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Notícias Viúva de bombeiro que morreu a combater incêndio nas Caldas da Rainha espera por indemnização desde 2022

Roter.Teufel

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Viúva de bombeiro que morreu a combater incêndio nas Caldas da Rainha espera por indemnização desde 2022

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Companhia de seguros recusa realizar pagamento por considerar que morte foi "natural".

A mulher de Carlos Antunes, subchefe dos bombeiros de Óbidos que morreu em agosto de 2022, vítima de um enfarte do miocárdio, enquanto combatia um incêndio nas Caldas da Rainha, espera há quase dois anos pela indemnização devido à morte do marido. Contudo, a companhia de seguros recusa realizar o pagamento por considerar que a morte do homem foi "natural".

Num documento redigido pela Fidelidade à Liga dos Bombeiros, a que o Jornal de Notícias teve acesso, a companhia refere que "a situação participada não é resultante de acidente, uma vez que não sucede de evento externo traumático", acrescentando que a morte não foi causada por "acidente". "Vamos encerrar o processo sem dar lugar a qualquer indemnização", refere ainda o documento.

Ao mesmo jornal, Adélia Antunes, que é bombeira profissional há mais de 20 anos, afirma que o marido morreu "devido ao stress e ao estado de exaustão em que se encontrava, após ter estado envolvido no combate às chamas na Serra da Estrela". Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos, corrobora esta ideia, referindo que o bombeiro morreu por stress. "Vamos avançar para tribunal, pois queremos fazer tudo o que está ao nosso alcance para ajudar a família", acrescenta.

A mulher de Carlos Antunes está, neste momento, a passar por dificuldades financeiras e esperava receber apoio do fundo social da Liga dos Bombeiros Portugueses, mas o presidente, António Nunes, diz que a compensação dada a Adélia está dependente do valor da indemnização.

A 18 de agosto de 2022, o operacional chegou a Landal, local da ocorrência, e preparava-se para esticar a mangueira de uma viatura quando se sentiu mal. Foi socorrido mas as manobras para restaurar o ritmo cardíaco não tiveram sucesso.

Na altura, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assistiu às cerimónias fúnebres, assim como o então ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Correio da Manhã
 
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