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Wrestling - Pac: «Adeptos portugueses são barulhentos…»

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Nov 18, 2007
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ENTREVISTA EXCLUSIVA RECORD COM O “HIGH FLYER” INGLÊS



Pac é um dos lutadores mais ágeis do planeta. A sua forma original de lutar, tendo por base a versatilidade física e mestria total nas diversas manobras fizeram que o mundo se vergasse, sendo considerado como uma das referências a nível de “high flyers“, apesar de apenas ter iniciado carreira em 2004.

Com 22 anos, este natural de Newcastle, em Inglaterra, cujo verdadeiro nome é Bem Satterley, foi mostrando com o passar dos anos que nem sempre é necessário ser um gigante de músculos enormes para vingar e ser figura do espectáculo.

Conhecido como “The Man That Gravity Forgot“, ou seja, “o homem de quem a gravidade se esqueceu“, é um verdadeiro viajante e já passou pela Real Quality Wrestling, Irish Whip Wrestling, 1 Pro Wrestling, Nu Wrestling Evolution, Ring of Honor, Pro Wrestling Guerrilla, CHIKARA e Dragon Gate, por entre Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão.

Record foi encontrá-lo em Espanha, a lutar ao serviço da Associação Portuguesa de Wrestling (APW), e esteve à conversa com este craque que, literalmente, aprendeu a voar, conforme constataram todos os portugueses que estiveram em 2007 no Impacto Total, onde partilhou ringue com os compatriotas Spud, Jonny Storm e Jody Fleisch.

E afinal, como começou o “bichinho” de andar à pancada com equipamentos de licra colados ao corpo?

“Comecei a ver wrestling quando tinha cinco anos. Com o tempo fui vendo cada vez mais e comecei a ficar apaixonado pela modalidade”, revela sorridente, antes de realçar que fez a sua aprendizagem bebendo de outras culturas do wrestling para além dos óbvios estados Unidos: “Claro que a primeira influência foi a WWF (World Wrestling Federation), mas depois passei para coisas japonesas, sempre a tentar aprender o máximo possível.”

Questionado sobre quem eram os seus “heróis” da altura, Pac fica com um brilho nos olhos: “Chris Benoit, Rob Van Dame, Shawn Michaels, Bret Hart, entre outros.“

Com o coração a palpitar cada vez mais pela loucura do wrestling, faltava o dínamo final para encetar a aventura de se tornar lutador, algo que em Inglaterra, apesar da crescente abrangência do fenómeno, não foi fácil: “Era apenas um fã até ver a ECW. Com os riscos que aqueles tipos correm, com as coisas que eles fazem, com o público delirante que têm, eu quero estar lá e ser como eles, pensei…”

E da teoria à prática foi um “tirinho”: “Foi numa coisa pequena e local chamada IWF (Independent Wrestling Federation), em Newcastle. Foi lá que conheci o Ultrapsico, que é lutador da APW.”

Em crescendo

Apesar do “nervosismo” do primeiro combate, que até foi em equipa com “uns tipos da zona“, a carreira começou a ficar dourada devido ao facto de ser um verdadeiro homem elástico.
“Nunca pensei chegar a este nível… Tenho tido alguma sorte e aproveitado bem as oportunidades. Não tomo tudo por garantido na minha carreira e tento sempre algo mais”, revela sobre os passo que tem dado na carreira, ainda para mais vindo de um país onde nem tudo corre conforme desejado: “Na Grã-Bretanha não funciona muito bem, as promoções são fraquinhas. Mas na Europa a coisa está a correr bem. Espanha, Portugal estão a crescer a olhos visto. Isso é óptimo…”

Portugal no coração…

No que diz respeito à sua passagem por Portugal, onde “infelizmente” não conseguiu ganhar, recorda com carinho os adeptos barulhentos e os talentos emergentes.

“Adorei os adeptos, são muito barulhentos e interagem bastante, o que é decisivo para quem está em cima dos ringues. Para além disso há alguns bons talentos a desenvolver-se e isso é óptimo para o espectáculo crescer”, assume sem reservas.

E a terminar fica o desejo de regressar a Portugal: “Esperemos que para breve!”

Cá estaremos…
Autor: JOÃO SEIXAS
 
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