem casa (uma semana antes do Natal)", relata.Em termos de preparação para o programa, disse à publicação ter sido o Facebook a ajudá-lo. "Andei a jogar dois jogos de perguntas no Facebook, duas ou três vezes por dia, para ganhar aquele treino de reflexo rápido", explica.Depois de ter recebido o prémio de 10 mil euros, já comprou “roupa, sapatos e um computador". "Para o meu primo, comprei um BluRay, para ele ver DVD que gosta e um órgão sintetizador. Paguei dívidas antigas, comprei comida e livros – fiz a coleção toda do José Rodrigues dos Santos!", refere.Entretanto, a sua sorte parece continuar a mudar. “Tive duas propostas de emprego. Ainda ontem me ligaram para fazer traduções, mas era a recibos verdes, pagavam 4 cêntimos por palavra e não ficava com os créditos. Daqui a pouco, vou a uma entrevista na Padaria Portuguesa”, informa.Quando questionado sobre se era capaz de emigrar, Sérgio explicou que se "estivesse sozinho, emigrava". "Mas tenho de tomar conta do miúdo e tenho a minha mãe num lar. Gostava de ir, se estivesse sozinho, mas para um país com uma comunidade portuguesa razoável, como o Luxemburgo ou os Estados Unidos", afirma.No futuro espera deixar de depender do subsídio e diz querer pagar a renda do seu bolso. "Se tiver um contrato a termo certo, fico no quarto, se conseguir um contrato efetivo, aí já vou procurar casa e já tenho outra tranquilidade. Posso até conseguir conciliar com um curso na Universidade Aberta", garante.E deixa um conselho a todos os que se encontrem nesta situação: "Não desistam, vão à luta. Quem está aflito tem é de procurar visibilidade, porque sem uma cunha, não se consegue nada”, termina.
nm