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Wahel Ghonim, o executivo da Google que foi preso no início dos protestos e libertado na semana passada, teve um papel crucial na nova onda de protestos que culminou na saída de Hosni Mubarak.
Quando a revolta parecia esmorecer, a resposta do movimento popular chegou via satélite, na terça-feira. Wahel Ghonim, o autor da página no Facebook onde foram convocados os primeiros protestos, era entrevistado no canal privado de televisão Dream TV após 11 dias de detenção.
O egípcio de 30 anos, director de marketing da norte-americana Google para o Médio Oriente, tinha estado vendado e mantido sob isolamento, e não soubera da dimensão e impacto dos protestos. Confrontado com as imagens das vítimas da violência, chorou.
«Quero dizer a cada mãe e a cada pai que perdeu um filho que lamento profundamente, mas que isto não é culpa nossa. Isto é culpa de todos aqueles que não querem largar o poder», declarou em lágrimas. Depois, levantou-se e abandonou a transmissão em directo.
No dia seguinte, fez um discurso mobilizador na Praça Tahrir, sendo aclamado como líder não oficial da revolta, perante centenas de milhares de pessoas. Na quarta-feira, os sindicatos engrossaram os protestos com greves que paralisaram peças-chave da economia nacional, como o canal do Suez.
SOL