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Um arrefecimento extremo ocorreu na Europa ocidental há 12.700 anos, antes de o Homem interferir no ambiente. Esta hipótese é fundamentada num estudo feito por geocientistas que estudaram sedimentos de um lago vulcânico situado em territóro alemão.
Os sedimentos, observados com técnicas microscópicas e um "scanner" geoquímico, levaram cientistas de Leibniz, Potsdam e Zurique a afirmar que cerca de 13 mil anos atrás se deu uma viragem no vento e da força deste. Tal terá ocorrido durante apenas um Inverno, mas determinou um brusco arrefecimento por toda a Europa ocidental ao longo de város anos. Até agora, tem prevalecido a tese de que o arrefecimento fora sido provocado apenas por um enfraquecimento da Corrente do Golfo, que traz até nós maior amenidade das temperaturas.
Os sedimentos de zonas lacustres são dos mais utilizados pelos cientistas para fazer a datação de fenómenos naturais (também é usada a técnica de analisar colunas de gelo perfuradas nas proximidades dos pólos). As partículas dos depósitos acabam por funcionar como arquivos geológicos que contam uma história. As novas tecnologias ao dispor dos cientistas ajudam a diminuir as margens de incerteza. A rápida mudança de clima detectada nos vestígios do lago, em Eifel, na Alemanha, terá tido origem numa alteração da circulação atmosférica que se terá combinado com a presença de gelo no mar.
A hipótese colocada por estes cientistas vem indicar que nem sempre as mudanças climáticas precisarão de décadas ou séculos para se impor ao planeta.
JN
04.08.08