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Viver em comunidade na mais antiga ecoaldeia portuguesa

Satpa

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Viver em comunidade na mais antiga ecoaldeia portuguesa

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Habitam em pleno equilíbrio com a Natureza, o outro e o espírito, numa lógica de sustentabilidade e auto-suficiência. Na ecoaldeia de Tamera, perdida nas paisagens alentejanas, na localidade de Monte do Cerro (Odemira), vivem e estudam actualmente 160 pessoas vindas dos quatro cantos do mundo, com o objectivo de desenvolver as chamadas «Aldeias de Pesquisa de Paz e Biótopos de Cura».

São 134 hectares reservados à «investigação e formação de um modo de vida no qual as pessoas estejam outra vez integradas no “Todo da Criação”», explica ao AmbienteOnline Barbara Kovats, coordenadora da equipa da Aldeia Solar de Tamera. Desde 1995 que um grupo de mais de 50 alemães, austríacos e suíços, se mudou para Tamera e fundou a mais antiga ecoaldeia portuguesa.

Na estrada de terra batida que nos guia até lá, a tabuleta de madeira identifica o local como um «Biótopo de Cura». Este conceito, segundo Barbara Kovats, tem a ver com o desenvolvimento de iniciativas nas áreas da tecnologia e abastecimento de energia, da arquitectura sustentável e de práticas de vida espiritual.

Para reforçar os laços comunitários, os habitantes de Tamera começam o dia com uma dança ao ar livre e uma sessão espiritual, em que todos, sentados em círculo, podem exteriorizar sentimentos, pondo de parte eventuais intrigas e cimentando o espírito de entreajuda. «É uma comunidade coabitada por humanos, animais e plantas, onde as suas forças vitais se complementam mutuamente, num espaço que afugenta a desconfiança, o medo e a violência», garante a coordenadora.

As portas das casas não se trancam e os forasteiros são recebidos sempre com um sorriso e uma mão estendida. À hora das refeições, agarram-se as mãos em jeito de agradecimento pela comida que a terra lhes dá. Os tamerianos são assumidamente vegetarianos e praticam uma agricultura de subsistência.

Aldeia Solar busca auto-suficiência

A auto-suficiência em Tamera não é apenas alimentar, é também energética. Nesta aldeia solar pretende-se desenvolver «um modelo habitacional sustentável, ecológica e socialmente, e que pode ser reconstruído em qualquer parte do mundo onde haja sol», declara Barbara Kovats. Para o efeito utiliza-se uma estrutura construída com retalhos de vidro, que reflecte a energia solar para um tanque especial, com um fogão na parte superior, onde o óleo aquecido até 200 graus ou mais é posteriormente armazenado.

O sistema permite aquecer os alimentos confeccionados numa panela de parede dupla para onde o óleo quente flui, e pode ser utilizado durante a noite ou nos dias em que a produção de calor não é suficiente, pela sua capacidade de armazenamento.

No entanto, apesar de ter painéis solares fotovoltaicos e geradores movidos a óleo vegetal espalhados pela propriedade, a ecoaldeia ainda não é energeticamente auto-suficiente. «Faltam financiamentos e investidores interessados em comercializar esta tecnologia home made», lamenta Uli Jung, reponsável pelo projecto.


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GF Prata
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Eu não queria não deve haver tv...
 
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