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Washington anuncia acordo com México sobre partilha de água
México não cumpriu com as obrigações nos termos do tratado, o que levou Donald Trump a ameaçar represálias.
A Administração norte-americana anunciou sexta-feira um acordo sobre a partilha de água com o México, que não cumpriu as obrigações nos termos de um tratado, levando Donald Trump a ameaçar com represálias alfandegárias.
"Os Estados Unidos e o México chegaram hoje a um acordo para cumprir as obrigações atuais em matéria de água para com os agricultores e criadores de gado norte-americanos e para que o México supra o défice de água do Texas, no âmbito do tratado de 1944", indicou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) num comunicado, precisando que o acordo se aplica "ao ciclo atual e ao défice de água do ciclo anterior".
Os dois países vão continuar as discussões para finalizar o plano até ao final de janeiro.
Donald Trump acusou na segunda-feira o México de não respeitar este tratado de partilha de água, que obriga os Estados Unidos a fornecer anualmente 1,85 mil milhões de metros cúbicos (m³) do rio Colorado e o México 432 milhões de m³ do Rio Bravo, que os norte-americanos chamam de "Rio Grande".
O México está muito atrasado nos compromissos. Segundo Washington, o país vizinho acumulou um défice de mais de mil milhões de m³ nos últimos cinco anos.
"Essa violação prejudica gravemente as nossas belas colheitas e nosso gado no Texas", escreveu Donald Trump.
De acordo com USDA, o México concordou em fornecer 250 milhões de m³ de água a partir da próxima semana e recuperar o atraso acumulado.
De acordo com a secretária Brooke Rollins, citada no comunicado, o México forneceu mais água em um ano do que nos quatro anos anteriores combinados.
Este acordo "é um passo na direção certa, mas o Presidente Trump foi muito claro: se o México continuar a não cumprir os compromissos, os Estados Unidos reservam-se o direito de impor taxas alfandegárias de 5% sobre todos os produtos mexicanos" importados para o solo americano.
A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, garantiu estar otimista quanto a um acordo com Donald Trump.
"Temos a firme intenção de fornecer a quantidade de água devida pelos anos anteriores, de acordo com o tratado, e, claro, garantir o abastecimento de água do México", declarou a chefe de Estado, observando, no entanto, que devido ao tamanho dos aquedutos, "não será possível fornecer em muito pouco tempo a quantidade de água" exigida pelo homólogo norte-americano.
Segundo o subsecretário de Estado mexicano para a América do Norte, Roberto Velasco, uma seca excepcional em 2022 e 2023 impediu o México de cumprir as obrigações.
A maior organização agropecuária do México alertou na quinta-feira que fornecer água aos Estados Unidos para evitar tarifas, como propôs o Presidente norte-americano, Donald Trump, provocará "fome" e graves prejuízos económicos em seis estados fronteiriços do país.
"Se entregar a água, estará a colocar em risco a água para consumo humano e, obviamente, a água para produzir [no campo mexicano]", afirmou o presidente do Conselho Nacional Agropecuário (CNA), Jorge Esteve Recolons, citado pela EFE.
O líder do principal organismo que representa o setor agroalimentar do país sustentou que a medida afetaria comunidades e produtores de Tamaulipas, Nuevo León, Coahuila, Chihuahua, Sonora e Baja California, que dependem dos recursos hídricos tanto para o abastecimento básico como para atividades agrícolas.
Correio da Manhã
México não cumpriu com as obrigações nos termos do tratado, o que levou Donald Trump a ameaçar represálias.
A Administração norte-americana anunciou sexta-feira um acordo sobre a partilha de água com o México, que não cumpriu as obrigações nos termos de um tratado, levando Donald Trump a ameaçar com represálias alfandegárias.
"Os Estados Unidos e o México chegaram hoje a um acordo para cumprir as obrigações atuais em matéria de água para com os agricultores e criadores de gado norte-americanos e para que o México supra o défice de água do Texas, no âmbito do tratado de 1944", indicou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) num comunicado, precisando que o acordo se aplica "ao ciclo atual e ao défice de água do ciclo anterior".
Os dois países vão continuar as discussões para finalizar o plano até ao final de janeiro.
Donald Trump acusou na segunda-feira o México de não respeitar este tratado de partilha de água, que obriga os Estados Unidos a fornecer anualmente 1,85 mil milhões de metros cúbicos (m³) do rio Colorado e o México 432 milhões de m³ do Rio Bravo, que os norte-americanos chamam de "Rio Grande".
O México está muito atrasado nos compromissos. Segundo Washington, o país vizinho acumulou um défice de mais de mil milhões de m³ nos últimos cinco anos.
"Essa violação prejudica gravemente as nossas belas colheitas e nosso gado no Texas", escreveu Donald Trump.
De acordo com USDA, o México concordou em fornecer 250 milhões de m³ de água a partir da próxima semana e recuperar o atraso acumulado.
De acordo com a secretária Brooke Rollins, citada no comunicado, o México forneceu mais água em um ano do que nos quatro anos anteriores combinados.
Este acordo "é um passo na direção certa, mas o Presidente Trump foi muito claro: se o México continuar a não cumprir os compromissos, os Estados Unidos reservam-se o direito de impor taxas alfandegárias de 5% sobre todos os produtos mexicanos" importados para o solo americano.
A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, garantiu estar otimista quanto a um acordo com Donald Trump.
"Temos a firme intenção de fornecer a quantidade de água devida pelos anos anteriores, de acordo com o tratado, e, claro, garantir o abastecimento de água do México", declarou a chefe de Estado, observando, no entanto, que devido ao tamanho dos aquedutos, "não será possível fornecer em muito pouco tempo a quantidade de água" exigida pelo homólogo norte-americano.
Segundo o subsecretário de Estado mexicano para a América do Norte, Roberto Velasco, uma seca excepcional em 2022 e 2023 impediu o México de cumprir as obrigações.
A maior organização agropecuária do México alertou na quinta-feira que fornecer água aos Estados Unidos para evitar tarifas, como propôs o Presidente norte-americano, Donald Trump, provocará "fome" e graves prejuízos económicos em seis estados fronteiriços do país.
"Se entregar a água, estará a colocar em risco a água para consumo humano e, obviamente, a água para produzir [no campo mexicano]", afirmou o presidente do Conselho Nacional Agropecuário (CNA), Jorge Esteve Recolons, citado pela EFE.
O líder do principal organismo que representa o setor agroalimentar do país sustentou que a medida afetaria comunidades e produtores de Tamaulipas, Nuevo León, Coahuila, Chihuahua, Sonora e Baja California, que dependem dos recursos hídricos tanto para o abastecimento básico como para atividades agrícolas.
Correio da Manhã
