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Zonas florestais poderão sofrer aumento de 50% no Ártico nas próximas décadas

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Estudo: Zonas florestais poderão sofrer aumento de 50% no Ártico nas próximas décadas

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Filipa Alves

As áreas florestais do Ártico poderão sofrer um aumento de 50% nas próximas décadas, revela um estudo publicado ontem na revista Nature Climate Change. A investigação liderada por um investigador do Museu de História Natural Americano (MHNA) revela que este fenómeno acelerará o Aquecimento Global e terá outros impactos ambientais a nível global.

O trabalho consistiu na construção de modelos para prever o tipo de plantas que crescerão no Polo Norte na década de 2050, de acordo com os padrões de temperaturas e precipitação previstos no contexto das Alterações Climáticas, que têm sido responsáveis pelo aumento duas vezes mais rápido das temperaturas na região em relação ao resto do planeta.

Em comunicado, o MHNA explica que a modelação computacional é particularmente útil no caso dos estudos sobre o Ártico porque, devido ao clima agreste que restringe os tipos de plantas que podem crescer na área, a incerteza associada à metodologia é reduzida.

Os resultados apontam para uma extensa proliferação da cobertura vegetal, incluindo das áreas arborizadas que, por exemplo, podem vir a avançar centenas de milhas para Norte na Sibéria.

Este aumento significativo das zonas verdes terá consequências globais. Por um lado, a diminuição da área coberta por neve conduzirá a uma diminuição da refletividade da superfície terrestre na região, que resultará no aumento da radiação absorvida, fazendo aumentar a temperatura, o que acelerará o Aquecimento Global.

“Através da incorporação das relações observadas entre plantas e o albedo”, que corresponde a uma medida da refletividade de uma superfície, “demonstramos que as alterações da distribuição da vegetação resultarão num feedback positivo geral do clima, que causará, provavelmente, um aquecimento maior do que foi anteriormente previsto”, revelou Scott Goetz, investigador do Woods Hole Research Center que também participou no estudo.

Por outro lado, a “redistribuição generalizada da vegetação do Ártico teria impactos que se repercutiriam pelo ecossistema global”, afirma Richard Pearson, primeiro autor do artigo recém-publicado. Esses impactos, referem os autores no resumo do artigo, afetarão os serviços dos ecossistemas e a vida selvagem "por exemplo, algumas espécies de aves migram sazonalmente desde latitudes menores e precisam de encontrar habitats polares muito particulares, como áreas abertas, para nidificarem ao nível do solo”, diz Richard Pearson.

Aceda ao resumo do artigo científico disponibilizado de forma gratuita aqui


Fontes: American Museum of Natural History – CI e Nature Publishing Group : science journals, jobs, and information
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